Versão aventureira com motor mais potente e câmbio automático também encara estrada de terra mal conservada no uso diário ou em escapada no fim de semana. Leia o teste

 Por Paulo Eduardo

A altura em relação ao solo de 18,5 cm e bons ângulos de ataque (20,4 graus) e de saída (33,2 graus) são suficientes para o Fiat Argo Trekking 1.8, com câmbio automático, transpor imperfeições na estrada de terra. A proposta é rodar sem danificar a parte inferior ao transpor valas e outras imperfeições. Pneus de uso misto completam o pacote.

A versão Trekking 1.3 tem câmbio manual de cinco marchas. O câmbio automático de seis marchas somente com motor 1.8. O preço do conforto de troca de marchas automática são 2,5 cm a menos de altura do solo por causa da caixa automática. Essa diferença não compromete a proposta da versão. Por outro lado, o ângulo de saída é maior em relação à versão1.3.

O visual da carroceria é caracterizado pelo teto na cor preta também presente no aerofólio, retrovisores, ponteira de escapamento e no logotipo escurecido, além de adesivo no capô. No interior, prevalece a cor escura no teto e na forração de colunas. Há boa montagem e encaixes dos componentes, com plástico duro de aparência convincente. Descuido são as pontas de parafuso aparentes na dobradiça central da porta que faz a união com a carroceria.

Quadro de instrumentos é completo

Quadro de instrumentos completo, incluindo temperatura do motor, e de fácil leitura. Entre o conta-giros e o velocímetro, está a tela digital (opcional) com informações do computador. Tela multimídia na parte central do painel. Sistema compatível com Android e Apple para navegação, que não é nativa. Porta-luvas com iluminação.

A maioria dos comandos do Fiat Argo Trekking 1.8 está ao alcance, exceto os dos vidros recuados na porta do motorista. Outros deslizes em ergonomia são a pega unilateral de fechamento da tampa do porta-malas; assentos curtos; forração dos bancos em material que não permite transpiração; coluna de direção somente com regulagem de altura, falta a de distância, e acesso ao banco traseiro requer abaixar por causa da caída do teto.

Em movimento, o rodar é áspero sobre piso irregular e a transferência das imperfeições é mais barulho do que desconforto no habitáculo. Pneus de uso misto são mais apropriados para terra. Câmbio automático convencional casa bem com o antigo motor 1.8 de bloco de ferro e cabeçote de alumínio. Usa corrente em vez de correia de distribuição, dispensando manutenção.

Se há falta de elasticidade nas retomadas, sobra torque (força) em aclives íngremes. Força é importante nas travessuras na terra. Aceleração não empolga tanto e percebe-se aspereza de funcionamento. Trocas são perceptíveis e ocorre redução com diminuição da velocidade. Trocam-se manualmente as marchas por meio de aletas (opcional) no volante ou por movimento na alavanca.

No asfalto

Comportamento dinâmico previsível no asfalto, mas sem abuso na curva onde a carroceria inclina muito. Sente-se a ausência do controle de estabilidade para atuar antes do limite de aderência e segurar a carroceria. Consumo de etanol registrado no computador de bordo ficou entre 4 e 5 km/l na cidade e de 10,1 km/l na estrada.

Direção bem calibrada em alta e em baixa, com ponto central bem definido, que é importante na estrada. Posição de dirigir elevada e regulagem em altura no banco do motorista. Boa visibilidade com retrovisores grandes e ótimo campo de visão. Câmera de ré (opcional) ajuda nas manobras. Porta-malas de boa capacidade (300 litros) tem iluminação.

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Freios eficientes sem abaixar a frente em simulação de emergência. Limpadores/lavadores dos vidros cumprem bem a função. Faróis halógenos têm facho baixo de bom alcance e os auxiliares completam a boa iluminação na estrada.

Opcionais

Versão testada é a completa com Kit Tech (R$ 3.600): acesso e partida sem chave, retrovisores rebatíveis eletricamente e luz de conforto, ar digital, sensores de chuva e crepuscular e retrovisor interno eletrocrômico.

O Kit Stile (R$ 2.990) inclui apoio de braço no banco do motorista, volante em couro, controle automático de velocidade, aletas no volante, forração em material sintético imitando couro nos bancos e o prático encosto bipartido do banco traseiro, que possibilita transportar carga e um ou dois ocupantes. Câmera de ré custa R$ 1.200.

Quanto custa?

O Fiat Argo Trekking 1.8 AT6 tem preço sugerido de R$ 69.990, atingindo R$ 77.840 com os opcionais. Pintura metálica custa R$ 1.800 e sólida, R$ 950. Garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica Fiat Argo Trekking 1.8

Motor
De quatro cilindros linha, flex, 1.747 cm³ de cilindrada, com potências de 139 cv (etanol) e 135 cv (gasolina) a 5.750 rpm e torques máximos de 19,27 kgfm (etanol) e 18,76 kgfm (gasolina) a 3.750 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático de seis marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10,8 metros

Freios
Disco sólido na dianteira e a tambor na traseira

Suspensão
Dianteira, McPherson, e barra estabilizadora; traseira, eixo de torção; altura mínima do solo, 18,5 centímetros; ângulos de ataque/saída (graus), 20,4/33,2

Rodas/pneus
6×15”, de liga leve/205/60R15

Peso
1.235 kg

Carga útil (passageiros+ bagagem)
400 kg

Porta-malas
300 litros

Tanque
48 litros

Dimensões (metro)
Comprimento, 3,998; largura, 1,724; altura, 1,568; distância entre-eixos, 2,521

Desempenho
Velocidades máximas, 179,7 km/h (etanol) e 178,3 km/h (gasolina); aceleração até 100 km/h, 10,4 segundos (e) e 11,1 (g)

Consumo (km/l)
Urbano, 6,6 (e) e 9,4 (g); estrada, 8,6 (e) e 11,9 (g)

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