Avaliação
| em 4 anos ago

[Avaliação] Onix LTZ Turbo: Câmbio manual ainda tem público

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Versão com câmbio manual de seis marchas traz muitos itens de conforto e segurança, tem bom acabamento e agrada aos que ainda prezam trocar as marchas. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

Atualmente, a preferência é pelo câmbio automático, mas há quem aprecie trocar manualmente as marchas, ainda que no trânsito urbano caótico. O Onix LTZ Turbo está posicionado abaixo da versão topo de linha Premier. Não está equipada com alerta de ponto cego, ar-condicionado automático, estacionamento automático e revestimento em couro.

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Porém, traz muitos itens de série: seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, partida, abertura e fechamento de portas sem chave, direção elétrica, ar-condicionado, internet a bordo e muitos outros.

Engates precisos

O apelo desta Onix LTZ Turbo é o câmbio manual de seis marchas. Engates fáceis e precisos, mas não são macios. Curso médio da alavanca muito bem posicionada. A mão cai sobre ela. Incômodo é o cotovelo esbarrar na tampa de porta-objeto entre os bancos dianteiros no engate das marchas pares. Deixando-a aberta, não ocorre o incômodo.

As relações de transmissão privilegiam o consumo. A partir da quarta até a sexta, as marchas são de economia. A 100 km/h em quarta marcha, o motor gira a 3.100 rpm; cai para 2.500 rpm na quinta até atingir 2.000 rpm com a sexta marcha engatada. Numa ultrapassagem a 100 km/h, reduzir para quarta diminui o tempo na manobra.

O turbo não entra em ação imediatamente por causa da injeção indireta, que pulveriza a mistura ar/combustível no coletor de admissão em vez de fazê-lo diretamente na câmara de combustão. A marca optou pelos airbags de cortina em vez da injeção direta.

Silêncio no interior

Mesmo em rotação elevada, o som do motor 1.0 de três cilindros turbo não incomoda no habitáculo. O carro fica mais ágil ao usar marchas mais fortes. O motor corta antes de atingir 6.000 rpm. A potência máxima se dá a 5.500 rpm e o torque máximo a partir de 2.000 rpm. Consumo de gasolina registrado no computador de bordo foi de 16 km/l na estrada e de 11 km/l na cidade. Medições com ar desligado.

Direção bem calibrada em alta e leve em manobra. Volante revestido corretamente em material rugoso tem boa pega e agrupa poucos comandos. Coluna de direção é regulável em altura e distância. Conforme a posição, o volante encobre parte do conta-giros.

Pedal afastado incomoda

Boa posição de dirigir, mas pedal de embreagem afastado força a musculatura de perna. Assento do Onix LTZ Turbo deveria ter mais comprimento para apoio total das pernas. Revestimento em tear fino dos bancos é mais confortável do que o sintético, que tem limpeza como única vantagem.

Onix tem comportamento dinâmico previsível e contorna curvas sem susto. Conjunto bem acertado. Rodar mais duro se deve à calibragem elevada (35 libras) nas quatro rodas. Desconforto é sentido em ondulação e remendo de piso. Frente esbarra em rampa pela baixa altura do solo (12,8 centímetros).

Maioria dos comandos está bem posicionada. Apesar de tela tátil estar na moda, é inseguro acioná-la com o carro em movimento por que requer tirar os olhos da via. Há multimídia compatível com Android e Apple, internet a bordo (gratuita por três meses), sistema On Star, também pago. Há duas portas USB no banco traseiro e uma no console central juntamente com a tomada de 12 volts.

Porta-luvas sem iluminação. Porta-malas coerente com as dimensões tem tapete bandeja de borracha sobre o carpete. Útil no transporte de líquidos e outras encrencas, o acessório é vendido por R$ 200 na rede. Encosto do banco traseiro fracionado (1/3 e 2/3) é fácil de acionar. Bom acabamento em geral. Destoa a pintura no prime no assoalho do porta-malas.

Freios são eficientes

Freios eficientes em simulação de emergência. Faróis halógenos iluminam bem com bom alcance do facho baixo. Há regulagem elétrica de altura do facho, além de faróis auxiliares e lanterna de neblina.

Limpadores dianteiros e o traseiro são eficientes. Lavador traseiro cumpre a função, enquanto o dianteiro joga água da metade do para-brisa para baixo.

Quanto custa?

Chevrolet Onix tem garantia de três anos sem limite de quilometragem. Preço sugerido dessa versão é de R$ 67.390. Pintura branca custa R$ 750 e as metálicas, R$ 1.600. A pintura metálica não tem custo na cor preta e na laranja.

Ficha técnica Onix Turbo LTZ Manual

Motor
De três cilindros em linha, 999 cm³ de cilindrada, turbo, flex, de 115,6 cv (etanol/gasolina) de potência máxima a 5.500 rpm e torques máximos de 16,3 kgfm (g)/16,8 kgfm (e) a 2.000 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio manual de seis marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10,4 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira; controles de estabilidade e tração

Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson, com barra estabilizadora; traseira, eixo de torção; altura do solo, 12,8 metros

Rodas/pneus
6,5 x 16” de liga leve /195/55R16

Peso (kg)
1.075

Carga útil (passageiros+ bagagem)
375 quilos

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,163; largura, 1,73; altura, 1,47; distância entre-eixos, 2,551

Capacidades (litros)
Porta-malas, 275; tanque, 44

Desempenho
Velocidade máxima, 180 km/h (g/e); aceleração até 100 km/h, 10,2 (g)/10,1 s (e)

Consumo (km/l)
Urbano, 9,4 (e) e 13,5 (g); estrada, 13,5 (e) e 16 (g)

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Redação

Redator do Autos Segredos.