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Fiat 147: A história do revolucionário compacto mineiro

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Lançado em 1976, pequenino foi o pioneiro da indústria automobilística mineira. Fiat 147 originou primeira família completa de modelos do mercado nacional com hatch, perua, picape, multiuso e sedã

Foto | Fiat/Divulgação

O Fiat 147 fez sua estreia no Brasil em 9 de julho de 1976. O modelo era derivado do 127 italiano. O compacto nacional, porém, passou por várias modificações, e, depois de um longo período de testes com protótipos europeus pelas estradas brasileiras, a engenharia decidiu que o modelo brasileiro teria que ser mais robusto. Motor, câmbio e suspensão passaram por várias alterações.

O modelo foi muito importante para história da Fiat no Brasil, segundo Cledorvino Belini, presidente da Fiat na América Latina. “Como primeiro modelo produzido pela Fiat no Brasil, o 147 foi também o pioneiro em muitas inovações no mercado brasileiro, como o primeiro motor transversal, com o estepe colocado no mesmo compartimento do motor, e a introdução do conceito de “pequeno por fora, grande por dentro”, afirma Belini.

Foto | Fiat/Divulgação

Com 3,63 metros e pesando 800 kg, o 147 tinha 2,22 metros de distância entre eixos. O propulsor de quatro cilindros tinha apenas 1050cm3 e fornecia 50 cv a 5.800 rpm. Sempre carregando a responsabilidade da inovação, Belini, lembra que o 147 “foi também o primeiro carro movido a etanol lançado no País, em 1979”.  O 147 também passou a ser equipado, a partir de 1978, com o motor 1.300cm³ (gasolina), de 61 cv e com o propulsor 1.300cm³ (etanol), de 62 cv desenvolvido a partir do 1050.

O painel era revestido com material macio e antirreflexivo. O interior oferecia cinco lugares para passageiros, além de um porta-malas razoável para a categoria e a possibilidade de rebater o banco traseiro.

Em 1978, o hatch ganhou a versão Rallye, que era equipada com motor 1300. No visual externo destacavam-se as faixas pretas laterais, spoiler, faróis auxiliares, tomada de ar para a pequena grade sobre o capô e as rodas tinham desenho esportivo. Internamente, cinto de segurança de três pontos dianteiros e bancos reclináveis, de encosto alto e gomos horizontais. No painel completo havia conta-giros, voltímetro e manômetro de óleo. A versão ficou em produção até 1981.

Picape derivada do Fiat 147
Foto | Fiat/Divulgação
Picape da Fiat
Foto | Fiat/Divulgação

Primeiro facelift do Fiat 147

Em 1980 o 147 passou por sua primeira alteração visual com o modelo recebendo um novo conjunto frontal que ficou conhecido com “frente Europa”. As alterações incluíram novo capô, que era mais aerodinâmico e inclinado, os faróis passavam a ser retangulares e a grade ganhava ligeira inclinação. As luzes de direção estavam nas extremidades, junto das lanternas. Os para-choques eram de plástico polipropileno e vinham nas cores cinza ou preto de acordo com a opção de acabamento. 

A versão Rallye também passou pelas mudanças mesmo ficando apenas um ano em produção. As modificações ficaram concentradas no exterior. A tomada de ar sobre o capô foi mantida com o defletor em plástico. Abaixo dos para-choques pretos, na frente do spoiler de mesma cor, vinham faróis auxiliares, e o para-brisa era laminado com faixa degradê. Rodas próprias completavam o aspecto esportivo.

Foto | Fiat/Divulgação

Segundo tapa no visual

Em 1982 o 147 teve a segunda mudança visual e passou a se chamar Spazio. As mudanças incluíam nova grade e faróis maiores, novas lanternas e vidro traseiro maior para ganho em visibilidade. Nas laterais, largas molduras de poliuretano e repetidores de luzes de direção nos para-lamas. O 147 Europa continuou em produção juntamente com o modelo reestilizado, estratégia comumente usada hoje em dia por inúmeros fabricantes.

Linha Spazio
Foto | Fiat/Divulgação
Linha Spazio
Foto | Fiat/Divulgação

A linha Spazio também veio com mudança na parte mecânica  que passou a adotar um câmbio de cinco marchas nos modelos com motor 1300, além do rebaixamento da coluna de direção em cerca de 30mm. Tal reduzia o incômodo do volante inclinado demais.

