Lançada em 2015, a atual geração do sedã japonês tem preços salgados para ser adquirida zero quilômetro. Toyota Corolla usado pode ser uma boa para quem procura um sedã médio
Corolla
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

Por Marcelo Iglesias

Vendido no Brasil desde a abertura das importações no início dos anos 1990, o Toyota Corolla se tornou o sedã do país por agregar o bom nome da marca japonesa e a confiabilidade de sua mecânica. Com mais de cinco mil unidades vendidas mensalmente, o japonês domina o segmento de médios há mais de 10 anos, sem dar chances para rivais com Honda Civic, Ford Focus, Nissan Sentra ou Chevrolet Cruze. Mas e no mercado de usados? O Corolla goza da mesma aceitação?

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Grande procura

A resposta é sim. O Corolla é um carro que tem grande procura no mercado de usados. O sedã prima pela excelente montagem e boa qualidade de acabamento que garantem conforto e baixo nível de ruído mesmo com bons anos de estrada. Além disso, o japonês oferece bom acerto de suspensão e conjunto mecânico robusto, seja com motor 1.8 ou 2.0, assim como com caixa manual, automática de quatro marchas ou CVT.

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Mas a boa fama cobra seu preço. O Corolla é um automóvel caro. Novo ele parte de R$ 91 mil, na versão de entrada com motor 1.8 e CVT, e pode chegar a vultosos R$ 119 mil, na versão topo de linha Altis, com motor 2.0, também com transmissão CVT.

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Corolla usado

No mercado de usados o sedã também é bem avaliado. No entanto, é possível encontrar um Corolla pelo preço de um sedã compacto novo, na casa dos R$ 60 mil. De acordo com a Fundação Institutos de Pesquisas Econômicas (Fipe), a versão GLi 1.8 (2015), com caixa CVT, é avaliada em 63,2 mil.

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Mais acessível

A versão é uma das opções mais acessíveis dentro da atual geração, que estreou em 2015, e tem preços que se compararam a compactos novos como Fiat Cronos Precision 1.8, manual (R$ 63 mil), Volkswagen Virtus MSI 1.6, manual (R$ 60 mil), e até mesmo o irmão Yaris Sedan, que parte de R$ 64 mil, com motor 1.5 de 110 cv e caixa manual de cinco marchas.

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Motor e câmbio

O seu motor 1.8 de 144 cv e 18,4 mkgf de torque é velho conhecido do consumidor, mas o grande destaque da versão é a caixa do tipo CVT Multi-Drive, que aposentou a antiga caixa automática de quatro marchas. A caixa, que tem variação contínua e emula sete velocidades, contribuiu para melhorar os índices de consumo do sedã.

Conteúdos

A versão GLi, mesmo sendo a versão mais simples do sedá, conta com um pacto de conteúdos que faz frente a modelos modernos de categorias inferiores. Entre os equipamentos estão:

  • Direção elétrica,
  • Ar-condicionado,
  • Computador de bordo,
  • Coluna da direção com regulagem de altura e profundidade,
  • Rádio com entrada USB e conexão Bluetooth,
  • Faróis de neblina,
  • Retrovisores elétricos,
  • Volante multifuncional,
  • Isofix para fixação de cadeiras infantis,
  • Cinco airbags (frontais, laterais e uma para o joelho do motorista).

Precauções

Especialistas em automóveis usados são categóricos na recomendação de que comprar um Corolla usado exige paciência e atenção. Isso porque o modelo é muito requisitado para transportes executivos e num curto período podem rodar quilometragens muito mais elevadas que um automóvel para uso familiar.

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Rebobinado

Segundo os especialistas em usados, muitos desses carros têm a quilometragem adulterada. Além disso por ser estruturalmente robusto e ter boa montagem, sinais como excesso de rangidos e peças com encaixes frouxos demoram a aparecer.

Mesmo assim desgastes da tapeçaria, pedais, volante e forro dos bancos podem induzir que o carro rodou além da quilometragem. Verifique também as soleiras e o revestimento dos assentos traseiros, uma vez que automóveis de transporte executivo têm um grande fluxo de passageiros que se acomodam nos bancos de trás e podem acentuar o desgaste.

Casca grossa

Quem atesta a longevidade do Corolla e ausências de sinais da idade é a motorista do Uber, que pediu para ser identificada como Vera. Ela trabalha tanto no Táxi, como o aplicativo de viagens, e roda com um Corolla ano 2012 para fazer as corridas pelo Uber, em Belo Horizonte.

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“Eu rodei muito tempo com esse Corolla como táxi especial. Mas quando precisei trocar por um novo, resolvi rodar com ele no Uber. Tive que abrir o motor recentemente, já perto dos 600 mil quilômetros rodados. Apesar de o acabamento estar desgastado, ele não dá sinais de que já rodou tanto e não pretendo parar de rodar com ele tão cedo”, garante.

De olho no manual

O Corolla é um automóvel exemplar, mas como qualquer outro, é preciso ficar atento à procedência e ao histórico da unidade pretendida. Manual do proprietário é um bom indicativo para saber se o modelo passou pelas manutenções programadas ou não. E não deixe pedir para seu corretor de seguros verificar se o carro se envolveu acidentes.