TransMaroni investe R$ 50 milhões com a mudança de foco para o transporte mais sustentável. Scania vendeu 50 modelos gás para a transportadora paulista
A TransMaroni comprou em outubro de 2020 11 caminhões Scania movidos a GNV. Com o desempenho do produto, passou a comprar lotes menores em novembro do mesmo ano, mas no fim de maio, a transportadora somou mais 39 caminhões com o combustível alternativo ao diesel. Ao todo a TransMaroni já investiu R$ 50 milhões em ações para um transporte mais sustentável.
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Já a Scania lidera a transição para um sistema de transporte mais sustentável. Desde o início das vendas em outubro de 2019, a marca já soma 150 caminhões vendidos movidos a GNV.
Os caminhões Scania movidos a GNV comprados pela TransMaroni serão usados nos segmentos alimentício, varejo, higiene e limpeza, cosméticos e e-commerce em diversos estados brasileiros. Parte já tem contratos com B2W, Carrefour, Grupo Big, JBS, L´Oréal, Nestlé e Unilever.
“No início das vendas deste pioneiro produto da Scania, eram os embarcadores que estavam orientando as empresas que transferem suas cargas a buscar esta solução alternativa ao diesel. Ou seja, as grandes marcas que têm a sustentabilidade como meta e reconhecem a importância de reduzir os impactos das atividades logísticas, contribuindo para as próprias metas relacionadas a ESG (Environmental, Social and Governance)”, afirma Silvio Munhoz, diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil. “Esse cenário vem mudando. Os próprios transportadores estão buscando adotar práticas mais sustentáveis e nos procuram cada vez mais, ou seja, este é o movimento que passa a se tornar o normal.
Para Munhoz, a TransMaroni é um exemplo desta mudança quando compra esta frota histórica e passa a oferecer ao mercado sem, necessariamente, já ter um contrato de frete. Na sustentabilidade, a Scania tem um planejamento fundamentado nos pilares da eficiência energética, transporte inteligente e seguro e combustíveis alternativos e eletrificação. Além da conectividade que torna a gestão do cliente mais completa, com frotas eficientes e reduzindo custos e emissões de poluentes, afirma o executivo.
Munhoz ainda diz que com mais empresas aderindo ao uso do GNV, novos parceiros se juntam na jornada, como o anúncio recente da parceria com a Comgás. Isso vai diminuindo os gargalos da distribuição do gás, conclui o executivo.
Scania e Comgás, a maior distribuidora de gás natural do país, firmaram ações conjuntas para acelerar e potencializar o desenvolvimento do mercado de gás natural veicular (GNV) e biometano. A Comgás está investindo na ampliação da rede de dutos em polos estratégicos onde há uma demanda iminente por gás natural. Serão mapeados corredores e rotas logísticas para aumentar o número de pontos de abastecimento de gás natural e biometano no Estado de São Paulo. O plano ainda contempla a avaliação para instalação de postos de abastecimento em garagens de frotistas e/ou operadores de ônibus. A Comgás tem como meta futura inserir o biometano em sua rede de dutos, uma fonte energética com quase zero emissão de CO2, nos moldes do que ocorre há vários anos em países da Europa.
Os inéditos caminhões pesados Scania movidos a gás (natural e/ou biometano) são vocacionados para médias e longas distâncias. Seus motores são Ciclo Otto (o mesmo conceito dos automóveis) e movidos 100% a gás natural e/ou biometano, ou mistura de ambos. Os motores não são convertidos do diesel para o gás, têm garantia de fábrica, tecnologia confiável e segura, com desempenho consistente e força semelhante ao caminhão a diesel. Além de serem mais silenciosos.
A segurança é total em caso de acidentes ou explosão. Os cilindros e válvulas são certificados pelo Inmetro (em conformidade com a lei). São três válvulas (vazão, pressão e temperatura) que liberam o gás em caso de anomalia em um destes três quesitos. Os cilindros são extremamente robustos (o material é de ogivas de mísseis). Em caso de incêndio ou batida o gás é liberado para a atmosfera e se dissolve sem perigo de explosão ao contrário de um veículo similar abastecido a diesel que é mais perigoso, pois o líquido fica no chão ou em cima do caminhão.