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| em 7 anos ago

Motor Firefly deixa Fiat Mobi mais disposto

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Novo conjunto mecânico muda comportamento do subcompacto italiano

Marlos Ney Vidal (*)
Bragança Paulista (SP)

Lançado em abril, o Fiat Mobi chegou ao mercado com o antigo motor Fire. Apesar de confiável e robusto, o propulsor deixava o compacto para trás quando se comparado aos concorrentes que são equipados com motores mais modernos. Sete meses depois de sua chegada, a Fiat finalmente coloca seu compacto em paridade com os adversários. A marca lança a versão Drive equipada com seu novo motor 1.0 Firefly que chega com preço sugerido de R$ 39.870. Nos próximos meses, o modelo terá versão equipada com câmbio Dualogic, que terá seu acionamento por botões como na linha Uno.

Há dois meses, na apresentação do Uno equipado com os motores Firefly, ficou claro que se o Mobi o tivesse sido lançado com o novo propulsor, sua vida no mercado nacional seria bem mais fácil.

Equipado com o motor Firefly, o compacto é vendido em versão única e está posicionado entre as versões Like e Like On. Para 2017, a marca estima que a versão Drive será responsável por 20% das vendas do modelo. As demais opções Easy, Easy On, Like, Like On, Way e Way On continuam a ser vendidas com o motor Fire que passou por uma atualização.

O motor 1.0 FireFly abastecido com gasolina rende potência de 72 cv a 6000 rpm e torque de 10,4 kgfm a 3.250 rpm e com etanol a potência é de 77 cv a 6.250 rpm e 10,9 kgfm a 3.250rpm.

O ganho de potência é de apenas 2cvs em relação ao Fire com etanol no tanque. Com gasolina o novo propulsor perdeu 1 cv. Em compensação o ganho de torque com gasolina foi de 1,4 kgfm, já com etanol o ganho foi de 1 kgfm. Outra vantagem é chegada do torque máximo mais cedo. No Firefly está disponível aos 3.250 rpm, no Fire ele só chega aos 3.850 rpm.

Além do novo motor mais econômico e potente, o Mobi Drive também leva vantagem sobre as demais versões pela adoção da direção elétrica.

Apesar de ter potência inferior aos três cilindros da concorrência, 1.0 FireFly omelhorou muito o desempenho do compacto quando comparado ao antigo Fire EVO. Mas, graças ao torque maior que o dos concorrentes tricilíndricos e que o antigo Fire, é notável o ganho nas retomadas, o motor sobe rápido e tem um bom fôlego.

Hoje, por coincidência, andamos pela manhã com um Volkswagen up! take no deslocamento de casa para o aeroporto com três ocupantes. De tarde repetimos o trio, dessa vez a bordo do Mobi. Apesar de locais diferentes, o percurso é muito similar. Quando se comparado ao modelo alemão o compacto italiano leva a vantagem por ter melhor retomada.

Porém, o up! ainda leva vantagem pelo melhor acerto de suspensão e pelo câmbio de engates precisos e macios. No Mobi, o câmbio continua com relações longas e engates macios, mas, as vezes não tão suaves. A única mudança no câmbio é a quinta mais longa que a caixa que equipa o Fire.

No percurso do test drive, nota-se que o Mobi Firefly carece de ter melhor isolamento acústico. Em acelerações mais fortes e retomadas, o barulho do motor incomoda os ocupantes. Nesse quesito, o Uno Firefly tem melhor isolamento acústico.

Quem já andou no Mobi Fire, o melhor é esquecer suas impressões. Com o novo conjunto mecânico, o Mobi se tornou outro carro. Para efeitos de comparação é a transformação da lagarta em borboleta.

DE SÉRIE

O compacto passa a contar com direção elétrica que conta ainda com a função City. Entre os equipamentos de série estão o ar-condicionado, chave canivete com telecomando, vidros elétricos nas portas dianteiras com função one touch e antiesmagamento, trava elétrica nas quatro portas, limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro, abertura interna da tampa do tanque de combustível e do porta-malas, volante com regulagem de altura, cintos de segurança dianteiros com regulagem de altura, banco traseiro bipartido, cargo box, lane change, ESS, sinalização de frenagem de emergência, e pneus “superverde” com alta durabilidade e maior aderência.

OPCIONAIS

A Fiat oferece dois pacotes opcionais: um deles, chamado de Rádio Connect, inclui sistema de som com Bluethoot e entradas USB e auxiliar, retrovisores elétricos com Tilt Down e luz de seta integrada, volante multifuncional e rodas de liga leve 14 polegadas, por R$ 4.500. O outro kit, batizado de Live On, traz faróis de neblina, alarme com telecomando, sensores de estacionamento traseiro e interior com console de teto e espelho auxiliar, por R$ 4.650.

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Fotos | Fiat/Divulgação

(*) O jornalista viajou à convite da FCA.

Marlos Ney Vidal

Marlos Ney Vidal, jornalista profissional e repórter-fotográfico que atua no setor automotivo desde 2003. Já foi colaborador das principais publicações do Brasil. Em 2009 criou o site Autos Segredos.