InícioAvaliaçãoTeste: Honda HR-V EXL - banco traseiro vira sala de estar

Teste: Honda HR-V EXL – banco traseiro vira sala de estar

- publicidade -
- publicidade -

Nova geração do SUV compacto usa plataforma do City, privilegia espaço e conforto no banco traseiro. Ergonomia evolui com menos comandos na tela, mas desempenho é apenas razoável. Leia o teste 

Por Paulo Eduardo

Na maioria dos carros, o banco traseiro tem menos prestígio do que os dianteiros. A nova geração do HR-V privilegia o espaço para a turma de trás, que conta com porta-celular nos encostos dos bancos dianteiros, duas portas USB e saída de ar-condicionado.

VEJA TAMBÉM:

O encosto reclina dois graus a mais em relação à geração anterior e o espaço para pernas aumentou em 3,5 centímetros, segundo a Honda. O espaço é amplo para pernas. Isso por causa da diminuição da capacidade do porta-malas: 354 litros diante dos 431 litros anteriores.

Mesmo assim, o espaço para bagagens é suficiente e o formato retangular ajuda no aproveitamento. A tecnologia de rebatimento do banco, denominada Magic Seat e herdada do Fit, facilita a tarefa e forma plataforma com o porta-malas.

Os assentos podem ser rebatidos para transporte de objeto mais alto. O sistema prima pela praticidade e facilidade. Um trunfo e tanto.

O encosto traseiro é fracionado (1/3 e 2/3) possibilitando levar bagagem e passageiro. Há porta-copo no encosto e o espaço é confortável para dois adultos. O do assento central é mais conveniente em percurso curto. 

Os bancos dianteiros estão mais confortáveis com a tecnologia de estabilização corporal adotada no City. Assentos mais compridos apoiam devidamente as pernas e o banco do motorista tem a regulagem lombar, que coloca a pelve em posição adequada, e as demais com comandos elétricos. 

O interior tem acabamento correto com montagem e encaixes benfeitos de material que aparenta qualidade, apesar de não ser emborrachado. Os comandos físicos estão posicionados corretamente.

Para o bem da ergonomia, há poucas funções na tela tátil de oito polegadas do sistema multimídia compatível com Android e Apple. Navegação não é nativa. Interior bem iluminado e o porta-luz continua sem luz.

O que destoa em ergonomia: tampa do porta-malas com pega de fechar unilateral; abaixar no acesso ao banco traseiro e forração em couro dos bancos não transpira. 

O quadro de instrumentos ainda não foi contemplado com o indicador de temperatura do motor. Uma tela digital configurável entre o velocímetro e o conta-giros contém informações diversas: consumo, áudio, fone, itens de segurança, entre outros.

As linhas da carroceria tiveram modificações com nova grade frontal e as lanternas traseiras são unidas por uma barra com luz de LED. O vidro traseiro está inclinado a 45 graus dando aspecto de cupê, que está na moda e é quase imperativo atualmente.

Os faróis têm lâmpadas de LED e regulagem elétrica de altura do facho, que é curto no baixo. Entretanto, LED ilumina muito bem. O facho alto tem ótimo alcance. O farol alto automático faz parte do conjunto de segurança denominado de Honda Sensing, que usa câmera de longo alcance e grande angular.

O Sensing inclui frenagem automática de emergência contra veículo, pedestre e ciclista; assistente de permanência em faixa com interferência no volante; de mitigação de saída de faixa com ajuste na direção e controle de velocidade adaptativo.

Reforços estruturais foram adotados na carroceria, que usa aços mais resistentes em 8% dela, e a rigidez de torção aumentou 10%, segundo a fabricante.     

A posição de dirigir está mais elevada na nova geração, o que pode não agradar a motorista de estatura mais elevada ao ter que abaixar para enxergar o semáforo. Espelhos retrovisores são grandes e há o sistema de câmera no retrovisor direito para eliminar ponto cego.

