Para fabricar a nova linha de motores marca investirá US$ 500 milhões em Betim (MG). Ao todo serão cinco blocos de motores Firefly fabricados no Brasil, sendo três inéditos
Motores 1.0 e 1.3 Firefly Turbo Flex
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

Os modelos da Fiat e Jeep finalmente terão motores Turbo Flex, porém, a estreia deverá ocorrer somente no fim de 2020. A FCA América Latina ganhou a disputa com a Ásia e terá a nova unidade que será responsável pela produção de cinco blocos. Dois deles são os 1.0 Turbo Flex com potência de 130 cv e o 1.3 Turbo Flex de 180 cv.

Estreia

A demora na estreia dos propulsores se deve pelo desenvolvimento para fazer com os Firefly possam ser abastecidos com etanol. Além do turbocompressor, os motores também receberam inovações como injeção direta de combustível, e variação de fase na admissão e exaustão, que também permitirá variação na taxa de compressão das câmaras. Segundo os executivos, esse último recurso é fundamental para flexibilizar a unidade.

Motor 1.0 Firefly Turbo
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos – Motor 1.0 12v Turbo Flex terá potência de 130 cv

T3 e T4

As potências não são oficiais, mas, a boca miúda descobrimos que o 1.0 de três cilindros terá potência de 130 cv e torque entre 17 a 19 kgfm, lembrando que com o turbo, o motor passará a ter 12 válvulas.

Motor 1.3 Firefly Turbo
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos – Potência estimada do motor 1.3 Firefly Turbo será de 180 cv

Já o 1.3 passará a ter 16 válvulas e potência de 180 cv com torque estimado entre 23 e 25 kgfm.

Motor 1.0 Firefly Turbo Flex
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos – Motores terão injeção direta de combustível

Ambos serão equipados com transmissão automática de seis velocidades fornecida pela Aisin.

E4

Além dos T3 e T4, a unidade produzirá um motor inédito com turbo movido somente a etanol. Segundo a FCA, o objetivo é reduzir o gap de consumo do etanol em relação à gasolina, que é de 30% atualmente, para obter um motor de alta eficiência energética e baixo impacto ambiental. Ainda sem cilindrada definida, o motor será baseada no T4.

Já está patenteado

No passado, entre 2013 e 2015, a engenharia da Fiat trabalhou num propulsor 1.4 T-Jet movido exclusivamente a etanol. No período, a marca já trabalhava no conceito de máxima eficiência do combustível derivada da cana.

A tecnologia patenteada conta com ajustes que vão além das adaptações ao poder corrosivo do combustível. Foram aplicados conceitos de downspeeding – que é a redução do movimento de alguns componentes para diminuir atrito e desgaste, e evitar vibrações – além do downsizing, com sistema do turbocompressor ajustado para não ter turbolag, que é a demora para a turbina entrar em ação. Certamente a taxa de compressão foi aumentada para explorar melhor as vantagens do etanol.

Testada no 1.4 T-Jet, a tecnologia poderia ser aplicada a qualquer motor, por isso o T4 GSE Turbo é o motor que será o responsável por sua estreia.

1.0 e 1.3

Os outros dois blocos que serão fabricados na nova linha são os atuais 1.0 e 1.3 Firefly aspirados.

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