InícioAvaliaçãoTeste: Citroën C3 Feel 1.0 - na onda do SUV urbano

Teste: Citroën C3 Feel 1.0 – na onda do SUV urbano

- publicidade -
- publicidade -

Hatch compacto da marca do duplo Chevron tem visual atraente, espaço interno e porta-malas bem dimensionados. Desempenho é razoável e acabamento deveria ser melhor. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

Montado numa variante da arquitetura CMP, o Citroën C3 é produzido na unidade de Porto Real (RJ) com 70% de nacionalização. O desenho da carroceria atrai olhares e a maioria acha o carro bonito.

O para-choque traseiro sem pintura do Citroën C3 Feel 1.0 na parte inferior levanta a parte de trás e dá elegância ao conjunto. Fabricante garante que 86% do aço empregado na carroceria tem altíssima resistência. Falta realizar o teste de impacto para comprovar a resistência estrutural.

VEJA TAMBÉM:

Linhas inconfundíveis, como é praxe no estilo da marca de origem francesa, o C3 tem bom espaço interno pela distância entre-eixos de 2,54 metros. Porta-malas é bem dimensionado para um carro que beira os quatro metros de comprimento.

Incomoda a porosidade do material (polipropileno) empregado no painel central e nos forros de porta. Há uma faixa na cor azul no centro do painel para quebrar a monotonia. Mesmo assim, não passa impressão de qualidade.

O espaço no banco traseiro do Citroën C3 Feel 1.0 é bom para pernas e cabeça, mas o acesso requer abaixar a cabeça. Encosto do banco traseiro rebate totalmente. Por isso, bagagem e passageiro não se misturam.

Os assentos estão no limite do apoio correto às pernas. Os bancos são revestidos em tecido e têm boa anatomia. Não há alças de apoio acima das janelas nem regulagem de altura dos cintos de segurança dianteiros.

O quadro de instrumentos digital não tem conta-giros. A tela tátil de 10,1 polegadas fica em destaque no centro do painel e contém comandos diversos. É compatível com Android e Apple, e dispensa fio.

Há três portas USB de recarga rápida, sendo duas para o banco traseiro, e uma tomada de 12 volts no console central. A iluminação do habitáculo conta apenas com uma lanterna na dianteira, que não tem fixação adequada. 

A maioria dos comandos está bem posicionada, como manda a ergonomia. A exceção são os comandos dos vidros traseiros atrás do freio de estacionamento, que ficam em posição inadequada para os ocupantes dos bancos dianteiros e traseiro.

Na tampa do porta-malas, outra falha em ergonomia, não há a pega de fechamento. É preciso colocar a mão na tampa para fechar. Se estiver suja… 

A posição de dirigir é elevada na altura mais baixa do banco. Motorista de maior estatura terá que abaixar para visualizar o semáforo, em algumas situações.

Volante tem boa pega e é revestido com material rugoso, que evita deslize das mãos. Contém comandos de áudio, fone e computador, o que favorece a ergonomia. Buzina tem som bibi, que agride menos os ouvidos. Coluna de direção tem somente regulagem de altura.

Retrovisores têm bom tamanho. A câmera de ré é opcional útil por que a coluna C (traseira) é muito larga, prejudicando a visibilidade de ¾. A alavanca de câmbio está posicionada corretamente, mas o pedal da embreagem afastado força a musculatura da perna.

Os engates de marchas do Citroën C3 Feel 1.0 têm precisão, mas não são macios. O curso curto da alavanca ajuda nas trocas rápidas. O engate rápido da ré pode arranhar a engrenagem. Como não há anel sincronizador, é prudente manter o pedal de embreagem pressionado por três segundos antes de movimentar a alavanca.

O motor é o Firefly 1.0 aspirado de três cilindros e totalmente de alumínio, que usa corrente de distribuição e dispensa manutenção. O compartimento do motor está no prime e há presilhas e parafusos que também não passam sensação de qualidade. 

A relação peso/potência é alta: quase 15 kg/cv com gasolina. O carro leva 15 segundos para chegar a 100 km/h com gasolina. O desempenho é razoável com dois ocupantes e é preciso usar bem as marchas para retomar (ultrapassar) em menor espaço de tempo.

