Marlos Ney Vidal (*)
São Paulo (SP)
Com a chegada da Chevrolet TrailBlazer a marca rompe com o passado. Se suas antecessoras Veraneio e Blazer eram associadas ao camburão ou carro de polícia. O novo modelo quer frequentar novos ares e buscará sossego da rotina policial nas fazendas de todo o país. Os preços sugeridos, que vão de R$ 145.450 para a versão a gasolina a R$175.450 com motor diesel, indicam que agora o foco principal será mesmo as pessoas com maior poder aquisitivo. Mas, é claro que muito dos futuros donos irão rodar com a TrailBlazer bem longe das estradas de terra. A marca estima vender entre 300 a 400 unidades por mês e a garantia total é de três anos sem limite de quilometragem.
Nas laterais a TrailBlazer tem linha de cintura alta, mas o desenho é mais leve; com exceção para os para-lamas alargados e o forte friso na parte inferior das portas. A traseira se destaca pelas lanternas com iluminação em LEDs e pelo vidro da tampa traseira que se encontra com o lateral. Apesar da ampla área envidraçada, que contribui para uma boa visibilidade, a Chevrolet poderia ter deixado o sensor de estacionamento como item de série para facilitar a vida do condutor em manobras.
ACABAMENTO A qualidade dos materiais aplicados no acabamento interno da TrailBlazer é boa, e os encaixes, à primeira vista, são bons. O desenho do painel também é interessante, mas para um modelo que ostenta o status de nacional mais caro, merecia material emborrachado.
Outro deslize foi a cor escolhida para a forração dos bancos e portas. O couro é de boa qualidade, mas a cor bege não combina com a proposta de uso da TrailBlazer. A unidade avaliada estava com pouco mais de 1.500km rodados, mas os bancos e outras partes do acabamento interno já estavam bem sujos e com marcas de mão por todos os lados. Os comandos dos vidros elétricos poderiam ser iluminados para facilitar a operação noturna.
As saídas de ar para os ocupantes da segunda e terceira fila atendem bem e o controle de fluxo do ar para elas é de fácil acesso. No quesito segurança, todos os ocupantes tem cinto de três pontos e apoios de cabeça.
ANDANDO Na apresentação do modelo andei somente com a versão diesel. O rodar da TrailBlazer é bem mais confortável e estável do que o da S10. Por usar o sistema de suspensão traseira five link com molas helicoidais o modelo pula bem menos que a picape que tem feixe de molas no eixo traseiro. A direção hidráulica é um pouco pesada como a da S10 principalmente me manobras.
Para ver como era a vida na terceira fileira fiquei “hospedado” durante um percurso numa estrada de terra, na prática a TrailBlazer não pula tanto, mas, a suspensão transmite as imperfeições do solo e dá para sentir as pancadas secas da suspensão. Para mostrar os atributos off-r0ad do modelo o percurso incluiu uma trilha numa pista fechada e nela o utilitário com seus bons ângulos de ataque de 30o e 22o de saída não fez feio e mostrou que pode encarar trechos com lama, buracos subidas descidas íngremes sem susto. O assistente de partida em ladeira não deixou utilitário voltar nas subidas e o controle de descida segurou bem a velocidade enquanto eu descia um pirambeira da pista.
O conjunto mecânico permite uma condução com segurança para fazer ultrapassagens e com boas retomadas de velocidade, graças ao belo torque de 47,9 kgfm do motor 2.8 diesel e a turbina de com turbina de geometria variável.
DE SÉRIE Airbags dianteiros e de cortina, ar-condicionado automático com saída para a parte traseira, assistente de partida em aclive, banco do motorista com ajustes elétricos, chave canivete, computador de bordo, controle de velocidade em declive, controle de estabilidade e tração, faróis de neblina, ABS com EBD, revestimento em couro, lanternas em led, rodas de alumínio de 18 polegadas, sensor de estacionamento traseiro, trio elétrico, rádio/CD/MP3/Bluetooth/AUX/USB e volante multifuncional.
Ficha técnica – Chevrolet Trailblazer
Fotos | Fábio Gonzalez/Chevrolet/divulgação
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