Quem apostou no fim do Bravo juntamente com o Linea errou feio. Aliás, assim como no sedã, as mudanças no hatch médio serão pontuais e restritas aos novos para-choques dianteiro e traseiro. Por dentro, o painel não terá mudanças drásticas. Não sobrou dinheiro para um novo painel.
No fim das contas, o conceito Extrem, apresentado no Salão de São Paulo de 2012, não teve muitos elementos aproveitados nesta reestilização.
Na dianteira, apenas o para-choque é novo. A peça ganhou nova grade e entrada de ar. A grade contará com uma barra prateada horizontal com logo da Fiat e sua parte interior será do tipo colmeia. Já a entrada de ar inferior terá um formato parecido com a do Linea 2015, porém, em vez de filetes, também apelará para uma grade em formato de colmeia e os contornos receberão uma barra cromada que passa pela extremidade inferior e segue por cima dos faróis auxiliares, que manterão praticamente o mesmo formato.
Os consumidores mais desatentos nem perceberão as mudanças na traseira do Bravo 2015. As lanternas traseiras ficam com o mesmo formato e a única alteração estará nos elementos internos. Já o para-choque é novo, mas, nem tanto. A peça terá refletores (olho de gato) nas extremidades inferiores. De resto, o abrigo da placa de identificação é praticamente o mesmo e nem o desenho das luzes de ré muda. Por fim, para dar aspecto de uma peça “nova”, o para-choque ainda ganhou três tomadas de ar falsas – e desnecessárias – na cor preta, sendo dois nas extremidades e um no centro logo abaixo da placa.
Internamente, não haverá grandes novidades. O modelo deverá ganhar apenas mais algumas firulas tecnológicas como os retrovisores que terão a função Tilt Down — ao engatar a marcha ré o espelho retrovisor do lado do passageiro inclina para baixo, melhorando assim a visualização nas manobras de estacionamento, como nos Volkswagen. O modelo também deverá ganhar novo abrigo para receber como opcional uma central multimídia da Mopar.
Já na motorização, nenhuma mudança. O hatch continuará com os motores 1.8 E.torQ e o 1.4 T-Jet. Também não há mudanças nas transmissões, permanecendo os atuais Dualogic e os manuais de cinco e seis velocidades. Mas a engenharia da Fiat está trabalhando em mais uma atualização do câmbio Dualogic, que não vai ficar pronta a tempo. É chover no molhado. Será que é muito difícil entender que neste segmento um câmbio automático de verdade é extremamente necessário?
Projeções | João Kleber Amaral/Especial para o Autos Segredos