O desempenho proporcionado pelo motor E.torQ fica evidente já nas primeiras aceleradas. É pena que o propulsor tenha chegado tarde: a nova geração do hatch estreará ainda em 2011
VELHO CONHECIDO Dirigir um Palio está longe de ser uma experiência nova: depois de 15 anos no mercado, as qualidades e defeitos do hatch são de conhecimento geral. A novidade fica mesmo por conta da performance proporcionada pelo motor E-torQ. Graças aos bons números de potência e torque, aliados ao peso de apenas 1.032 kg, o desempenho é muito bom. Abaixo de 2.000 rpm o motorista percebe alguma letargia, mas a partir daí, as acelerações e retomadas são rápidas. Além do mais, o propulsor é silencioso e suave mesmo em altas rotações.
Ocorre que, apesar do fôlego do motor E.torQ, o conjunto mecânico instiga a uma condução mais tranqüila. A suspensão não transmite confiança em velocidades elevadas, e está mais voltada para a absorção das irregularidades do piso. O modelo não chega a ser instável, mas a carroceria inclina bastante nas curvas e os pneus não demoram a perder aderência. O câmbio tem engates macios, enquanto o curso da alavanca é longo e o escalonamento das marchas poderia ser melhor. A direção está bem acertada, e concilia firmeza em alta velocidade com conforto em manobras.
NA PONTA DO LÁPIS O consumo foi fornecido pelo próprio computador de bordo, que é item de série na versão Essence. Os números revelaram disparidade. Com gasolina no tanque, a média na cidade ficou em 10,8 km/l. Quando foi abastecido com etanol, o veículo registrou 6,8 km/l. Tamanha diferença é difícil de explicar, e pode ser decisiva mesmo nos momentos em que o preço do combustível vegetal estiver mais vantajoso.
A unidade avaliada tinha bancos e painéis de portas revestidos em veludo, um item opcional incluído no chamado Kit Emotion, que melhora consideravelmente o aspecto do interior. No mais, o acabamento merece ressalvas, pois algumas peças, confeccionadas em plástico rígido, possuem rebarbas e não se encaixam perfeitamente. Airbags e freios ABS também são itens vendidos à parte, mas pelo menos os três apoios de cabeça no banco traseiro são de série.
FICHA TÉCNICA
MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, gasolina/etanol, 1.598 cm³ de cilindrada, 115cv (g)/117cv (e) de potência máxima a 5.500 rpm, 16,2 kgfm (g)/ 16,8 kgfm (e) de torque máximo a 4.500 rpm
TRANSMISSÃO
Tração dianteira, câmbio manual de cinco marchas
DIREÇÃO
Pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica
FREIOS
Discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, com ABS opcional
SUSPENSÃO
Dianteira, independente, McPherson, com braços oscilantes inferiores transversais; traseira, semi-independente, com eixo de torção e barra estabilizadora
RODAS E PNEUS
Rodas em liga-leve opcionais, 5,0 x 15 polegadas, pneus 185/60 R15
DIMENSÕES (metros)
Comprimento: 3,847; largura: 1,640; altura: 1,447; distância entre-eixos: 2,373
CAPACIDADES
Tanque de combustível: 48 litros; carga útil (passageiros e bagagem): 400 quilos; peso: 1.032 quilos
Fotos | Fiat/Divulgação
Quer equipar seu auto? Compare os preços antes no indiCAuto Auto Peças Online!