A origem do Cruze já explica, em grande parte, a semelhança com os rivais nipônicos: o projeto foi desenvolvido na Coreia do Sul, pelas mãos da Daewoo, ex-subsidiária da GM. O sedã enfrenta os concorrentes orientais de forma global, sendo comercializado na Europa, na América do Norte e inclusive na terra natal, a Ásia.
Um dos pontos em que o Cruze mais se diferencia dos antecessores é no acerto de suspensão, que proporciona rodar mais rígido. Outro indício das mudanças revela-se quando o acelerador é acionado, com respostas mais lineares. Novamente, há maior semelhança com a concorrência oriental que com outros sedãs médios do fabricante, que de modo geral se comportavam melhor em baixa rotação que em alta.
O design também não nega a origem asiática do Chevrolet. A nova linguagem de estilo mudou radicalmente o aspecto dos automóveis da marca e, definitivamente, não é unanimidade. Particularmente, acho o Cruze um dos mais bem resolvidos entre os modelos da nova safra. Nas fotos, ele aparece ladeado por um Vectra de segunda geração, que pode ser considerado seu avô no mercado brasileiro, e por um Monza, nada menos que seu tataravô. Um retrato da ruptura que o sedã se propõe a estabelecer.