Commander Longitude é ideal para quem precisa de mais gente a bordo e menos eletrônica. SUV tem preço sugerido de R$ 241.590

O Jeep Commander estreou na pandemia para ser o modelo topo de linha nacional da marca. Chegou com versões muito recheadas para se posicionar na prateleira do alto e não criar atritos com o Compass.

Mas a Jeep não está sozinha no mercado, mesmo disputando a liderança do segmento SUV no Brasil com a Volkswagen, ela tem sentiu a chegada de novos rivais na seara dos médios. Principalmente pelo chineses CAOA Chery Tiggo 8 e GMW Haval H6, que oferecem muito conteúdo, cromados e espaço interno farto.

Diante disso, a Jeep precisou se mexer e adicionou a versão Longitude ao Commander. A opção chega como versão de acesso, que parte de R$ 241.590.

Cerca de R$ 20 mil mais barato que a versão Limited, a Longitude só é oferecida com motor T270 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm de torque. A paleta de cores também é resumida: preto, branco, prata e cinza.

Outra manobra da Jeep para chegar ao preço mais em conta está na remoção de assistentes de condução (ADAS). A versão lança mão de recursos como controle de cruzeiro adaptativo (ACC), frenagem automática de emergência, monitor de ponto cego e assistente de permanência em faixa.

Conteúdos

Por outro lado, a versão oferece itens como quadro de instrumentos digital, partida sem chave, multimídia flutuante (com conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, navegador GPS e câmera de ré), banco com motorista com ajuste elétrico e climatização digital. O pacote ainda oferece freio de estacionamento eletrônico, com função Auto Hold, vidros e retrovisores elétricos, abertura elétrica do porta-malas, além de acendimento automático dos faróis e sensor de chuva.

O acabamento do Jeep Commander Longitude 2024 agradada, com material soft touch na formação dos painéis, assim como bancos e volante com revestimento em couro. Não tem a camurça das versões mais sofisticadas, mas não precariza o visual. Ou seja, a versão só peca pelos “robôzinhos”, de resto não deve nada para o restante da linha.

Mas a função primordial do Commander se manteve imaculada. Ele leva sete ocupantes como as demais versões. Passageiros da fileira do meio contam com bom espaço e os trilhos da segunda fileira permitem dar mais espaço para quem viaja no fundão.

E por falar na terceira fileira, ela acomoda dois adultos, mas sem nenhum conforto. O ideal é deixar o chiqueirinho para os pequenos.

Porta-malas do Commander

O Jeep Commander Longitude 2024, quando está com a terceira fileira rebatida, comporta até 661 litros de volume e ainda conta com um alçapão no assoalho, para pequenos volumes. ideal para guardar uma lanterna ou ferramenta de primeira mão.

Com os ocupação máxima, a capacidade de bagagem cai para 233 litros. Volume que permite levar o lanche para um passeio e roupas de banho para um rolê na cachoeira.

Motor e transmissão

O Jeep Commander Longitude 2024 só pode ser equipado com a unidade T270 1.3 de 185 cv e 27,5 kgfm de torque, combinado com transmissão automática de seis marchas. O conjunto oferece força e agilidade suficiente para o corpanzil de quase 1,7 tonelada.

O conjunto agrada, mas se a Jeep adotasse a caixa de nove marchas que equipa as versões turbodiesel, o SUV certamente seria mais eficiente, principalmente na estrada, em que poderia trafegar em velocidade de cruzeiro com rotação mais baixa.

E os números de consumo do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEv) corroboram com nossa percepção. Com etanol o consumo declarado é de 6,8 km/l (cidade) e 8,3 km/l (estrada). Com gasolina não melhora muito são 9,8 km/l (urbano) e 11,8 km/l (rodoviário).

Mas precisamos levar em consideração que estamos diante de um grandalhão com exatos 1.685 kg. A massa compromete a eficiência do SUV.

E por falar em peso é preciso um pouco de atenção com as frenagens. O Commander conta com discos ventilados (frente) e sólidos (atrás) que são eficientes, mas não deixe pra frear muito em cima, pois ele é pesado. E lembre-se: a versão não conta com frenagem de emergência.

A suspensão por sua vez é digna de elogios, o conjunto é independente nas quatro rodas, com sistema McPherson nos dois eixos. O conjunto oferece firmeza na estrada e tem curso elevado para os passeios fora do asfalto, mas não invente de acompanhar os jipes 4×4, porque a tração é apenas dianteira.

Palavra final

O Jeep Commander Longitude 2024 surge como uma opção para quem busca um carro de sete lugares, mas não faz questão de assistentes de condução. O acabamento e sofisticado, o visual é imponente e o nível de comodidade impressiona. Só não pode bobear a volante, pois não tem anjo da guarda eletrônico.

Ficha técnica Jeep Commander Longitude 2024

MOTORDianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 1.332cm³, 16V, turbo, flex, com injeção direta, que desenvolve potências de 180cv (gasolina)/185cv (etanol) a 5.750rpm e torque de 27,5kgfm (g/e) a 1.750rpm
TRANSMISSÃOTração dianteira e câmbio automático de seis velocidades
SUSPENSÃO/RODAS/PNEUSDianteira, McPherson, independente, barra estabilizadora; traseira, McPherson, independente/de liga leve, 7,5 x 18 polegadas/235/55 R18
DIREÇÃODo tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica
FREIOSDiscos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS/ESC
CAPACIDADESDo tanque, 61 litros; porta-malas, 233 litros (sete lugares) e 661 litros (cinco lugares); e de carga útil (passageiros mais bagagem), 540 quilos
DIMENSÕESComprimento, 4,76m; largura, 1,86m; altura, 1,68m; e distância entre-eixos, 2,79m; altura livre do solo, 20,9cm
PESO1.685 quilos
ÂNGULOSEntrada, de 20,5 graus
Saída, de 22,8 graus
PERFORMANCEVelocidade máxima de 202km/h
Aceleração até 100km/h em 9,5 segundos
CONSUMO (*)Cidade: 9,8km/l (g)/ 6,9km/l (e)
Estrada: 11,8km/l (g)/ 8,3km/l (e)

Dados do fabricante; (*) Dados do Inmetro

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