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Deu no Blog do Boris: Hyundai Caoa: Pôneis nascem no navio?

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Oi amigos, reproduzo abaixo matéria publicada no Blog do Boris com a autorização do blogueiro e dos autores.

Representante coreana continua mentindo em publicidade e mais uma vez o Ministério Público de Minas Gerais abre investigação preliminar para averiguar conduta da empresa

Por Julio Cabral, Marcello de Oliveira e Paula Carolina

Dúvida séria paira no ar. A Hyundai Caoa do Brasil divulga em seu site e apregoa em publicidades pelo Brasil que o modelo Veloster, com motor 1.6 16V GDi desenvolve 140cv de potência. Depois do Veloster, acaba de chegar às concessionárias o Elantra, que, segundo a importadora, tem motor 1.8 de 160cv. No entanto, comparando-se as fichas técnicas dos modelos comercializados no Brasil com as dos vendidos em outros países da América Latina e as dos existentes nos mercados da Europa fica uma diferença de 10cv, para menos, nos dois modelos. Nem os vendedores sabem ao certo o correto, cada um passa uma informação diferente. A suspeita é motivo de mais uma investigação preliminar do Ministério Público de Minas Gerais envolvendo a Hyundai Caoa do Brasil.

O Veloster lançado no Salão de Detroit em janeiro estreou com motor 1.6 16V GDI (Gasoline Direct Injection), de 140cv. O estilo arrojado foi amplamente propagandeado em peças que adiantavam também detalhes técnicos, incluindo a potência de 140cv. Mas, como se tornou costume entre os carros sul-coreanos vendidos por aqui, o motor chegou na versão com injeção multiponto, com potência menor, de 128hp (o equivalente a 130cv), como apontam as fichas técnicas do Veloster vendido na Colômbia e Chile. Dentro do rendimento gerado pelo mesmo motor em outros modelos do grupo Hyundai-Kia, como ocorre nos Kia Cerato e Soul, ainda que o segundo seja flex. No caso do Elantra, o motor é o mesmo usado em mercados maduros, o 1.8 16V de 150cv. Só que a cavalaria é anunciada como 160cv, o que já indignou consumidores que mal acabaram de adquirir o recém-lançado sedã médio.

REVOLTA A necessidade de mais espaço fez o advogado Danilo Alves Muniz, de 26 anos, vender seu Audi A3 2002 e encomendar um Hyundai Elantra na concessionária Caoa, na região da Pampulha, em Belo Horizonte no dia 16 de setembro. Na ocasião, a revendedora informou que o motor do carro seria um 1.8 16V com 148cv de potência. O advogado relacionou os itens que, segundo o vendedor da Caoa, constam no modelo como originais de fábrica e elaborou um documento, que foi assinado pelas duas partes, garantindo a entrega naquela condição. Ao pegar a nota fiscal, Danilo teve uma surpresa, inicialmente agradável. No documento estava marcado que a potência do motor é de 158cv. Ao acessar o site da montadora, outra surpresa: dessa vez a Hyundai informava que o modelo importado para o Brasil tem motor de 160cv. “Isso merece uma apuração para investigar o motivo de tantas diferenças nas informações”, diz. Porém, o que deixou Danilo mais chateado foi o fato de o seu carro ter chegado ao concessionário e ter sido exposto no show-room por alguns dias sem que ele fosse comunicado.

A estratégia de documentar as informações no ato da compra também foi adotada pelo advogado Denis Nicolini, de 25 anos, que comprou um Veloster na concessionária Caoa de São Paulo. Ele garantiu o negócio com 10% (cerca de R$ 7,5 mil) de sinal depois de ouvir da vendedora que o lançamento da Hyundai viria com oito airbags, bancos dianteiros elétricos, DVD e GPS integrados ao painel, além de motor de 145cv com injeção direta. Mesmo com o documento assinado pela Caoa garantindo tais itens, o veículo foi disponibilizado sem eles. Além disso, até a nota fiscal foi rasurada, com a troca da potência de 145cv para 140cv. “O que me deixou mais indignado é que troquei meu i30 por um carro que esperava ser mais potente, mas que na verdade é mais fraco que o antigo”, explica. Ao tentar desfazer o negócio, o advogado foi informado de que o valor do sinal ficaria com a Caoa. Atualmente, está em negociação para compensar os danos, mas mantém a ideia de levar o caso para a esfera judicial.

SANTO ETANOL A Hyundai-Caoa limitou-se a assumir em nota oficial que o Veloster é de fato vendido com motor 1.6 DOHC sem injeção direta e transmissão Shiftronic automática de seis marchas. Mas, em relação aos dados de potência, afirma que os números são “referentes aos testes realizados e certificados no Brasil na qual o veículo é abastecido com gasolina nacional que contém um percentual de etanol, podendo haver oscilação no número quando comparado aos testes feito fora do País”. Segundo engenheiros consultados pelo Vrum, o ganho de potência é de 2 a 3% nestas situações, ou seja, pouco mais de 4cv. Como cavalos não se criam em navio, fica a dúvida se seria diferente com os Hyundais importados.

TAC DESCUMPRIDO Depois de denúncia do caderno Vrum, no início deste ano, acerca de preços de revisão e mão de obra gratuita divulgados e não cumpridos pelas concessionárias Hyundai, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público de Minas Gerais abriu investigação, que culminou em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o grupo Caoa, representante da Hyundai no Brasil. Meses depois, no entanto, ao contrário do que previa o TAC, a empresa voltou a fazer publicidade excluindo da gratuidade de revisão aos 20 mil quilômetros clientes que haviam comprado o carro até 1º de novembro de 2010 e, portanto, realizado serviço aos 2,5 mil quilômetros. Novamente depois de denúncia do caderno Vrum, o Ministério Público convocou nova audiência, realizada no último dia 29 em que foi constatado algo errado nas publicidades. Por esse motivo, haverá novas audiências na tentativa de se chegar a um acordo. De acordo com o próprio TAC, em caso de descumprimento, deveria haver multa de R$ 15 mil, por dia, além de juros de mora de 1% ao mês e correção monetária.

A Hyundai Caoa informou que cumpriu todas as condições do TAC e assegurou que continua oferecendo a gratuidade da mão-de-obra para as revisões de 20 mil quilômetros. Segundo a assessoria de imprensa, a frase sobre as condições da gratuidade para as revisões de 10 e 20 mil quilômetros, com validade a partir de 1º de novembro de 2010, foi incluída como marco da extinção da revisão dos 2,5 mil quilômetros, mas, como gerou dupla interpretação, em reunião com o Ministério Público, a empresa se dispôs a firmar um aditamento ao TAC para esclarecer a inclusão da expressão.

Fonte | Blog do Boris

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