Com o recente abatimento no preço do hatch elétrico, os valores da versão à combustão não estão tão atrativos
Dias atrás a Renault fez redução de R$ 40 mil no preço sugerido do Kwid E-Tech. Pelo valor de R$ 99.990, o hatch se tornou o elétrico mais barato do país. Ao mirar nos concorrentes elétricos, contudo, a marca também acabou acertando as versões 1.0 SCe Flex.
Vendida a R$ 72.640,00, a versão de entrada 1.0 Zen é R$ 27.350,00 mais barata que a elétrica. Já a Intense Biton, vendida a R$ 78.630,00, fica com uma diferença em R$ 21.360,00. Se você já bateu o martelo e está decidido em levar um Kwid zero para casa, a diferença de preço da 1.0 Flex coloca a elétrica E-Tech no páreo.
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A versão elétrica tem a desvantagem, porém, de levar apenas quatro passageiros, enquanto a térmica pode levar cinco ocupantes.
O torque imediato do Kwid E-Tech o deixa mais ágil no trânsito urbano. No entanto, o elétrico é mais lento que o térmico no 0 a 100 km/h: enquanto flex leva 13,2 segundos com etanol no tanque, o elétrico leva 14,6 s.
O térmico tem 71 cv de potência e torque de 10 kgfm quando abastecido com etanol. Já o elétrico entrega 65 cv de potência e torque de 11,5 kgfm. Pode parecer pouco, mas 1,5 kgfm de torque faz grande diferença numa ultrapassagem, e o fato de ser imediato ajuda e muito.
O Renault Kwid 1.0 Flex tem tanque com capacidade para 38 litros de combustível. Considerando o consumo com etanol de 10,8 km/l rodando na cidade, o térmico tem autonomia de 324 quilômetros. Já autonomia do elétrico, segundo dados PBEV, é de 185 quilômetros.
Ao comprar o Renault Kwid E-Tech, o dono terá que ter quase duas cargas de bateria completas para chegar até a autonomia do 1.0 Flex. Mas, o custo para recarregar será bem mais em conta que o de abastecimento do flex.
Revisões
Outra vantagem do Kwid E-Tech são as revisões mais baratas. Confira abaixo os custos de manutenções até 60 mil quilômetros:
Revisões (km) | Kwid 1.0 SCe Flex | Kwid E-tech |
10 mil | R$ 519,67 | R$ 156,79 |
20 mil | R$ 582,96 | R$ 198,98 |
30 mil | R$ 582,96 | R$ 198,98 |
40 mil | R$ 932,80 | R$ 922,14 |
50 mil | R$ 646,25 | R$ 241,17 |
60 mil | R$ 929,83 | R$ 929,83 |
Total | R$ 4.194,47 | R$ 2.647,89 |
No total, considerando as revisões periódicas até os 60 mil quilômetros rodados, o Kwid E-Tech fica R$ 1.546,58 mais em conta que o 1.0 Flex. Abatendo esse valor no custo de aquisição, a diferença entre o elétrico E-Tech e o 1.0 Flex na versão Intense Biton cai para R$ 19.813,42.
Em relação ao acabamento interno, a versão elétrica e a 1.0 Flex não têm tanta diferença, mantendo o mesmo painel e plásticos rígidos nas forrações de porta. Até os bancos dianteiros mantêm o encosto com o apoio de cabeça integrado.
A lista de itens de série também se equivalem. Ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos, travas elétricos retrovisores externos com ajustes elétricos e central multimídia são itens comuns aos modelos térmico e elétrico.
Já em relação aos itens de segurança, o Kwid E-Tech sobressai por conta dos airbags de cortina, item ausente no 1.0 Flex. De resto, ambas contam com airbags frontais e laterais, freios ABS com EBD, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, entre outros itens.
Entre os prós e contras em relação a custos de manutenção e aquisição, autonomia e itens de série, o Kwid E-Tech tem a vantagem de ter um melhor comportamento dinâmico em relação ao flex produzido no Brasil.
Mas, no fim, cabe ao comprador fazer as contas e ver qual a opção que apresenta o melhor custo benefício para o seu bolso.
Foto principal | Renault/Reprodução
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