[Teste] Chevrolet Spin Activ 7 2023: praticidade acima da beleza

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Equipado com motor 1.8, câmbio automático e sete lugares, o Chevrolet Spin Activ 7 2023 se destaca pela praticidade. Desempenho coerente com a proposta do veículo. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

Monovolume tem na praticidade o principal apelo. Essa carroceria não atrai pelas linhas. A conquista é pela versatilidade. O fabricante denomina o Spin de crossover, em vez de monovolume, por questão de marketing.

O Chevrolet Spin Activ 7 2023 tem comprimento menor em relação ao Onix Plus, sendo muito mais prático. O visual da versão Activ é aventureiro com rack no teto, lanternas escurecidas e pneus de uso misto, apesar da pouca altura do solo. O para-choque dianteiro esbarra em saída de rampa. 

Acabamento interno benfeito na montagem e encaixes, e visual agradável, apesar do plástico duro no painel central e nos forros de porta. Chama atenção no interior o bom gosto do tear fino que reveste os bancos e também apliques na forração de portas.

Habitáculo fica mais agradável e menos sisudo em relação à forração com couro natural ou sintético. O quadro de instrumentos permite leitura imediata, mas falta o indicador de temperatura do líquido de arrefecimento do motor.

Banco do motorista tem ajuste de altura e assentos deveriam ser mais compridos. Os bancos da segunda fileira têm ajuste longitudinal para aumentar espaço para pernas ou bagagem. Os encostos são fracionados e rebatíveis.

Os dois lugares no banco da terceira fila são adequados às crianças pelo acesso mais difícil. O porta-malas tem boa capacidade com banco da terceira fila rebatido e cinco lugares. O banco da terceira fila tira muito espaço da bagagem. Exige arrumação no pouco espaço restante.

A maioria dos comandos está bem posicionada e o interior tem boa iluminação. A tampa traseira pesada, com pega unilateral, e abaixar no acesso à segunda fileira comprometem a ergonomia. Destoa em acabamento, o prime sob o forro do porta-malas.

Outra falha em ergonomia é a regulagem somente em altura da coluna de direção. Volante revestido corretamente com material rugoso agrupa comandos de áudio, fone e controle automático de velocidade. Não complica muito a ergonomia.

É boa a posição de dirigir com retrovisores bem dimensionados e câmera de ré com boa definição de imagem.

Direção com assistência elétrica é leve em manobra e com peso em alta. Diâmetro de giro é grande, exigindo mais manobra. Fabricante divulga apenas círculo de giro, que é menor do que manobrar entre paredes. 

Pneus de uso misto são mais duros que os de asfalto e ocorre transferência das imperfeições para dentro, principalmente as ondulações. O rodar é áspero em piso ruim. A suspensão tem calibragem mais firme para controlar a movimentação da carroceria em curva.

O comportamento dinâmico é bom para carro alto (1,689 metro) e ajudam muitos os controles de tração e estabilidade. Há também assistente de partida em rampa.

Lavadores de vidros eficientes, mas palhetas dos limpadores são simples demais para carro que custa mais de 100 salários-mínimos. Faróis têm regulagem elétrica de altura de facho, que é importante em carro de sete lugares. Há sensor de chuva.

Entretanto, luzes de halogênio não têm a eficiência do LED. Iluminação é limitada. Além disso, facho baixo é curto. Há sensor crepuscular. Freios muito bons param o Spin em espaço de segurança.

O desempenho é coerente com a proposta do carro. A relação de peso/potência é alta: 11,6 kg/cv com etanol e de 12,2 kg/cv com gasolina. As trocas do câmbio automático de seis marchas com conversor de torque são perceptíveis e ocorrem trancos leves.

O conflito entre o câmbio e o motor é mais evidente em subida e em rotações mais elevadas com oscilação entre a primeira e a segunda marcha. Trocas manuais por meio de tecla na alavanca. Pouco prático, mas o ser humano tem incrível facilidade de adaptação.

O motor de cabeçote simples, com duas válvulas por cilindro, tem pouca elasticidade em alta. A proposta do carro é mais força em baixa para transportar sete ocupantes. À velocidade de 100 km/h, em sexta marcha, o motor gira a 2.000 rpm com gasolina.

Computador de bordo registrou média de 7 km/l na cidade e de 12 km/l na estrada abastecido com gasolina e dois ocupantes. Com etanol e cinco ocupantes, a média na estrada variou entre 7,7 km/l e 8,1 km/l.

O Chevrolet Spin Activ 7 2023 é equipado com itens de conforto e conveniência. O sistema multimídia é My Link, com tela tátil de sete polegadas, compatível com Android e Apple. Há entrada USB e tomada de 12 volts.

O preço sugerido é de R$ 124.900 e o da pintura metálica, R$ 1.700. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica Chevrolet Spin Activ 2023

Motor
De quatro cilindros em linha, 1.8, flex, oito válvulas, de 111 cv (etanol)/106 cv (gasolina) de potências máximas a 5.200 rpm e torques máximos de 17,7 kgfm (e) a 2.600 rpm e 16,8 kgfm (g) a 2.800 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático de seis marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de círculo, 10,88 metros 

Freios
Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira

Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson, com barra estabilizadora; traseira, eixo de torção; altura do solo, 13,3 centímetros

Rodas/pneus
6,5×16”de liga leve /205/60R16

Peso (kg) – 1.293

Carga útil (passageiros+ bagagem) – 515 kg

Dimensões (metro) – comprimento, 4,415; largura, 1,764; altura, 1,689; distância entre-eixos, 2,62

Capacidades (litros) – porta-malas, 553 (terceira fileira de bancos rebatidos) e 162 (sete lugares); tanque, 53 

Desempenho
Velocidade máxima, 169 km/h (g/a); aceleração de 0 a 100 km/h, 11,3 segundos (a)/ 11,4 s (g)

Consumo (km/l)
Urbano, 7,1 (e) e 10,2 (g); estrada, 8,3 (e) e 11,8 (g)

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