O câmbio automático CVT passa a equipar o hatch compacto melhorando o conforto no trânsito da cidade. O desempenho é bom, mas o preço chega perto dos R$ 100 mil. Leia o teste
Por Paulo Eduardo
Depois das quatro portas, o brasileiro se rende ao câmbio automático e o Fiat Argo incorpora o CVT apresentado na picape Strada. A praticidade e o conforto de não ter que acionar o pedal da embreagem no trânsito urbano é o apelo do automático.
O câmbio CVT tem sete marchas simuladas, que podem ser trocadas manualmente por meio da alavanca. O modo Sport é opção para melhorar o desempenho, pois o motor trabalha em rotações mais altas.
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Esse câmbio usa conversor de torque e não há hesitação na arrancada. As trocas de marchas ocorrem sem trancos e pouco perceptíveis. O câmbio é o Aisin que simula sete marchas, tornando mais agradável dirigir.
O motor de quatro cilindros de 1.332 cm³ de cilindrada é de alumínio e usa corrente, que dispensa manutenção, em vez de correia dentada. Funciona suavemente e o fabricante economiza material antirruído sob o capô. Há material antirruído no painel de fogo.
O desempenho do Fiat Argo Drive 1.3 CVT é satisfatório na cidade e na estrada. A retomada fica mais rápida ao acionar o modo Sport. O consumo de etanol foi de 6,2 km/l na cidade e de 10 km/l na estrada.
O interior tem acesso fácil no banco dianteiro, mas é preciso abaixar para entrar no banco traseiro, que tem encosto totalmente rebatível. Não é fracionado. Ou leva passageiro ou bagagem. O espaço interno é justo no banco dianteiro e bom para pernas no traseiro.
O quadro de instrumentos do Fiat Argo Drive 1.3 CVT é bem visível, mas fica encoberto conforme a posição de dirigir. Está completo, incluindo o indicador de temperatura do motor. Uma tela TFT de 3,5 polegadas traz informações do veículo, como consumo, autonomia, entre outros.
O banco do motorista é regulável em altura assim como a coluna de direção, que não tem regulagem de distância. Volante é revestido com material rugoso que evita deslize acidental.
A direção é muito leve em manobra, mas está pesada em velocidades mais altas. Diferente das outras versões testadas. O diâmetro de giro pequeno (10,4 metros) torna menos penosa manobra em espaço reduzido.
O acabamento interno do Fiat Argo Drive 1.3 CVT é em plástico duro, mas convence na aparência. Incomodam as pontas de parafusos aparentes nas portas. Os comandos dos vidros e os demais têm boa iluminação facilitando a visualização noturna. Os bancos têm assentos curtos.
A tela tátil do sistema multimídia é de sete polegadas. Sistema é compatível com Android e Apple, tem Bluetooth, reconhecimento de voz e duas portas USB. Porta-luvas tem iluminação. Retrovisores grandes ajudam na visibilidade. Essa versão não tem câmera de ré.
A suspensão do Fiat Argo Drive 1.3 CVT tem boa calibragem entre conforto e estabilidade. Pneus de perfil 60 também contribuem no rodar. A transferência das imperfeições para dentro do carro não incomoda. A carroceria inclina um pouco em curva.
Os ruídos internos estavam acima da média na versão testada. O porta-malas tem boa capacidade, mas o assoalho fundo requer posicionamento inadequado na colocação e na retirada de bagagem. Pega de fechamento no lado direito dificulta para canhoto.
Sob o forro do porta-malas há pintura. A maioria dos carros não tem acabamento. Fica no prime para economizar.
Os freios param o Fiat Argo Drive 1.3 CVT em espaço de segurança. Os faróis têm bom alcance no facho baixo, mas a luz de halogênio tem eficiência limitada. Limpadores dianteiros e o traseiro cumprem corretamente a função, assim como os lavadores.
Essa versão não tem itens opcionais e o preço sugerido é de R$ 94.390. A pintura sólida custa R$ 990. O Fiat Argo Drive 1.3 CVT está equipada com controles de tração e de estabilidade, assistente de partida em subida, controle automático de velocidade, ar condicionado, controle automático de velocidade, entre muitos outros.