Em entrevista coletiva, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, afirma que está na pauta da entidade pedir adiamento da nova lei de emissões e de outros marcos regulatórios

Em entrevista coletiva, Luiz Carlos Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), afirma que a entidade estuda pedir o adiamento do Programa de Controle da Poluição do Ar (emissões) por Veículos Automotores – PROCONVE P8 (Resolução n° 490 do Ministério do Meio Ambiente) e de outros marcos regulatórios como os que envolvem a segurança. O executivo falou de forma genérica de novas normas que entrarão em vigor a partir de 2022. Mas já é de conhecimento público que as regulamentações que envolvem a segurança são Resolução 567/2015 do Contran que exige obrigatoriedade de controle de estabilidade e tração.

“Não somos contra o regulatório das metas e limites, de itens de segurança, eficiência e emissões. Somos a favor do veículo mais seguro e limpo. Mas a questão é: somos capazes de fazer isso agora? Temos receita para fazer isso?” afirma Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.

Chamados de marcos regulatórios, o pedido de adiamento se deve em função da grave crise pelo qual o setor automotivo está passando em função da pandemia Covid-19. Estima-se que a retração nas vendas de todos os segmentos somados seja de 40%.

Além da falta de caixa dos fabricantes, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, diz que a pergunta que terá que ser feita é se os consumidores também terão poder aquisitivo para pagar pelos novos equipamentos e por carros menos poluentes.

O executivo deixa claro que a entidade e os fabricantes não são contra os marcos regulatórios, mas que o momento atual exige que se estude alternativas para a sobrevivência da indústria automotiva brasileira.

Queda de 40%        

Estudos realizados pela Anfavea, apontam que o setor automotivo terá um tombo de 40% ao fim de 2020. A meta agora é tentar diminuir o rombo causado pela pandemia de coronavírus.

Moraes também diz que o setor de pesados sentirá menos efeito da crise em função do bom momento do agronegócio, mas ressalta os produtos destinados ao transporte público sofrerão maior queda.

Volta do popular

Um dos caminhos que podem ser seguidos pelos fabricantes automotivos é a volta do carro popular. Mais pelados e com preços mais atrativos, os carrinhos “pé-de-boi” podem dar o ar de sua graça no mundo pós-pandemia.

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