A direção também tem pontos de fixação mais rígidos, que implicam em mais agilidade. O ponto central tem boa definição. Porém, o som suave do bibi na buzina foi trocado pelo estridente fonfonar.

O diâmetro de giro de 11 metros requer mais manobra em garagem. O volante está revestido corretamente com material rugoso, que evita deslize acidental. A coluna de direção é regulável em altura e distância.

O câmbio CVT tem sete marchas simuladas, com aletas no volante para troca de marcha. O CVT tem sistemas que atuam na aceleração para dar sensação de troca de marchas e na desaceleração para usar o freio-motor nas reduções e poupar os freios físicos.

Percebe-se a redução de marcha na desaceleração. O desempenho do motor 1.5, que urra em alta rotação, é apenas razoável, mas não decepciona. Com motorista e passageiro da frente, além do ar ligado, a ultrapassagem requer cuidado ao demorar mais do que o esperado.

Dirigindo no modo esportivo com as rotações mais elevadas, o desempenho melhora. A relação peso/potência é alta: 10,38 kg/cv com gasolina ou etanol. 

O consumo de gasolina variou entre 7 km/l e 8 km/l na cidade no modo econômico. Na estrada, ficou entre de 12 km/l e 13 km/l, variando entre o D (normal) e o S (esportivo). Ambos com ar ligado.

O sistema de suspensão tem novos batentes de borracha nos amortecedores traseiros que proporcionam mais conforto. A adoção de pneus de perfil mais alto (60) diante do perfil 55 da geração anterior contribui para diminuir a transferência das imperfeições para dentro.

A altura do flanco passou de 11,8 centímetros para 12,9 cm. Nesse caso, 1,1 cm é muito e faz a diferença ao transferir menos as ondulações e demais imperfeições do piso para dentro. As barras estabilizadoras nos dois eixos controlam bem a movimentação da carroceria.

Freios a disco nos dois eixos param o carro em espaço de segurança. Limpadores cumprem bem a função assim com os lavadores dos vidros dianteiro e traseiro.

O Honda HR-V EXL conta ainda com assistente de descida em rampa, que funciona entre 3 km/h e 20 km/h. O motorista atua apenas no volante, com o sistema controlando aceleração e freios.

Há seis airbags, controles de tração e de estabilidade, partida, destravamento e travamento sem chave, freio de estacionamento elétrico, ar-condicionado automático, que tem fluxo de ar disperso, evitando atingir diretamente o corpo como no fluxo normal, entre outros.

O preço sugerido é de R$ 151.400 e a garantia, de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica Honda HR-V 1.5 EXL

Motor
De quatro cilindros linha, 16 válvulas, transversal, flex, 1.497 cm³ de cilindrada, com potências de 126 cv (etanol/gasolina) a 6.200 rpm e torques máximos de 15,8 kgfm (etanol) e 15,5 kgfm (gasolina) a 4.600 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio CVT de infinitas relações e sete marchas simuladas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica; diâmetro de giro, 11 metros 

Freios
Disco ventilado na dianteira e disco na traseira

Suspensão
Dianteira, McPherson, barra estabilizadora; traseira, barra de torção, barra estabilizadora; altura do solo, 18,5 centímetros

Rodas/pneus
6×17”de liga leve/215/60R17

Peso
1.309 kg

Carga útil
(passageiros + bagagem) – 431 quilos

Capacidades
Tanque, 50 litros; porta-malas, 354 litros; ângulos de entrada/saída, 17,8/22

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,33; largura, 1,79; altura, 1,59; distância entre-eixos, 2,61

Desempenho
Velocidade máxima, n.d; aceleração até 100 km/h, n.d

Consumo (km/l)
Urbano, 8,8 (e) e 12,7 (g); estrada, 9,8 (e) e 13,9 (g)

Siga nossas redes sociais para ver muito mais

Fique por dentro das novidades.

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

- publicidade -
- publicidade -

ARTIGOS RELACIONADOS

- publicidade -

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

SEGREDOS

- publicidade -