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Nostalgia: Toyota Corolla, o japonês quarentão

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Os brasileiros conheceram o Toyota Corolla nos anos de 1990, após a abertura do mercado para automóveis importados. O que muita gente não sabe é que, naquela época, ele já era fabricado há quase 30 anos e estava na sétima geração. A primeira linhagem começou a sair das linhas de montagem em 1966. Neste mês, o experiente modelo japonês está completando exatos 45 anos de existência.

Ao longo de sua existência, o Corolla passou por mudanças profundas e está na décima geração. Entre um modelo e outro, não há muitas semelhanças além do nome, pois cada transformação foi fruto de um novo projeto. Nada menos que 35 milhões de unidades foram comercializadas desde o lançamento. Atualmente, o veículo é vendido em cerca de 150 países.

Um dos mercados mais importantes para o Corolla é o norte-americano. Por lá, o sedã começou ser vendido em 1968, mas o sucesso, mesmo, veio nas décadas de 1970 e 1980, como alternativa aos enormes e beberrões veículos locais, que sofriam sérias restrições devido à crise do petróleo. No Brasil, as vendas decolaram a partir da nona geração, que atingiu a liderança do segmento, posto que é mantido pelo modelo atual.

Uma curiosidade é a origem do nome: Corolla vem do latim e significa “coroa de flores”. Ao longo da trajetória, o modelo teve uma série de derivados, com carrocerias perua, cupê, hatch, etc. No Brasil, o modelo foi comercializado apenas nas configurações hatch e perua.

Abaixo, está relacionada toda a evolução do modelo, desde o lançamento até hoje. É interessante notar como o Corolla, aos poucos, foi crescendo (literalmente) e se tornando mais sofisticado. Essa tendência é comum em automóveis que permanecem em produção por muito tempo, pois cada geração tem que superar o antecessor em vários aspectos, como espaço interno, conforto, segurança, etc…

1ª Geração: 1966 a 1970 O Corolla nasceu para ser um carro acessível e econômico, de acordo com as necessidades do mercado japonês, que ainda se recuperava dos efeitos da Segunda Guerra Mundial. A carroceria tinha comprimento de apenas 3,85 metros, sendo 2,28 de distância entre-eixos. O motor, posicionado longitudinalmente, era um 1.1 a gasolina, capaz de render 60 cv. A tração era traseira. Três anos após o lançamento, o modelo atingia a liderança em vendas no país de origem.

2ª Geração: 1970 a1974 A primeira reformulação completa do carro-chefe da Toyota já resultou em aumento das dimensões externas: o comprimento chegava a 3,95 metros, enquanto o entre-eixos batia em 2,33. A cilindrada do propulsor cresceu para 1.2 litro, resultando em potência de 68 cv. Na época, a infra-estrutura rodoviária japonesa ganhava fortes investimentos e era inaugurada a estrada que liga Tóquio ao sul do país, com aproximadamente 500 km de extensão. O Corolla percorria o trajeto sem reabastecer, o que logo se tornou apelo de marketing. A segunda geração já alcançava vendas expressivas fora da Ásia.

3ª Geração: 1974 a 1979 Crescendo cada vez mais, o Corolla chegava aos 2,37 metros de distância entre-eixos e atingia a casa dos 4 metros de comprimento. O motor 1,2 continuava sendo oferecido, mas havia outras opções. O mais potente era um 1.6 de 83 cv. A terceira geração atingiu a marca de 300 mil unidades exportadas ao ano e se consolidou na vice-liderança das vendas mundiais.

4ª Geração: 1979 a 1983 O best-seller da Toyota agora tinha 4,05 metros de comprimento e 2,40 de entre-eixos. O motor de entrada passava a ser um 1.3 de 69 cv, enquanto o 1.6 chegava aos 108 cv. Na América do Norte, era oferecido um 1.8 com mais torque em baixa rotação, mas com potência máxima de apenas 75 cv. Para manter a fama de confiabilidade, o fabricante promoveu testes em vários locais do mundo antes do lançamento. Unidades foram testadas nas Autobahnen alemãs, em estradas belgas, nas tórridas temperaturas dos desertos norte-americanos e no clima gélido do Canadá.

