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Teste: Citroën C3 First Edition 1.6 – preço incentiva venda do irmão maior

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Versão especial do hatch compacto com apelo de SUV urbano, Citroën C3 First Edition tem câmbio automático de seis marchas. Acabamento decepciona, desempenho é mediano e preço é alto. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

Causa espanto o preço da série especial First Edition do Citroën C3 com motor 1.6 e câmbio automático de seis marchas: R$ 99.990. São exatos R$ 9 mil a menos em relação à versão de entrada do C4 Cactus 1.6 automático, que é um médio. O C3 é compacto.

No mundo do automóvel, o preço da versão topo de linha do modelo menor se aproxima daquele da versão de entrada da categoria imediatamente superior. Então, antes de se aventurar com o C3 topo de linha, vale conferir o C4 Cactus de entrada.

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Trata-se de modelo maior, que tem no prazer de dirigir um de seus principais apelos. Além disso, o câmbio automático do C4 Cactus tem a função Sport não disponível no C3.

 O C3 agrada pelas linhas da carroceria. A versão First Edition do Citroën C3 tem molduras na cor branca em volta dos faróis auxiliares para destacar e quebrar a monotonia do conjunto. Esses apliques também estão no plástico preto da parte inferior das portas.

A parte sem pintura do para-choque traseiro é para dar a sensação da traseira ser mais alta, e surte efeito. O teto pintado em branco é adequado ao país quente, pois a cor branca reflete a luz, enquanto a preta absorve tornando obrigatório usar o ar para refrescar o habitáculo. 

O espaço interno é ótimo para um hatch compacto pela boa distância entre-eixos (2,54 metros), que é um dos determinantes do aproveitamento no habitáculo. O porta-malas também tem ótima capacidade e há comando de abertura na tampa, que não tem pega interna para fechar. Se estiver suja…

O encosto do banco traseiro é rebatível, mas não é fracionado, aumentando a capacidade de carga. Assim, não se misturam bagagem e passageiros. O acabamento interno decepciona pelo material (polipropileno) poroso no painel central e nos forros de porta. Simples demais para um carro de 100 mil reais.

A simplicidade continua com o quadro de instrumentos que não tem conta-giros e parece de motocicleta. Os comandos dos vidros dianteiros estão bem posicionados na porta do motorista, mas os dos vidros traseiros ficam atrás da alavanca do freio de estacionamento.

A posição contrária à ergonomia (adaptação das ferramentas de trabalho ao corpo humano) tanto para quem está na frente quanto atrás. Isso para reduzir custos, com menos cabos. Não há temporizador. Funcionam apenas com a parte elétrica ligada. O que indica que é um carro com acabamento de baixo custo. 

Outras falhas em ergonomia são: abaixar para entrar no banco traseiro; revestimento com material liso no volante provoca deslize acidental; coluna de direção tem regulagem somente em altura, falta a de distância; assoalho fundo do porta-malas provoca postura inadequada para colocar e retirar bagagem; cintos dianteiros sem regulagem de altura.

Os comandos do modo Eco de condução, travamento de portas e vidros, e comandos dos retrovisores não estão na posição ideal à esquerda do volante, mas são acionados, na maioria das vezes, com o carro parado.

Parafusos compridos e presilhas no compartimento do motor também não dão sensação de qualidade. O acabamento é no prime. Mais economia.

Os bancos têm boa anatomia e estão forrados em tecido. O do motorista tem regulagem de altura, apesar de a posição mais baixa ser elevada. O motorista de maior estatura terá que abaixar para visualizar o semáforo.

A coluna C (traseira) muito larga dificulta a visibilidade, mas a câmera de ré e os retrovisores grandes compensam a deficiência, principalmente em manobra. Volante tem boa pega e agrupa poucos comandos (áudio e fone) para o bem da ergonomia.

A tela tátil de 10 polegadas se destaca no alto do painel central. Há duas entradas USB para o banco traseiro e uma na dianteira ao lado da tomada de 12 volts. Todas de recarga rápida com para celular. Multimídia é compatível com Android e Apple com espelhamento por cabo ou wireless.

O motor 1.6 tem bloco de alumínio e arquitetura antiga. Equipa modelos vendidos somente em países em desenvolvimento. O desempenho é mediano tanto em aceleração quanto em retomada. Falta elasticidade. Nem agrada nem decepciona.

O câmbio automático de seis marchas tem troca manual por meio da alavanca. Ocorrem trancos na troca automática, principalmente ao pressionar totalmente o acelerador. No modo Eco, as trocas se dão em rotações mais baixas para reduzir o consumo.

Computador de bordo registrou média de 8 km/l na cidade com ar desligado. Na estrada, ficou entre 14 km/l e 15 km/l. Todas as medições foram feitas com gasolina. 

A suspensão tem boa calibragem e a carroceria tem rolamento contido em curva. O carro de 18 centímetros de altura do solo está bem acertado. A direção é leve em manobra e tem peso em velocidade mais alta, sem ser comunicativa. O diâmetro de giro de 10,5 metros facilita manobra em espaço reduzido de garagem.

Os pneus do Citroën C3 First Edition 1.6 têm perfil 60 e não filtra tão bem as imperfeições do piso quanto à versão 1.0 equipada com pneus de perfil 65. A diferença de um centímetro é significativa na absorção de impactos. Mesmo assim, o carro não é desconfortável.

Os bons ângulos de ataque e saída e os 18 centímetros de altura do solo facilitam rodar por piso ruim tanto na cidade quanto na terra sem esbarrar a parte inferior.

Os freios param bem o carro, apesar de a frente abaixar bastante. Limpadores dianteiros e traseiros e os lavadores são muito eficientes. Os faróis com luz de halogênio não têm a eficiência da luz de LED. O facho baixo é curto. Os auxiliares de neblina ajudam muito.

Entre os itens de série do Citroën C3 First Edition 1.6 estão airbag duplo, freios com assistência ABS, com controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, ar-condicionado, vidros com comandos elétricos de um toque para subir e descer; rodas de liga aro 15, faróis auxiliares, câmera de ré, pintura em duas cores, entre outros.

A garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica Citroën C3 First Edition 1.6

Motor
De quatro cilindros em linha, transversal, 16 válvulas, flex, 1.587 cm³ de cilindrada, com potências de 120 cv (etanol) e 113 cv (gasolina) a 6.000 rpm e torques máximos de 15,7 kgfm (etanol) a 4.500 rpm e 15,3 kgfm (gasolina) a 4.250 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático de seis marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10,5 metros

Freios
Disco sólido na dianteira, e a tambor na traseira

Suspensão
Dianteira, McPherson, barra estabilizadora; traseira, eixo de torção; altura mínima do solo, 18 centímetros; 

Rodas/pneus
5,5 x 15”de liga leve (opcional) /195/60R15

Peso
1.152 kg

Carga útil (passageiros + bagagem)
400 kg

Capacidades
Porta-malas, 315 litros: tanque, 47 litros; ângulos de ataque/saída (graus), 23/39

Dimensões (metro)
Comprimento, 3,981; largura, 1,733; altura, 1,586; distância entre-eixos, 2,54

Desempenho
Velocidades máximas, 180 km/h (etanol/gasolina); aceleração até 100 km/h, 10,4 (e) e 11 (g)

Consumo (km/l)
Urbano, 7,2 (e) e 10,3 (g); estrada, 8,5 (e) e 12,4 (g)

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