Gigante chinesa da tecnologia, Xaiomi entra de vez no mercado dos automóveis movidos a bateria com o sedã SU7
A chinesa Xiaomi conhecida no Brasil por seus smartphones, apresentou mundialmente ontem, 28/12, o seu primeiro carro elétrico. O três volumes SU7 exibe números impressionantes e é mais longo que um Porsche Taycan, um de seus concorrentes, que serviu de inspiração para sua filosofia de design.
A empresa de tecnologia já havia flertado com o mercado automobilístico ao colaborar, em 2019, com o lançamento de um SUV de baixo custo para a China. O T77, criado em parceria com a montadora conterrânea Bastune, era movido apenas a gasolina e tinha potência máxima de 143 cv. Agora, porém, a história é outra e o sedã SU7 totalmente desenvolvido pela Xiaomi tem números dignos de superesportivos, que prometem preocupar os concorrentes americanos e alemães – leia-se Tesla e Porsche.
Duas versões foram anunciadas pela empresa, que ainda não revelou os preços que serão cobrados por cada uma. A configuração inicial tem bateria com 73,6 kWh de capacidade e ostenta 299 cv de potência, com um zero a cem feito em 5,2 segundo e alcance máximo de 668 km, no método chinês de medição.
Já a opção topo de linha, chamada de Max, tem imponentes 673 cv e pode chegar aos 100 km/h saindo da inércia em apenas 2,7 segundos. Com predicados de bólidos italianos, o chinês pode alcançar 800 km com apenas uma carga por meio da bateria de 101 kWh. Segundo a marca, inclusive, ela pode ser carregada em incríveis 15 minutos através de sua arquitetura de 875 V. Em primeiro momento, o elétrico só será oferecido na China.
A Xiaomi espera, com o sua grande infraestrutura na produção de componente elétricos, ocupar entre 15 e 20 anos a posição de quinta maior produtora de automóveis do globo. A promessa é audaciosa, mas a fabricante tem em mãos o que as demais montadoras investem (e muito) para alcançar: tecnologias totalmente ao seu alcance. Não atoa o interior do SU7 é banhado por equipamentos e recursos de última geração, como enormes telas multi-funções independentes para os passageiros traseiros e um head-up display de dar inveja.
Mas a joia da coroa para os empresários da marca está na possibilidade de investir, desenvolver e produzir suas próprias baterias, com cada vez mais avanços para aumentar a lucratividade e fortalecer a atuação da fabricante no setor. Se a promessa irá se cumprir ou não só saberemos no futuro, mas o que podemos dizer hoje é que uma das maiores vendedoras de smartphones do mundo chegou, aos 48 do segundo tempo, chutando a porta com um dos lançamentos mais surpreendentes do ano.
Foto | Xiaomi/Divulgação
