Símbolo do fora de estrada, o Wrangler Rubicon é a evolução do Jeep de 1941. Há recursos eletrônicos e partes da carroceria removíveis. Engate de tração é manual e câmbio, automático de oito marchas. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

O Jeep surgiu em 1941. Virou símbolo do fora de estrada. O Wrangler é a evolução dele. Mantém as linhas originais e não se mistura com outros modelos. Somente o modelo de quatro portas é vendido pela marca no país.

A capota rígida, portas, com dobradiças aparentes, e os vidros, podem ser removidos. Para-brisa é rebatível. Linhas retilíneas e calhas na carroceria indicam que a filosofia é o fora de estrada radical.

A modernidade vem com a central multimídia com tela tátil de oito polegadas, câmera de ré, faróis em LED, ar-condicionado automático, motor turbo e câmbio automático de oito marchas.

O bloqueio eletrônico dos diferenciais dianteiros e traseiros, barra estabilizadora dianteira com desconexão eletrônica são alguns dos atributos no fora de estrada.

Eixo traseiro com tecnologia denominada Track-Lok produz força constante e diminui a derrapagem provocada pela perda de tração em uma das rodas. O diferencial automaticamente fornece mais torque à roda que tem aderência.

Enquanto a desconexão da barra estabilizadora dianteira aumenta o curso da suspensão no eixo dianteiro. É usada em situação no fora de estrada assim como bloquear o diferencial dianteiro ou traseiro para tracionar a roda com aderência e sair do apuro.

Wrangler Rubicon tem bom vão livre

Além disso, a grande altura do solo (26,9 cm) e os bons ângulos de ataque/saída e rampa permitem transpor obstáculos que outros veículos não conseguem. Pela grande distância entre-eixos, o ângulo de rampa é inferior ao do modelo de duas portas.

Se veículo 4×4 com distância entre-eixos curta a frente levanta em situação extrema, essa distância longa limita o ângulo de rampa, com propensão maior a tocar a parte central no chão.

O Wrangler encara pedra, lama, trilha radical e travessia de riachos (capacidade de imersão é de 76 centímetros) sem cerimônia. Parece não ter limites.

O câmbio ZF automático com conversor de torque de oito marchas tem trocas suaves e perceptíveis. Troca manual por meio da alavanca. Engate de 4×4 e reduzida sempre por comando manual em alavanca menor à esquerda da principal.

O Jeep do século 21 tem central multimídia com navegação nativa, tela tátil de oito polegadas e algumas informações do fora de estrada. Banco do motorista tem regulagem lombar manual. Ponto em ergonomia contrasta com acesso mais difícil ao interior pela grande altura do solo e os comandos elétricos dos vidros elétricos no painel.

Pau para toda obra

Jeep é assim mesmo. Veículo projetado para encarar caminhos ruins sem cerimônia. No asfalto, o rodar difere bastante de carros com pneus de uso misto. Não trafega em linha reta como automóvel e exige correção de trajetória o tempo todo. Há transferência das imperfeições para dentro em todos os tipos de piso.

Com seus quase 4,80 metros de comprimento, o Wrangler manobra bem pelo diâmetro de giro pequeno (10,5 metros) da direção com assistência eletro-hidráulica. Deveria ser somente elétrica. Coluna de direção tem regulagens de altura e distância.

Volante grande tem boa pega, mas revestimento liso pode provocar deslize acidental. Agrupa comandos de áudio, computador, telefone e controle de velocidade. Retrovisores grandes e alerta de ponto cego contribuem na visibilidade.

Faróis em LED iluminam muito bem, mas facho baixo deveria ter maior alcance. Para-brisa quase na vertical mantém a charme do Jeep original assim como os limpadores pequenos de outrora.

Porta-malas atende muito bem

Porta-malas é enorme, com o banco traseiro na posição original, e contém uma bolsa para colocar os vidros traseiros, que pode ser usada como porta-bagagem.

Desempenho muito bom do motor 2.0 turbo de alta potência (272 cv) com acelerações vigorosas e atinge 100 km/h em cerca de oito segundos. Retoma rápido e tem força suficiente no fora de estrada.

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Consumo de gasolina registrado no computador foi de 8,5 km/l na estrada asfaltada e de 5 km/l na cidade. Na trilha, o consumo aumenta pelo uso de reduzida.

Freios a disco nos dois eixos param bem as mais de duas toneladas de peso do Wrangler sem desvio de trajetória em simulação de emergência.

O nome dessa versão homenageia a trilha Rubicon na Califórnia, Estados Unidos, de 35 quilômetros de extensão, e considerada a mais técnica no mundo.

Preço sugerido é de R$ 432.590. Garantia é de três anos sem limite de quilometragem. Jeep Wrangler Rubicon está equipado com controles de tração, de descida em rampa, estabilidade, anticapotagem, de oscilação da carroceria, entre muitos outros.

Ficha técnica Wrangler Rubicon

Motor
De quatro cilindros em linha, gasolina, turbo, 1.995 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, 272 cv de potência máxima a 5.250 rpm e 40,8 kgfm de torque máximo a 3.000 rpm

Transmissão
Tração integral e câmbio automático de oito marchas, com bloqueio do diferencial

Direção
T
ipo pinhão e cremalheira, com assistência eletro-hidráulica; diâmetro de giro, 10,5 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira

Suspensão
Dianteira, eixo rígido, braços longitudinais, barra Panhard e barra estabilizadora; traseira, eixo rígido, braços longitudinais, barra Panhard e barra estabilizadora; altura do solo, 26,9 centímetros (vazio)/25,1 cm (carregado); imersão, 76 centímetros

Rodas/pneus
7,5×17” de liga leve /255/75R17

Peso
2.043 kg

Carga útil (passageiros+ bagagem)
361 kg

Capacidades (litro)
Tanque, 66,2; porta-malas, 548; ângulos de ataque/saída/rampa, 43,9/37/22,6 graus

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,785; largura, 1,894; altura, 1,878; distância entre-eixos, 3,008

Desempenho
Velocidade máxima, 180 km/h; aceleração até 100 km/h, 8,1 segundos

Consumo (km/l)
Urbano, 7,3/estrada, 7,8

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