Furgão elétrico francês é opção para quem busca ficar livre da oscilação do diesel

Quem trabalha com transporte sabe muito bem como o preço do combustível compromete a rentabilidade da operação. O furgão Citroën Jumpy chegou em 2017 como opção de furgão menor que grandalhões como Sprinter e Master e promessa de menor consumo.

Com consumo urbano na casa de 11,9 km/l, segundo o Inmetro, é um valor razoável. Mas pode variar de praça para praça e também da quantidade de carga depositada em seu baú. 

E com a oscilação constante do preço do diesel, que teve pico histórico em 2022, muitos transportadores viram seus ganhos serem diluídos na bomba de combustível. Uma saída para quem operar em áreas urbanas e não quer saber se conflitos geopolíticos do outro lado mundo irá comprometer seu negócio é apostar em um furgão elétrico.

Testamos o ë-Jumpy versão 100% elétrica do comercial leve francês. É praticamente o mesmo carro que conhecemos com motor 1.5 turbodiesel, o que muda é que ele ganhou uma unidade elétrica e baterias no lugar do tanque de combustível. 

ë-Jumpy na ponta do lápis

Importado da França, o modelo tem preço sugerido de R$ 334.990. São R$ 130 mil a mais que a versão turbodiesel. O valor pode assustar, pois é mais da metade de um segundo furgão, o que poderia dobrar a capacidade de atendimento. 

Mas há uma conta a ser aplicada. Suponhamos que o transportador rode 250 km por dia. Na cotação média do preço do diesel (R$ 6,13), ele irá gastar R$ 130 com combustível, se rodar com o furgão a combustão.

Numa conta de padaria seriam necessários cerca de três anos para chegar ao montante de R$ 130 mil com abastecimento do Jumpy a diesel.

Já com o furgão elétrico, os mesmos 250 km demandariam um custo de R$ 5,25, considerando uma variação média atual do kWh na ordem de R$ 0,75.

E como é guiar o ë-Jumpy?

O ë-Jumpy é equipado com um motor de 136 cv e 26,5 kgfm de torque, que permite carregar com facilidade 1 tonelada de carga. A tração é dianteira e a marcha é única.

O furgão elétrico não conta com modo One Pedal (que aplica freio motor ao tirar o pé do acelerador). Há um modo de condução econômica, mas o One Pedal, com carro cheio, poderia sobrecarregar o motor. Assim, um cuidado do motorista do ë-Jumpy é sempre verificar o sistema de freios, pois não dá para reduzir na caixa.

E a autonomia?

A Citroën divulga 330 km de autonomia. Em nosso teste, o consumo de eletricidade não fugiu muito declarado. O ideal para o frotista é ter um carregador do tipo WallBox.

Nesse carregador que pode ser instalado na empresa, a carga completa leva 10 horas para abastecer as células de 75 kWh, montadas no assoalho do furgão.

Conteúdos do ë-Jumpy

Equipamento nunca foi a preocupação de quem busca um furgão para o trabalho. Mas o Citroën ë-Jumpy impressiona pela oferta de itens como multimídia com conexão para smartphones, câmera de ré, ar-condicionado, vidros, retrovisores e freio de estacionamento elétricos. Itens que foram retirados de primos elétricos como Peugeot e-208 e e-2008.

E um último detalhe: o silêncio. O rodar do Jumpy elétrico é silencioso, principalmente com os vidros fechados e o ar-condicionado ligado. Afinal, motorista e chapa também merecem conforto.

Fique por dentro das novidades.

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.