Toyota Corolla Hybrid 2020 traz motorização híbrida, com motor 1.8 flex a combustão e dois elétricos. Alterações mecânicas deixam a direção mais prazerosa. Leia o teste
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Por Paulo Eduardo
Roda e para do trânsito pesado é o habitat do híbrido, pois não há consumo de combustível quando o motor elétrico do Corolla Hybrid 2020 funciona. É exatamente o contrário dos carros com somente motor a combustão. São dois motores elétricos: um de tração; e outro, que funciona como gerador, recarrega a bateria constantemente nas desacelerações e frenagens com os freios regenerativos. Por isso, consumo baixo no congestionamento.
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Motor do Corolla Hybrid 2020
Na estrada, motor a combustão recarrega também o motor elétrico por meio de uma bateria e funcionam juntamente gerando a potência combinada de 122 cv. O torque combinado é segredo que a Toyota não revela. Para o motor elétrico funcionar o tempo todo na cidade é preciso acelerar levemente. Um pouco mais de peso no acelerador é suficiente para o motor a combustão funcionar. A autonomia do motor elétrico do Corolla Hybrid 2020 é de pouco mais de três quilômetros. No roda e para do trânsito, o elétrico trabalha mais por causa da carga da bateria recuperada tanto nas frenagens quanto nas desacelerações.
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Obter média acima de 10 km/l com etanol no tanque no trânsito pesado parece ficção. Dados de consumo na ficha técnica não estão invertidos. É assim mesmo. Entretanto, dependendo da maneira de dirigir, o consumo na estrada em velocidade prevista na lei pode superar a ótima média obtida na cidade. Conseguimos 12 km/l na estrada e 10,5 km/l na cidade, com etanol.
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Nova plataforma
A décima-segunda geração mudou radicalmente na mecânica e o Corolla ficou mais prazeroso de dirigir pelas alterações na mecânica e a adoção da plataforma GA-C, conforme nova filosofia global denominada TNGA (nova arquitetura global da Toyota). Linhas mais dinâmicas e menos sisudas. Frente bem desenhada, com grade grande, faróis estreitos em LED, que iluminam muito bem, e lanternas traseiras também em LED. Linhas harmônicas e agradáveis.
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Acabamento benfeito com uso de materiais macios no interior e encaixes e arremates cuidadosos. Revestimento dos bancos em material sintético forma ambiente agradável com duas tonalidades, mas esse material não transpira e torna obrigatório o ar-condicionado. Bancos anatômicos não provocam cansaço em percurso longo e regulagens são elétricas (opcionais). Muito boa é a ergonomia, com comandos ao alcance das mãos. Porém, comandos dos vidros sem iluminação do Corolla Hybrid 2020 dificultam acionamento à noite. Já o porta-luvas é iluminado. A grande tela multimídia fica em destaque no alto do painel e exibe animação sobre funcionamento dos motores elétricos e a combustão. Quadro de instrumentos digital é configurável e dividido em três partes, com destaque para informação sobre sistema híbrido no lado esquerdo. O freio de estacionamento tem acionamento manual, mas em carro dessa categoria deveria ser eletrônico.
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Espaço traseiro é bom
Banco traseiro tem bom espaço para pernas e dois passageiros se acomodam bem. No assento do meio, a cabeça esbarra no teto por causa do teto solar. Acesso exige abaixar para não bater a cabeça pela caída do teto para dar elegância à carroceria. Não há saída de ar-condicionado para o banco traseiro. Porta-malas de bom tamanho tem comandos de abertura na tampa, por dentro ou na chave.
A direção comunicativa permite ao motorista sentir a aderência. Volante tem boa pega, mas agrupa muitos comandos, complicando a ergonomia, e revestimento liso implica em deslize acidental. Ótima visibilidade dianteira sem interferência das colunas A e retrovisores externos posicionados abaixo da linha dos vidros.
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CVT
Câmbio denominado de transeixo híbrido transmite uma aceleração mais linear que reduz ou aumenta continuamente as marchas conforme demanda do motor, sem desperdício de energia. Efeito é de um CVT (transmissão continuamente variável). E a função B (Brake) tem a função mais regenerativa do que a D (Drive). Deve ser usada preferencialmente para rodar mais no modo elétrico.
Saiba mais:
Confira avaliação do Honda Civic 1.5 Turbo.
Desempenho é muito bom com os motores elétrico e a combustão atuando em conjunto. As rotações do motor a combustão e ciclo Atkinson – com retardo no tempo de admissão para melhorar eficiência – sobem subitamente nas acelerações fortes. É ruidoso o funcionamento dele em alta.
Suspensão
Suspensão com duplo braço triangular na traseira absorve as imperfeições do solo satisfatoriamente. Transfere um pouco os remendos e ondulações, mas é confortável e é bom o comportamento dinâmico. Carroceria inclina moderadamente nas curvas. O centro de gravidade ficou um centímetro mais baixo nessa geração. E a bateria fica sob o assento traseiro. Freios eficientes, apesar de a frente abaixar em simulação de emergência, assim como limpador/lavador do para-brisa.
Entre os itens de segurança estão frenagem de emergência; alerta de saída de faixa com discreta atuação no volante; assistente de farol alto automático; controle de velocidade adaptativo; sete airbags, controles de tração e estabilidade; assistente de partida em rampa.
Quanto custa?
Garantia é de cinco anos e de oito anos para o sistema híbrido. Preço sugerido é de R$ 128.990 e com o pacote Premium – ar-condicionado automático dual zone, regulagem elétrica banco do motorista, retrovisores elétricos com rebatimento automático, teto solar, sensor de chuva e lanternas traseiras em LED – sobe para R$ 135.990.
Ficha técnica Corolla Hybrid 2020
Motor
A combustão, de quatro cilindros em linha, 1.798 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, flex, de 101 cv (etanol) e de 98 cv (gasolina) de potências máximas a 5.200 rpm e torque máximo de 14,5 kgfm (e/g) a 3.600 rpm; dois motores elétricos, de 72 cv e 16,6 kgfm. Potência acumulada, de 122 cv
Transmissão
Tração dianteira e hybrid transaxle com modos Normal, Eco, Power e EV
Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de giro, 11,6 metros
Freios
Disco ventilado na dianteira, e sólido na traseira; ESP (controle de estabilidade), TC (controle de tração) e HSA (assistente de partida em rampa)
Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson, barra estabilizadora; traseira, double whisbone, barra estabilizadora; altura do solo, 14,8 centímetros
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Rodas/pneus
7,5 x 17” de liga leve /225/45R17
Peso
1.445 kg
Carga útil (passageiros+ bagagem)
410 kg
Dimensões (metro)
Comprimento, 4,63; largura, 1,78; altura, 1,45,5; distância entre-eixos, 2,70
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Capacidades (litro)
Porta-malas, 470; tanque, 43
Desempenho –
Velocidade máxima, 180 km/h; aceleração até 100 km/h, não divulgada
Consumo (km/l)
Urbano, 10,9 (etanol)/16,3 (gasolina) ; estrada, 9,9 (e)/14,5 (g)