5ª Geração: 1983 a 1987 A Toyota promovia duas mudanças radicais no Corolla, em termos de concepção de projeto: o propulsor era posicionado transversalmente, embora as cilindradas permanecessem as mesmas, enquanto a tração migrava para a dianteira. O comprimento crescia muito pouco e o entre-eixos atingia 2,43 metros.  A crescente preocupação com a segurança na Europa e nos estados unidos fez com que a marca japonesa fizesse crash-tests com 100 unidades do modelo.

6ª Geração: 1987 a 1991 Contrariando a tendência de crescimento, o Corolla mantinha o entre-eixos de 2,43 metros e recebia acréscimo mínimo no comprimento. Apenas a largura aumentava um pouco mais. A Toyota havia tomado cuidado com nível de ruídos internos: os computadores, que ainda engatinhavam na época, foram usados para tornar o veículo mais silencioso e menos sujeito às vibrações do motor.

7ª Geração: 1991 a 1995 O primeiro Corolla a ser comercializado no Brasil chegou como importado, em 1994, quando os automóveis estrangeiros começaram a fazer parte do mercado nacional. O entre-eixos agora era de 2,465 metros, com comprimento de 4,36. O carro era equipado com recursos ainda pouco conhecidos por aqui, como airbags e cabeçote 16V.

8ª Geração: 1995 a 2001 O antecessor foi o primeiro a ser vendido no Brasil, mas este foi o primeiro a nacionalizar-se, inaugurando as linhas de montagem de Indaiatuba, SP, em 1998. Antes de começar a ser produzido por aqui, porém, o modelo chegou como importado, com um conjunto frontal diferente, formado por grade e faróis arredondados, além de motor 1.6. O entre-eixos continuava com 2,465 metros, mas o comprimento chegava a 4,39.

Quando ganhou cidadania paulista, o sedã recebeu uma dianteira mais conservadora, com elementos trapezoidais, além de motor 1.8 de 116 cv. Ecologicamente correto, utilizava plásticos e outros materiais recicláveis e emitia poucos poluentes para os padrões da época.

9ª Geração: 2001 a 2007 O modelo que apresentou maior crescimento, tanto no entre eixos, com 2,6 metros, quanto no comprimento, com 4,53, chegou ao continente americano (inclusive nos países do norte) somente em 2002. No Japão e em mercados da Europa, o aspecto frontal do Corolla era diferente, com faróis e grade de linhas mais simples.

O modelo nacional era idêntico ao das versões vendidas nos demais mercados da Ásia e na Oceania. O motor 1.8 16V chegava a 136 cv e havia também opção por um 1.6 16V de 110 cv. Pela única vez até agora, a carroceria sedã não foi a única a sair das linhas de produção de Indaiatuba: a filial brasileira produzia também aversão station wagon, que ganhou o nome de Fielder.

O três volumes conquistou a liderança em sua categoria, assim como a irmã, que superou por larga margem as concorrentes do pequeno segmento das peruas médias. No fim do ciclo de vida, a linha nacional recebeu sistema flex, o primeiro desenvolvido pela Toyota em todo o mundo.

10ª Geração:  A partir de 2007 Lançado no Brasil em 2008, o Corolla continuava com entre-eixos de 2,6 metros e o comprimento chegava a 4,54. A renovação mais bem-vinda era vista no interior, com acabamento aprimorado e novos equipamentos. A má notícia era a retirada da perua Fielder do mercado. O motor 1.8 16V de 136 cv permanecia como única opção na linha, mas em 2010 chegaria um 2.0 de 142/153 cv. Em 2011, o modelo nacional ganha um discreto face-lift, que afilou os faróis e deu elementos cromados às lanternas. Atualmente, o veículo de origem japonesa é o sedã médio mais vendido do país.

Este modelo se envolveu em um polêmico megarecall mundial, que abrangeu mais de um milhão de unidades, para corrigir um defeito de aceleração espontânea. Até a Nasa foi chamada para detectar as causas do problema, mas após uma longa investigação, a agência norte-americana declarou não ter encontrado falhas eletrônicas no veículo.

Fotos | Toyota/Divulgação

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