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Teste: Novo Ford Territory Titanium – para incomodar a concorrência

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SUV importado da China se destaca pelo acabamento e itens de conforto e segurança. Desempenho melhorou com caixa de marchas de dupla embreagem, mas excesso de funções na tela tátil complica a ergonomia. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

A ventilação dos assentos dos bancos dianteiros é um antídoto contra a onda de calor no país. Extremamente bem-vindo durante a avaliação, esse item de conforto mostrou-se essencial. Porém, é uma das funções acionadas na tela tátil, contrariando a ergonomia (adaptação do corpo humano às ferramentas de trabalho).

Acionar qualquer função na tela requer tirar os olhos da via. A segurança fica comprometida. Até os quatro modos de condução são acionados por meio da tela tátil. O volante também tem muitos comandos, mas tem boa pega e é revestido corretamente com material rugoso que evita deslize das mãos.

A segunda geração do Ford Territory está um pouco maior em comprimento (5 centímetros), altura (3 cm) e tem um centímetro a mais de distância entre-eixos. E são três centímetros a menos na largura. O porta-malas tem 100 litros a mais de capacidade (448 litros diante dos 348 anteriores).

As linhas da carroceria convencem e o visual agrada de imediato com grade grande, faróis estreitos com luz de LED e cromados nas janelas quebram a monotonia lateral. As lanternas também têm luz de LED.

Por dentro, o tradicional capricho Ford, quando ela quer, privilegia os ocupantes do banco traseiro, geralmente esquecidos, com material macio ao toque nas portas. Esse privilégio costuma ser apenas nas portas dianteiras na maioria dos carros.

É muito boa a iluminação no habitáculo com LED e luz ambiente. Somente o porta-luvas fica às escuras. O visual do interior do novo Ford Territory Titanium agrada e é bem resolvido. O teto solar panorâmico é outro item requisitado nesta categoria de veículo.

O painel central também usa material macio e linhas limpas, sem rebuscamento. Os comandos de vidros estão posicionados corretamente. Ponto em ergonomia. O quadro de instrumentos configurável de 12,3 polegadas forma conjunto único com a tela multimídia de mesmo tamanho.

O comando rotativo de marchas no console central tem visualização e acionamento fáceis. Não há possibilidade de troca manual das marchas no novo Ford Territory Titanium. Em descida, usa-se a letra L para poupar freio elevando as rotações do motor.

O motor funciona agora no ciclo Otto em vez do Miller na geração anterior. O Miller mantém as válvulas de admissão abertas por mais tempo para reduzir o consumo de combustível. O câmbio é de dupla embreagem banhada a óleo de sete marchas em vez do CVT anterior.

As trocas das sete marchas são rápidas, suaves e sem trancos tanto na aceleração quanto na redução. O câmbio de dupla embreagem tem essa característica. O motor 1.5 turbo funciona suavemente.

A potência aumentou 19 cv e o torque teve aumento significativo de 2,6 kgfm. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 180 km/h. O novo Ford Territory Titanium atinge 100 km/h em cerca de 10 segundos. Não empolga, mas é suficiente para ultrapassar com segurança.

O consumo de gasolina do novo Ford Territory Titanium variou entre 8 km/l e 9 km/l na cidade e de 10 km/l a 11 km/l na estrada. O motor é somente a gasolina. O sistema stop/start desliga o motor em parada para reduzir consumo.

O motorista fica bem posicionado com regulagens elétricas do banco, incluindo a lombar. Assentos deveriam ser um pouco mais compridos. Destaque para espaço no banco traseiro, principalmente para pernas com assoalho plano. Uma sala de estar com saída de ar-condicionado e porta USB.

A lamentar a capacidade limitada de carga útil (passageiros + bagagem) de apenas 320 quilos. Assim, levam-se apenas quatro ocupantes de 70 kg e mais 40 kg de bagagem.

O porta-malas bem dimensionado tem abertura automática sem auxílio das mãos. Encosto traseiro fracionado permite misturar bagagem e passageiro. O estepe é temporário. Melhor do que não ter, como ocorre atualmente com alguns modelos.

O rodar é mais firme, apesar da suspensão traseira multilink. Rodas grandes (aro 19) e pneus de perfil 50 tiram a suavidade em piso irregular, apesar da altura do flanco de 11,75 centímetros. A capacidade de imersão de 67 centímetros encoraja estripulias.

A carroceria inclina bastante em curva, mas a trajetória é mantida. A direção assistida eletricamente tem leveza em manobra e peso em alta sem ser comunicativa. Coluna é regulável em altura e distância.

Os freios a discos nos dois eixos são excelentes e param os mais de 1.700 quilos do carro em espaço de segurança. Segundo a Ford, a carroceria é construída com materiais de alta resistência.

Os lavadores dos vidros em spray são eficientes. O limpador de para-brisa do lado do motorista não atinge totalmente a lateral superior. Faróis em LED iluminam bem, mas facho baixo deveria ter mais alcance. Há regulagem elétrica de altura do facho.

O novo Ford Territory Titanium tem seis airbags, controles de tração, estabilidade e de descida, além da frenagem automática de emergência com detecção de pedestre, alertas de ponto cego e de manutenção na faixa, controle de velocidade adaptativo. 

Entre os itens de conforto e conveniência: ar digital de duas zonas, retrovisores rebatíveis eletricamente, câmera de 360 graus, freio de estacionamento elétrico, assistente de estacionamento, partida sem chave assim como travamento e destravamento de portas, sensores crepuscular e de chuva, entre outros.

O preço sugerido do novo Ford Territory Titanium é de R$ 209.900, com pintura incluída. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica Ford Territory Titanium 

Motor
De quatro cilindros em linha, 16 válvulas, ciclo Otto, transversal, turbo, 1.498cm³ de cilindrada, injeção direta, gasolina, de 169 cv de potência máxima a 5.500 rpm e torque máximo de 25,5 kgfm entre 1.500 rpm e 3.500  rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático de sete velocidades de dupla embreagem banhada a óleo

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de giro, 9,9 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira e a disco sólido na traseira

Suspensão
Dianteira, do tipo McPherson, com barra estabilizadora; traseira, multilink; altura do solo, 19,31 centímetros; capacidade de imersão, 67 centímetros

Rodas/pneus
8×19”de liga leve/235/50R19

Peso
1.705 kg

Carga útil (passageiros + bagagem)
320 kg

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,63; largura, 1,935; altura, 1,706; distância entre-eixos, 2,726

Capacidades (litros)
Porta-malas, 448; tanque, 60

Desempenho
Aceleração até 100 km/h, 10,3 segundos/velocidade máxima, 180 km/h (limitada eletronicamente)

Consumo (km/l)
Cidade, 9,5; estrada, 11,8

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