Do Rio de Janeiro (RJ)
Parecia um mantra. Todos, todos os executivos da General Motors exaltaram a todo tempo as melhorias no visual do reestilizado Cobalt. Para eles, o carro agora alia a já notória racionalidade — com seu espaço interno e porta-malas fantásticos para o segmento — a uma nova face considerada mais moderna e de certo appeal emocional para o consumidor. O sedã tem preço inicial de R$ 52.690 para a versão 1.4 LT manual, com vendas focadas nos frotistas (o mesmo enfoque dado para a LTZ 1.4), e chega aos R$ 67.990 na inédita topo de linha Elite 1.8, equipada com transmissão automática. A Chevrolet optou por limar a versão LS, tabelada em R$ 44.990 e, com isso, aumentou a diferença de valor do modelo para o Prisma com o objetivo de elevá-lo a um novo patamar. Como não houve alterações mecânicas, os destaques ficam por conta do supracitado “tapa no visu”, da estreia do novo MyLink, que conta com espelhamento de telas dos celulares que operam com os sistemas operacionais Android e iOS, e também para o OnStar — serviço de concierge com ligação direta com o motorista 24 horas. Vale frisar que o sistema de telemática debutou em terras tupiniquins recentemente, no Cruze.
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Internamente, contudo, nada mudou. Ainda falta um pouco de esmero ao acabamento, mesmo na versão Elite. Além disso, o painel continua datado e poderia ser melhor trabalhado. No entanto, se deixarmos tais tópicos de lado e partirmos para o espaço o Cobalt não decepciona. Todos dentro do habitáculo conseguem dar uma boa esticada e não há realmente nada do que reclamar quanto ao quesito supracitado. O porta-malas, com capacidade de 563L, consegue bater até mesmo sedãs superiores e é um grande chamariz para famílias grandes que costumam viajar com frequência e, claro, para taxistas.
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MyLink 2.0 O sistema de infotenimento merece capítulo à parte. A segunda geração do MyLink debuta no Cobalt 2016 e chega mais intuitiva e com mais “apetrechos”. Novas funcionalidades, como Android Auto e Apple CarPlay prometem mais interatividade entre o multimídia e os smartphones. Com eles, o condutor pode operar seu aparelho de telefone a partir da central do veículo, acionando-o inclusive por comando de voz.
Já que não temos muito a falar sobre conjunto mecânico, falemos sobre outra novidade tecnológica presente no modelo. O OnStar oferece ao condutor inúmeros serviços ao pressionar de um único botão, situado no retrovisor interno. O sistema de telemática oferece suporte em casos de emergência, auxilia na navegação e também oferece pesquisas variadas, das mais triviais como endereços de restaurantes ou números da Mega-Sena (sim, um colega pediu os números do último concurso e a atendente prontamente realizou seu pedido com incrível polidez e agilidade) até questões mais relevantes para o motorista, como condições de tráfego em determinadas vias e questões meteorológicas.
Bom, aqui o escriba prefere ser breve, já que não houve quaisquer mudanças no conjunto mecânico do Cobalt. Ergonomia e pega do volante (que não conta com ajuste de profundidade) seguem como pontos altos do veículo. A suspensão, além de casar bem com os pneus de perfil 195/65 R15, também é muito bem acertada e não decepcionou nas esburacadas ruas do canteiro de obras que é o Rio de Janeiro atual. Na estrada comportou-se igualmente bem, proporcionando certo conforto aos ocupantes nas duas condições.
Já o diâmetro de giro de 10,88m pode irritar um bocado, mas não chega a tirar o sono de um connoisseur do três volumes. A grande nêmesis do sedã é realmente o motor (guiamos o Elite, equipado com o 1.8 Econo.flex). Acelerar ele até acelera, mas falta força ao bloco para empurrar o rapagão e isso faz com que as retomadas sejam um martírio. Mesmo assim, o Cobalt não é um carro “engessado” e é até bacana de se guiar. Dadas todas as considerações, resta saber se a razão ainda predominará diante da emoção na hora de comprar o competente sedã da Chevrolet.Cobalt LT 1.4 manual -R$ 52.690: Além dos obrigatórios airbags frontais e freios com sistema ABS, a versão conta com direção hidráulica, ar-condicionado, vidros e travas das quatro portas, espelhos com ajuste elétrico, chave canivete com controle remoto de abertura das portas e porta-malas, banco do motorista e coluna da direção com regulagem de altura.
Cobalt LTZ 1.4 manual – R$ 57.590: Vem com todos os itens da LT e agrega faróis de neblina com moldura cromada, computador de bordo, sistema OnStar, Mylink II, rodas de liga leve, sensor de estacionamento e controle de cruzeiro.
Cobalt LTZ 1.8 manual – R$ 59.990: Compartilha os mesmos equipamentos da versão 1.4
Cobalt LTZ 1.8 automático – R$ 65.990: Conta com os mesmos itens das opções LTZ.
Cobalt Elite 1.8 automático – R$ 67.990: Vem com os mesmos equipamentos das versões LTZ e agrega bancos revestidos de couro bicolor, câmera de ré, sensor de chuva, faróis com acendimento automático, frisos laterais cromados.
Mix de vendas: Segundo a Chevrolet, 80% das unidades comercializadas do Cobalt 2016 terão o câmbio automático de seis velocidades.
Chevrolet Cobalt
Motor: 1.8 Econo.Flex de 108cv e 17,1kgfm de torque (etanol) e 106cv (gasolina) de potência e 16,4kgfm de torque (gasolina) – 1.4 Econo.Flex MPFI de 102cv e 13kgfm de torque (etanol) e 97cv (gasolina) de potência e 12,5kgfm de torque (gasolina)
Transmissão: Manual de cinco velocidades ou automática de seis velocidades com Active Select
Direção: Pinhão e cremalheira com assistência hidráulica
Suspensão: Independente do tipo McPherson com braço de controle ligado a haste tensora na dianteira e semi independente, com eixo torção, na traseira
Volume do porta-malas: 563L
Entre-eixos: 2,62m
Comprimento: 4,48m
Largura (carroceria): 1,73m
Largura total: 2,0m
Altura: 1,52m
Velocidade máxima: 170km/h
Tanque de combustível: 54L
Fotos | Chevrolet/Divulgação