Henrique Rodriguez (*)
De Indaiatuba, São Paulo 

Houve rumores sobre o surgimento de um possível Agile aventureiro há cerca de quatro anos, mas até hoje não se viu nenhuma movimentação neste sentido. A Chevrolet é a única das quatro grandes fabricantes que nunca se importou muito com este nicho, nem mesmo com SUVs compactos. Sua primeira aposta neste sentido é o Chevrolet Tracker, que está chegando ao Brasil mirando no topo do segmento. Não tem como ser diferente cobrando R$ 71.990 pela versão de entrada.

O nome Tracker, que pertenceu à versão Chevrolet do antigo Suzuki Vitara, um verdadeiro SUV, até 2010. O nome é reutilizado por ainda ter força no mercado, segundo a GM. Mas este novo modelo tem concepção que foge completamente do primeiro, com proposta urbana e mais versátil, a ponto de chegar primeiramente apenas com tração dianteira.

A Chevrolet quer conquistar o cliente pelo conjunto. Ela aposta nas dimensões nitidamente maiores que a do Ford EcoSport, seu principal concorrente. São 4.24 m de comprimento, 1.77 m de largura e 1.64 m de altura, com entre eixos de 2,55 m. O comprimento é basicamente o mesmo do Ford, mas com a vantagem de não ter estepe pendurado na traseira. Fora isso, o entre eixos é 34 m maior, e ainda 21 mm mais largo que o EcoSport. O coeficiente aerodinâmico de 0,35 Cx não é nada mal para um SUV.

Oferecido apenas na versão LTZ – ao menos por enquanto – o Chevrolet Tracker 2014 é equipado de série com ar-condicionado, bolsas infláveis frontais, freios antitravamento (ABS), rodas de 18 pol, bancos revestidos de couro, central multimídia MyLink com navegador, câmera traseira para manobras e computador de bordo. A versão de R$ 75.490 conta ainda com bolsas infláveis laterais e de cortina e teto solar com controle elétrico.

O motor é o mesmo do Cruze, o 1.8 16 válvulas Ecotec que gera 144 cv quando abastecido com etanol e 140 cv com gasolina, ambas a 6.300 rpm. O torque máximo, com etanol, é de 18,9 kgfm já aparece com 3.800 rpm. Com gasolina, o torque máximo é de 17,8 kgfm, na mesma rotação.  90% do torque já estão disponíveis com 2.200 rpm.

A tração é apenas dianteira – versão com tração integral é esperada para 2014 – e câmbio é sempre o automático de seis marchas GF6 de segunda geração com a opção de mudanças no modo manual seqüencial.

O test-drive do Chevrolet Tracker 2014 acontecerá esta tarde, e volto em breve com minhas impressões do veículo

(*) O jornalista viajou a convite da Chevrolet

Fotos | Fábio Gonzalez/Chevrolet/Divulgação