Descansando no centro de visitas da Toyota em Sorocaba (SP), Bandeirante na cor Azul é a última unidade produzida em São Bernardo do Campo
Primeiro modelo da Toyota fabricado no Brasil, o Bandeirante teve sua última unidade produzida em 28 de novembro de 2001. Ostentando o número 104.621, o modelo na cor azul marca apenas cinco quilômetros no hodômetro.
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Atualmente, o último Toyota Bandeirante produzido está no Centro de Visitas da marca em Sorocaba (SP) que, em breve, abrirá suas portas para receber visitantes. Lá, painéis informativos contam a história do fabricante nipônico no Brasil. Além do Bandeirante, um Corolla 1968 na cor marrom também poderá ser apreciado.
O último Toyota Bandeirante tem alguns itens que não eram tão pedidos pelos compradores como rádio e sistema de ar-condicionado. O modelo parece ter saído recentemente das linhas de produção.
Ele está equipado com quebra-mato, guincho para reboque, snorkel e faróis auxiliares com proteção e antena. Com carroceria de duas portas, o Toyota Bandeirante tem rodas de aço na cor branca calçadas por pneus Firestone ATX Radial de medidas 215/30 R16.
Na traseira, a tampa do porta-malas tem abertura lateral e o estepe com pneu e roda, iguais aos de rodagem, fica pendurado na porta. O porta-malas do modelo tinha aproveitamento vertical e não havia forração.
Por dentro, todas as portas do Toyota Bandeirante têm forração em napa. Há puxadores que fazem as vezes de apoio de braço. Os ocupantes das extremidades dos bancos dianteiros tinham cinto de três pontos e o do meio, assim como todos os passageiros atrás, contam com cintos abdominais.
Já os comandos de faróis, conta-giros e rádio ficam na parte central do painel, e têm acabamento em alumínio. Já o quadro de instrumentos do modelo tinha o velocímetro em destaque e, logo abaixo, mostradores de pressão do óleo, nível de combustível, temperatura e voltagem da bateria.
Mecânica do Toyota Bandeirante
Na realidade, na mecânica é onde o Toyota Bandeirante se sobressai. Equipado com tração nas quatro rodas e caixa de redução para aumentar sua valentia, o utilitário nipônico é equipado com eixo rígido tanto na traseira quanto na dianteira. Aos SUVs de shopping, uma dica: o foco aqui é robustez e não o conforto.
Sob o capô está instalado o motor 3.7 14B da própria Toyota, com 96 cv a 3.400 rpm. Movido a diesel e sem sobrealimentação, esse propulsor substituiu, em meados dos anos 1990 o motor Mercedes-Benz OM 364. Este, por sua vez, apresentava maior torque em baixa e tinha fama de longuíssima durabilidade e fácil manutenção.
A troca foi vista como retrocesso por alguns e acabou por criar duas “facções” entre os tradicionais consumidores do Bandeirante no decorrer do tempo. Freios a disco nas quatro rodas foram uma melhoria dos últimos anos de fabricação e sanavam uma velha crítica dos apaixonados pelo velho Toyota: a dificuldade nas frenagens. (Com Renato Passos)
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