Fim da entressafra da cana e medidas governamentais não derrubam preço do etanol

Não faltam motivos para que os valores cobrados pelos combustíveis diminuam, mas os motoristas ainda não sentiram qualquer efeito prático. Com o fim da entressafra, as usinas reduziram os preços em até 40%, mas o repasse para o consumidor foi de apenas 4%. Os dados são provenientes de uma pesquisa feita pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica).

GOVERNO Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, também anunciou uma medida para reduzir os preços cobrados nas bombas. A BR Distribuidora, que fornece os combustíveis Petrobras aos postos, passará a comercializar a gasolina por valores 6% mais em conta. Para o etanol, a queda será de 13%. O término da entressafra da cana-de-açúcar foi apontado como principal responsável pela diminuição.

As medidas governamentais para derrubar os preços têm viés econômico. Vale lembrar que os sucessivos aumentos dos combustíveis contribuíram para o crescimento da inflação, que ficou em 0,77% em abril, segundo o IBGE. No dia 28 daquele mês, a presidente Dilma Roussef assinou a medida provisória 532, que determinou que quantidade de etanol misturada à gasolina brasileira deverá variar entre para 18% e 25%. Anteriormente, o índice ficava entre 20% e 25%.

ANP O documento também alterou a classificação do etanol, que foi elevado à condição de combustível, abandonando a antiga classificação de produto agrícola. A alteração permite que a ANP (Agência Nacional do Petróleo) controle a comercialização, bem como a importação, a exportação e os estoques do derivado da cana-de-açúcar.

Foto | Alexandre Carneiro Soares/Autos Segredos

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