Marlos Ney Vidal (*)
De Mendoza, Argentina
Dez anos depois, 100% renovada, com motor 200 cm3 menor, câmbio automático com duas velocidades a mais e em média R$ 10 mil mais cara, a oitava geração da Toyota Hilux chega ao mercado brasileiro com a missão de manter a picape na briga pela liderança de mercado. A responsabilidade é grande, pois a antiga geração ocupou, até outubro, a segunda colocação no mercado nacional, e a diferença para líder Chevrolet S10 é de apenas 692 unidades: ela já tem 28.010 unidades comercializadas neste ano. As vendas da nova geração começam em todo o Brasil no dia 18 deste mês.
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Segundo a Toyota, dois pilares nortearam o desenvolvimento da nova Hilux: “Uma nova Era para Picapes” e “Mais Hilux do que Nunca”. O primeiro se refere a conforto interno, aspectos emocionais e aumento de nível de equipamentos. O segundo está ligado à história de força da Hilux e sua referência como veículo comercial. De acordo com a marca, as melhorias realizadas na estrutura do modelo ampliaram o uso prolongado sem quebras, em qualquer tipo de estrada, mesmo que sua capacidade de carga seja explorada no limite.
Para deixar a picape mais forte, a engenharia da Toyota enrijeceu em 20% o chassi da picape. Isso contribui para melhorar estabilidade, segurança e conforto. Algumas partes do chassi tiveram 3 mm de aumento em sua espessura. Os pontos de solda também aumentaram em 44%.
“Todo o nosso conceito de desenvolvimento foi centrado na ‘redefinição de força’. O objetivo era fazer uma nova Hilux ‘ainda mais forte’, com base em uma interpretação muito mais ampla da palavra”, diz Hiroki Nakajima, engenheiro-chefe responsável pela nova Hilux.
Apesar das linhas remeterem às da antecessora, a reforma no visual também foi total. Na dianteira, se destacam o grande para-choque e o capô, que agora está liso e perdeu a entrada de ar do intercooler. Já a grade está mais estreita e passa a sensação de se fundir aos faróis, formando uma só peça.
A nova Hilux cresceu 7 cm em relação ao modelo anterior, ficando com 5,33 m de comprimento. A largura também cresceu 2 cm, ficando com 1,85 m. Já a altura ficou 4,5 cm mais baixa com 1,81 m. O entre-eixos é o mesmo de 3,08 m da geração anterior.
No curto contato que tivemos com o modelo, notamos que o banco traseiro está mais confortável, já que o encosto não está tão vertical como a da geração anterior, mas vale ressaltar que ainda não é o ideal. O assento também melhorou, mas ainda não apoia as pernas totalmente. Já os passageiros das extremidades sentirão um pouco de desconforto por conta do teto mais baixo. Outro complicador: os bancos da frente forem recuados totalmente para trás por conta da maior estatura dos ocupantes, e os passageiros de trás perderam em conforto, já que o entre-eixos foi mantido.
O acesso ao banco traseiro é facilitado pelas alças instaladas na coluna central. No quesito segurança, há cinto de três pontos e apoios de cabeça para os três ocupantes.
A mesma sensação passada pelo Toyota Corolla, de que o exterior é mais ousado que as linhas internas, ocorre na Hilux. Não há dúvidas de que, comparado ao da anterior, o painel está bem mais moderno. O aspecto “vintage” fica por conta do famoso reloginho digital, presente em outros modelos da marca. Já a central multimídia parece um tablet e é bem intuitiva, com tela sensível ao toque. O volante com os comandos mais bem localizadas facilita a vida do condutor. Pelos preços praticados, o painel poderia contar com materiais emborrachados em vez dos rígidos. Na condução, a faixa cromada que se estende da central até as saídas de ar direitas reflete o sol, incomodando os ocupantes dianteiros.
Em termos de potência e torque, a Hilux perde para as principais concorrentes. Entretanto, de acordo com a engenharia da Toyota, o foco foi entregar força em regimes de rotação mais baixos e ainda deixar a picape mais econômica. De acordo com dados do programa de etiquetagem veicular do Inmetro, a picape com câmbio manual tem consumo de 9,3 km/l na cidade e de 11,5 km/l na estrada. Já com câmbio automático, o programa de etiquetagem veicular aponta consumo de 9,03 km/l na cidade e de 10,52 km/l em estrada.
Comparado ao motor anterior, o propulsor 2.8 está mais 6c v mais potente, ficando com 177 cv a 3.400 rpm. Com o novo câmbio manual de seis velocidades, o torque teve ganho de 22%. Os 42,8 kgfm estão disponíveis entre 1.400 e 2.600 rpm. Já com câmbio automático, o aumento foi de 31%. Com a nova transmissão de seis velocidades o torque de 45,9 kgfm está disponível entre 1.600 e 2.400 rpm).
Desde a versão de entrada, a nova Hilux conta com direção hidráulica progressiva, ar-condicionado, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, medidor de economia de combustível, aviso sonoro de chave na ignição e luzes acesas, limpador do para-brisa com temporizador e nivelador dos faróis.
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A opção SR agrega vidros com dispositivo antiesmagamento. Travas e retrovisores elétricos também estão disponíveis a partir da versão SR, sendo que na SR e na SRV os vidros possuem função um toque para subida e descida. Já a opção SRX conta a função um toque para os vidros das quatro portas. A opção topo de linha ainda conta com o sistema Smart Entry System, que permite, por meio de uma chave inteligente, desbloquear as portas com a simples pressão do botão na maçaneta. Também foi adicionado o botão Push Start, facilitando a operação de ligar e desligar o veículo.
Confira os preços da linha 2016:
- HILUX 4X4 D/C SRX 2.8 TDI 6 A/T- R$ 188.120
- HILUX 4X4 D/C SRV 2.8 TDI 6 A/T – R$ 177.000
- HILUX 4X4 D/C SR 2.8 TDI 6 A/T – R$ 162.320
- HILUX 4X4 D/C STD 2.8 TDI 6 M/T- R$ 130.960
- HILUX 4X4 CABINE SIMPLES 2.8 TDI 6 M/T- R$ 118.690
- HILUX 4X4 CHASSI 2.8 TDI 6 M/T – R$ 114.860
(*) O jornalista viajou à convite da Toyota do Brasil