A terceira marcha mantém o motor em alta rotação. O corte de alimentação do motor ocorre a 113 km/h no velocímetro. Assim, o tempo na ultrapassagem é menor do que se estivesse engatada a quarta ou a quinta marcha. Apenas essa é de economia. 

A primeira marcha é muito curta – são mais de quatro ciclos do motor para uma volta da roda – para que o carro arranque em aclive íngreme. Há assistente de partida em rampa. Ocorre queda de rotação entre a segunda e a terceira marcha.

O computador de bordo do Citroën C3 Feel 1.0 registrou médias entre 9 km/l e 10 km/l na cidade. Na estrada, foi de 16 km/l. Medições realizadas com gasolina, e dois ocupantes, alternando ligar e desligar o ar-condicionado.

A direção é leve em manobra e tem peso em alta. Apesar da altura do solo elevada (18,5 centímetros), o sistema de suspensão proporciona boa dirigibilidade. A carroceria tem pouca movimentação.

Afinal, Citroën tem quase sempre suspensão bem calibrada. Em caminhos ruins, o sistema absorve as imperfeições do solo ajudado pelos pneus de perfil mais alto (65). Sobre ondulação, ocorre oscilação lateral. 

Em frenagem simulada de emergência, a frente abaixa muito. A impressão é a de precisar de mais espaço até a parada total.

Os limpadores do para-brisa e do vidro traseiro cumprem bem a função, assim como os lavadores. Os faróis têm luz de halogênio, que não tem a mesma eficiência da luz de LED. O facho baixo tem alcance curto.

O Citroën C3 Feel 1.0 conta com assistente de partida em rampa, ar-condicionado, controles de tração e de estabilidade, direção com assistência elétrica, vidros com um toque abrir e fechar, luzes de condução diurna, tela tátil de 10,1 polegadas do sistema multimídia, entre outros.

Uma boa nova no C3 é a opção da pintura bicolor com teto branco. A cor branca reflete a luz enquanto a preta absorve. O teto na cor preta provoca elevação da temperatura interna em até 9 graus em relação à branca. Nada condizente com um país tropical. 

O preço sugerido da versão Feel 1.0 é de R$ 81.490. A pintura bicolor custa R$ 2.600; frisos laterais e o protetor de cárter valem R$ 900, e câmera de ré de sensor de estacionamento, R$ 1.400. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica Citroën C3 Feel 1.0

Motor
De três cilindros em linha, flex, 999 cm³ de cilindrada, com potências de 75 cv (etanol) e 71 cv (gasolina) a 6.000 rpm e torques máximos de 10,7 kgfm (etanol) a 3.250 rpm e 10 kgfm (gasolina) a 4.250 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio manual de cinco marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10,5 metros

Freios
Disco sólido na dianteira e a tambor na traseira

Suspensão
Dianteira, McPherson, barra estabilizadora; traseira, eixo de torção; altura mínima do solo, 18 centímetros; 

Rodas/pneus
5,5 x 15”de liga leve (opcional) /195/65R15

Peso – 1.056 kg

Carga útil (passageiros + bagagem)
410 kg

Capacidades
Porta-malas, 315 litros: tanque, 47 litros; ângulos de ataque/saída (graus), 23/39

Dimensões (metro)
Comprimento, 3,981; largura, 1,733; altura, 1,586; distância entre-eixos, 2,54

Desempenho
Velocidades máximas, 160 km/h (etanol/gasolina); aceleração até 100 km/h, 14,1 (e) e 15 (g)

Consumo (km/l)
Urbano, 9,3 (e) e 12,9 (g); estrada, 10 (e) e 14,1 (g)

Autos Segredos no YouTube

Confira nosso primeiro contato com o novo Citroën C3:

Siga nossas redes sociais para muito mais informações

Fique por dentro das novidades.

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

- publicidade -
- publicidade -

ARTIGOS RELACIONADOS

- publicidade -

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

SEGREDOS

- publicidade -