O Spazio também teve sua versão esportiva, batizada de TR, que trazia spoilers traseiros (um no final do teto e outro abaixo do vidro), além de faróis auxiliares. De acordo com o histórico da Fiat, o Spazio ficou em produção até 1984, ano em que o 147 Europa recebeu os faróis e a grade do Spazio, mas manteve o para-choque estreito de maneira a ganhar sobrevida. Em 1987, o pioneiro modelo mineiro sai de produção e seu espaço foi assumido pelo Uno lançado no Brasil em 1984.

Fiat Panorama
Foto | Fiat/Divulgação
Fiat 147 deu origem à perua Panorama
Foto | Fiat/Divulgação

Todas as versões do Fiat 147

Nos 11 anos em que ficou em produção, o hatch foi comercializado nas seguintes versões: 147, 147 GL, 147 GLS, 147 Rallye, 147 C, 147 CL, Spazio CL, Spazio CLS e Spazio TR. Para o presidente da Fiat, o fato de até hoje existir fãs do 147 só demonstra que foi um sucesso no mercado.

“Com esse histórico, o 147 teve uma importância fundamental para a curva de aprendizagem da Fiat no mercado brasileiro e também do pólo de produção que se instalou ao redor da fábrica de Betim, hoje o segundo maior do País”, afirma Belini.

Família 147

O Fiat 147 foi o primeiro modelo a dar origem a uma família completa no mercado nacional, com hatch, picape, multiuso, perua e sedã. A picape foi a primeira derivada de um automóvel, chegando ao mercado em 1979. A primeira versão tinha as mesmas dimensões do 147, durou até 1981 e era equipada com motores 1.050 cm³ (gasolina), de 50 cv; 1.300cm³ (gasolina), de 61 cv e o 1.300cm³ (etanol), de 62 cv.

Em 1980, a picape passou a usar a plataforma da Panorama e ficou maior, com 3,78 metros. A picape, então, foi rebatizada de Fiorino para fazer par com o novo Fiorino Furgão. Entretanto, até mesmo nas publicidades o modelo era tratado como Pick-up Fiat. Em 1982 a picape recebeu a frente Europa do Fiat 147. Ela tinha a versão básica com visual antigo e a City com visual novo destinada para os consumidores que queriam um carro voltado para o lazer. O modelo teve sua produção encerrada em 1988.

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A Fiat lançou ainda em 1980 o 147 Fiorino que, na versão Fiorio, foi produzida de 1980 a 1988 e a 147 Fiorino Vetrato cuja produção começou em 1982 e terminou em 1988. Ambas as versões eram equipadas com os motores 1.300 cm³ (gasolina) de 61 cv e 1.300 cm³ (etanol) de 62 cv.  A Fiorino tinha também mais uma versão, batizada de Settegiomi, que tinha bancos traseiros para o transporte de passageiros, sendo que os acentos podiam ser rebatidos para o transporte de carga.

Também em 1980 veio a perua batizada de Panorama, cuja versão C foi até 1985 equipada com os motores 1.050cm³ (gasolina), de 50 cv; 1.300cm³ (gasolina), de 61 cv e o 1.300 cm³ (etanol), de 62 cv. Já a versão CL foi produzida de 1980 a 1986 tendo apenas a opção do motor 1.300 cm³ (gasolina), de 61 cv e o 1.300cm³ (etanol), de 62 cv. Ambas as versões foram reestilizadas em 1983, quando ganharam a frente do Spazio.

Foto | Fiat/Divulgação
Fiat Oggi
Foto | Fiat/Divulgação

No mesmo ano chegou a derivação três volumes do 147. O Oggi já estreou com o visual do Spazio. O pequeno sedã foi comercializado até 1985 nas versões CS equipadas com os motores 1.300cm³ (gasolina), de 61 cv e o 1.300cm³ (etanol), de 62 cv. O modelo ainda teve a versão esportiva batizada de CSS, equipada com motor 1.415cm³ (etanol) que rendia 78 cv. O Oggi CSS teve apenas 300 unidades produzidas e, se não fez sucesso na época de lançamento, hoje é cobiçado pelos colecionadores.

Fiat 147 deu origem ao Oggi
Foto | Fiat/Divulgação

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Publicado originalmente em 24/09/2010

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