Sandero GT Line 1.0
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos
Versão esportiva de adereços do hatch, que tem espaço de carro médio, com motor de baixa cilindrada tem aparência como apelo principal. Porta-malas é destaques do Sandero GT Line 1.0
Sandero GT Line 1.0
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

Por Paulo Eduardo

Antes de ser, é preciso parecer. Sandero GT Line 1.0 apenas aparenta ser esportivo com rodas de liga aro 16 na cor cinza com pneu de perfil baixo, saias laterais, aerofólio traseiro, forração em couro no volante, spoiler e difusor. Visual agrada. A ênfase da versão GT Line do Sandero é a aparência esportiva. Inicialmente lançada com motor 1.6, agora equipada também com o motor 1.0 de três cilindros. Baixo consumo de combustível é a proposta em detrimento ao desempenho, que é razoável com motorista e carona, mas perde muito com dois ocupantes no banco traseiro e bagagens.

Sandero GT Line 1.0
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

Motor

O motor gira em rotações elevadas e a potência máxima se dá a 6.250 rpm. O torque máximo está na faixa de 3.500 rpm, mas a partir de 2.000 rpm tem-se 90% da força, segundo a Renault. Indicador de troca de marcha aparece em torno de 2.200 rpm. É preciso manter o motor sempre nesta faixa para obter desempenho razoável. Desempenho cai com ar ligado e dois ocupantes no banco traseiro, mas surpreende quem espera pouco. Na estrada, é preciso calcular bem a ultrapassagem. Pisar fundo além da faixa de torque para começar a deslanchar. No plano e embalado, vai bem. Na cidade, acompanha o trânsito com motor girando na faixa ideal de torque. Consumo registrado de 7,5 km/l na cidade e 13 km/l na estrada com gasolina.

Sandero GT Line 1.0
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

Espaço interno

Sandero GT Line 1.0 tem espaço interno muito bom pela grande distância entre-eixos (2,59 metros) em relação ao comprimento; porta-malas de ótimo tamanho e aproveitamento horizontal, que facilita arrumar as bagagens. Pega central para fechar a tampa atende a destro e canhoto. A Renault derrapa feio em segurança ao deixar o assento central traseiro sem apoio de cabeça e com cinto de segurança abdominal. O cinto de três pontos foi desenvolvido na Suécia, em 1959, exatamente há 60 anos. É um deboche tanto descaso com a segurança. Espaço do Sandero é de carro médio. Leva três ocupantes no banco traseiro, um dos poucos a realizar a façanha, seja compacto ou médio. Há necessidade também de melhorar a estrutura do carro que obteve apenas uma estrela de cinco possíveis na proteção de adultos no teste de impacto do instituto Latin NCAP. E três estrelas na de criança.

Sandero GT Line 1.0
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Interior

Boa posição de dirigir com regulagem de altura do banco, mas a coluna de direção não é regulável em distância, somente em altura. Quadro de instrumentos legível deixa de fora o indicador de temperatura do motor substituído por luz espia. Sistema multimídia com tela de sete polegadas inclui navegação. Porta-luvas com iluminação. Engates do câmbio são precisos, mas secos. Relação de transmissão mais curta ajuda manter o motor sempre na faixa ideal de torque. A 120 km/h, o motor gira a 4.000 rpm em quinta marcha.

Sandero GT Line 1.0
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

Perfil baixo

Há maior transferência sobre piso áspero por causa dos pneus de perfil baixo (195/55) em lugar dos 185/65, que têm mais altura de borracha, das outras versões 1.0. Estabilidade muito boa com pouca inclinação da carroceria. Direção com assistência eletro-hidráulica é pesada em manobras. Volante tem boa pega e poucos comandos, facilitando a ergonomia. Boa visibilidade, exceto ¾ traseira apesar da coluna C larga. Retrovisores são grandes e câmera de ré tem imagem bem definida. Freios eficientes. Limpadores de parabrisa também. Faróis iluminam bem.

Basta parecer…

Como se trata de carro de baixo custo, a Renault economiza. Motor de projeto recente de três cilindros está conjugado com obsoleto tanquinho de partida a frio. A versão GT Line 1.0 tem preço sugerido de R$ 49.290. Garantia é de três anos ou 100 mil quilômetros. Ele pode não ser esportivo, mas traja os adereços necessários. Não precisa ser, é preciso parecer…

Veja também avaliação do Fiat Argo 1.0 Drive.

Ficha técnica Sandero GT Line 1.0

Motor
De três cilindros em linha, 1.0, 12 válvulas, flex, de 82 cv (etanol)/ 79 cv (gasolina) de potências máximas a 6.300 rpm e torques máximos de 10,5 kgfm (e) e 10,2 kgfm a 3.500rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio manual de cinco marchas

Sandero GT Line 1.0
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Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência eletro-hidráulica; diâmetro de giro, 10,6 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira

Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson; traseira, eixo de torção

Sandero GT Line 1.0
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Rodas/pneus
6,5×16” de aço/195/55R16

Peso (kg)
1.023

Carga útil (passageiros+ bagagem)
456 kg

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,06; largura, 1,73; altura, 1,53; distância entre-eixos, 2,59

Sandero GT Line 1.0
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Porta-malas
320 litros

Tanque
50 litros

Desempenho
Velocidade máxima, 163 km/h (e) / 160 km/h (g); aceleração até 100 km/h, 13,1 segundos (etanol) e 13 segundos (gasolina)

Consumo (km/l)
Urbano, 8,9 (e) e 12,9 (g); estrada, 9,1 (e) e 13,1 (g)

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