Há mais de treze anos vivia perguntado ao meu tio, José de Arimatea Silva (Tio Zezé), se ele não queria vender o Volkswagen Fusca 1978 1300, esse das fotos. A reposta era sempre acompanhada de uma negativa. Em dezembro passado chego à casa da minha mãe e ela avisa que o Zezé quer vender o Fusca. Porém, como sempre impera a Lei de Murphy, no momento, não tinha recursos para comprá-lo. Acabei virando o “Mestre de obras” da missão de reformar o Fusca 78.
Passada a euforia pela compra começamos a rodar com o carro para levantar os defeitos existentes, mas, antes tínhamos que passar na vistoria do Detran/MG para transferir o carro. E assim surge o primeiro problema, como o carro é muito antigo o motor não estava cadastrado e teríamos que fazer a gravação, que no final gerou um custo de R$ 400,00.
No segundo optamos por uma pequena oficina e o valor caiu para R$ 3.500, mas, o lanterneiro queira trocar os para-lamas e portas originais por outras paralelas e com o prazo de 45 dias… Não inspirou confiança.
Optei então por levar em algumas grandes oficinas e nenhuma aceitava a missão. Numa única tivemos um orçamento feito na camaradagem, pois já conhecia o dono. O valor da restauração ficou em R$ 10 mil e com o prazo estimado de quatro meses.
Depois de quatro orçamentos, falei com meu irmão que pensava em jogar a toalha e desistir da reforma. Ele disse que não, pois, queria reformar o Fusca de qualquer jeito. Lembrei então do amigo Vinícius Pimentel, ex-piloto do Brasileiro de Marcas e Pilotos que em 1987 venceu a categoria Turbo, com o Uno amarelo número #38. Hoje, depois de alguns anos de oficina mecânica, Pimentel faz restauração de antigos. E como ele estava no momento restaurando um Gordini, não tinha como pegar um segundo carro. Mas, poderia indicar uma oficina de sua confiança.
Fotos | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos