Uma das características mais perceptíveis do Fox Bluemotion em percursos rodoviários é o câmbio longo: em quarta, a 120 km/h, o motor trabalha a 3.200 rpm, rotação que praticamente equivale à registrada em quinta nas versões convencionais equipadas com motor 1.6. Em quinta, o giro cai ainda mais: na mesma velocidade, o tacômetro marca apenas 2.500 rpm. As relações alongadas têm o objetivo de reduzir o consumo, mas acabam também melhorando o nível interno de ruídos.
Por outro lado, o propulsor 1.6 não consegue fazer milagre e a transmissão mais longa acaba implicando também em retomadas de velocidade sensivelmente mais lentas. Não espere o mesmo desempenho das versões convencionais na hora de fazer ultrapassagens, que exigem reduções para serem executadas com segurança. Nas subidas, o Bluemotion também perde o fôlego antes dos irmãos e pede que o motorista engate uma quarta ou até mesmo uma terceira, dependendo da declividade da rodovia, para manter o ritmo.
O comportamento não chega a ser inseguro ou instável: o modelo apresenta dirigibilidade correta, revelando tendência a desgarrar apenas se houver algum abuso. Porém, é bom saber que o Fox Bluemotion é menos afeito a divertir o motorista em curvas que as versões convencionais.
Há de se salientar ainda que essas características são coerentes com a proposta do modelo, cuja prioridade é economizar combustível. É realmente difícil cumprir com esse objetivo sem afetar outros aspectos. Ao potencial comprador de um Fox, cabe julgar o que lhe é mais conveniente e escolher a versão que se encaixa melhor em seu perfil.
Em breve, publicaremos a avaliação completa do Fox Bluemotion. Acompanhe!
Fotos | Alexandre Soares/Autos Segredos