10 ERROS ESTRATÉGICOS DA VOLKSWAGEN NO BRASIL

O Gol é um sucesso inquestionável da Volks e da indústria, mas um dos vacilos mais famosos da VW diz respeito à primeira geração do hatch. O começo de vida do compacto, em 1980, foi tenso - especialmente pelo conjunto mecânico.

As versões a diesel da Kombi valem uma grana hoje, contudo seu projeto se mostrou um erro de engenharia. Lançado em 1981, o furgão usava o 1.5 refrigerado a água que equipava o Passat exportado para o Iraque.

A holding mais famosa que a indústria automotiva brasileira conheceu se revelou um erro estratégico para a Volkswagen e também para a sua parceira, a Ford. Tanto é que ambas perderam participação de mercado.

O Voyage saiu de linha em 1996 e no seu lugar acharam que o Polo Classic (espécie de Seat Cordoba com emblema VW) importado da Argentina cobriria a lacuna. O Voyage só voltaria em 2008, junto com a terceira geração do Gol.

Em 2004, começaram a pipocar relatos de donos do Fox que tiveram os dedos parcialmente decepados ao tentar ativar o sistema de rebatimento do banco traseiro do hatch. O problema estava na alça que fazia o rebatimento, posicionada no porta-malas.

A Kombi era o modelo mais barato capaz de carregar uma tonelada do pedaço e seu custo/benefício era imbatível. Porém, a Volks nunca preparou um sucessor para o famoso pão de forma - tempo, não faltou, já que o modelo só deixou de ser produzido em 2014.

Em 2014 a Volkswagen passou a produzir no Brasil o up!, que chegou com toda a pompa da plataforma MQB, motor três-cilindros econômico e construção que lhe rendeu boas estrelas no Latin NCAP. Tudo para dar certo, não fosse seu posicionamento no mercado.

A quarta geração do Golf fez bastante sucesso no Brasil. O problema foi que a marca alemã esticou tanto a vida desse modelo que deixou um hiato inusitado do carro, que ainda foi desfigurado no fim de vida.

Investigações dos Ministérios Públicos Federal, de São Paulo e do Trabalho apuraram que a VW colaborou com os órgãos de repressão durante a ditadura militar. As ações da marca resultaram em prisão, tortura e perseguição de diversos ex-funcionários.