Colocar um carro no mercado não é tarefa fácil. Muitas vezes, as marcas chegam bem perto de lançar um veículo, mas acabam desistindo por questões relacionadas a custos, preferências do consumidor, etc. A seguir, listei 10 modelos que quase foram lançados por aqui, mas acabaram batendo na trave. Alguns são versões de automóveis já existentes e outros são completamente inéditos no país. É claro que os exemplares relacionados não foram os únicos a passar por tal situação. Afinal, a indústria automobilística não costuma fazer investimentos na produção de novos produtos sem que haja bom potencial de vendas. Mas procurei citar alguns casos relevantes, de diversos fabricantes e em épocas distintas. Veja abaixo:
Chevrolet Monza Caravan A perua Monza existiu na Europa, Oceania e América do Norte, mas não veio ao Brasil (na foto, a versão australiana, Holden Camira SW). O modelo passou bem perto de ser lançado: chegou a ser mostrado ao público em clínicas de pesquisa de mercado. Porém, a Chevrolet acabou optando por lançar uma station um pouco menor, a Ipanema, derivada do Kadett, e também uma um pouco maior, a Suprema, irmã do Omega. Ambas tiveram vendas tímidas. Uma transformadora local, a Envemo, chegou a desenvolver um projeto próprio, com design distinto. Considerando o sucesso comercial que o Monza conquistou, é difícil deixar de supor que a Caravan teria obtido boa aceitação entre os consumidores.
Chevrolet Vectra 2.5 V6 Quando o Vectra de segunda geração foi lançado, em 1996, corriam muitas notícias sobre a chegada de um potente motor V6 2.5 24V, capaz de render 175 cv. O bloco seria importado da Europa e instalado sob o capô do modelo nacional. Contudo, a versão mais musculosa, comercializada pela Opel (foto), nunca veio. Nem mesmo a retirada do Omega do mercado, em 1998, que encerrou a produção dos seis cilindros por aqui, fez a GM disponibilizar o propulsor maior.
Fiat Bravo Não confunda com o modelo atual, produzido no país desde o ano passado. O Bravo em pauta aqui é a versão de três portas de outro automóvel, que o brasileiro conhece bem: o Brava. Os dois eram derivados, mas as linhas das traseiras tinham personalidades distintas. De todos os veículos listados aqui, este é provavelmente o que passou mais perto de ser lançado. A Fiat chegou a importar um lote da Itália e algumas unidades foram até avaliadas por revistas especializadas, mas uma súbita desvalorização do real em relação ao dólar inviabilizou as operações e os automóveis foram enviados de volta ao país de origem. Apenas o Brava foi nacionalizado.
Fiat 500 O compacto teve várias gerações na Itália, sendo que a atual, que remete ao modelo lançado na década de 1950, é comercializada no Brasil. Porém, na década de 1990, a Fiat cogitou fabricar em Minas Gerais a versão que então estava disponível na Europa, com linhas mais quadradas. Uma unidade foi especialmente importada, mas não chegou a ganhar cidadania brasileira.
Ford Corcel II quatro portas A primeira geração teve versão quatro portas. A segunda, não (veja a história de ambas, aqui e aqui). A Ford cogitou lançar e chegou até a montar um protótipo que acabou tendo apenas três portas, pois manteve uma das laterais do cupê. Consta que a perua Belina também ganharia as portas adicionais. O projeto foi engavetado em prol do Del Rey, que compartilhava quase todos os componentes com o Corcel e oferecia as duas opções de carroceria.
Ford Sierra A Ford enfrentava as versões europeias do Monza e do Santana com o Sierra, um veículo que fez sucesso junto à crítica e ao público no velho continente. O modelo foi cogitado para substituir a linha Del Rey, nos anos de 1980, mas a filial brasileira acabou assinando um acordo com a Volkswagen, que resultou na Autolatina e fez com que as duas empresas desenvolvessem veículos em conjunto por aqui. A marca do símbolo oval lançou o Versailles, sósia do Santana, e o Verona, uma versão três volumes do Escort. Os dois foram extintos com o fim da Autolatina.
VW SP3 O SP2 e o irmão SP1 (foto) são alguns dos carros nacionais mais curiosos já fabricados (veja a história aqui). As linhas eram puro arrojo, mas o motor traseiro refrigerado a ar não fazia jus à proposta esportiva da carroceria. O fabricante cogitou fazer uma versão com o propulsor refrigerado a água do Passat TS, posicionado na dianteira. Porém, para fabricá-lo, seria necessário implementar numerosas e profundas mudanças no projeto original, o que fez com que a ideia não fosse levada para frente. Um protótipo chegou a ser montado, por conta própria, pela empresa Dacon.
VW Gol G5 GTI Quando a atual geração ainda era novidade, muito se falava sobre a volta da versão GTI, que fez fama há cerca de duas décadas. O esportivo utilizaria motor 1.4 turbo, que é oferecido na Europa, e geraria cerca de 150 cv. A ideia era resgatar o apelo performático que o hatch teve outrora e ainda concorrer com a linha T-Jet, da Fiat. Os fãs do extinto hot hatch até hoje esperam por seu retorno e as versões mais potentes continuam sendo equipadas com o motor 1.6 de 104 cv (foto).
Renault Logan MCV Design não é o forte do Logan MCV, mas não duvide de sua praticidade: o modelo é ainda mais espaçoso que os irmãos Logan e Sandero, oferecendo acomodações para sete ocupantes. O bom aproveitamento do interior deve-se, em grande parte, à generosa distância entre-eixos de 2,9 m, enquanto o comprimento fica em contidos 4,45 m. Informações extra-oficiais dão conta que o misto de perua e minivan entrou na fila da imigração, mas acabou tendo o visto de entrada negado. Posteriormente, uma unidade que havia sido trazida para o país teria servido de mula para o Duster.
Toyota Auris Representante da Toyota no segmento de hatches médios em outros países, o Auris compartilha plataforma com o Corolla, mas tem carroceria própria. Há alguns anos, a marca chegou a informar a uma revista especializada que teria realizado estudos de mercado para nacionalizar o veículo. Contudo, a expectativa de vendas não justificaria o investimento.
Fotos | GM, Fiat, Ford, VW, Toyota e Dacia/Divulgação e Marlos Ney Vidal/Autos Segredos
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