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Teste: Fiat Abarth Pulse é divertido, mas cobra por isso

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Marca esportiva da Fiat incrementa o Pulse com motor de maior potência e diversas alterações mecânicas que o tornam prazeroso de dirigir. Deslizes no acabamento incomodam. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

Os utilitários esportivos viraram mundo afora e a versão da marca Abarth desse SUV compacto Fiat faz jus à esportividade. É a versão mais cara, mais potente e até quem ainda torce o nariz para esse tipo de carroceria se rende ao prazer de dirigi-lo.

É a única versão do Pulse equipada com motor 1.3 turbo de alta potência. A cor vermelha está nos retrovisores, no adesivo com nome da marca na parte debaixo inferior das portas e no filete na entrada de ar inferior. É o primeiro SUV Abarth no mundo.

Diferentemente das demais versões com motor 1.0 turbo, o Pulse Abarth vai além dos 200 km/h e atinge 100 km/h em 7,6 segundos, abastecido com etanol. Há várias modificações na parte mecânica para torná-lo agradável de dirigir.

O motor de 1.332 cm³ de cilindrada é todo de alumínio, usa corrente de distribuição, que dispensa manutenção, em vez de correia. Funciona suavemente em baixa e alta rotação. O consumo com etanol registrado no computador foi de 5 km/l na cidade e de 10 km/l na estrada, com ar desligado.

O câmbio tem trocas mais rápidas com calibração alterada. As suspensões dianteira e traseira têm molas e amortecedores mais firmes, com 13% mais rígidos. A dianteira tem geometria diferente e barra estabilizadora de diâmetro maior.

A traseira tem eixo com 15% a mais de rigidez à torção e, segundo o fabricante, a rolagem da carroceria está 10% menor. A grande altura (18,8 centímetros) do solo foi mantida. A movimentação da carroceria ocorre por causa disso, apesar de o trabalho na suspensão.

Freios também foram dimensionados e param o carro em espaço de segurança, com a frente abaixando bem. O sistema de escapamento retrabalhado torna o som do motor mais vibrante. A direção recalibrada está mais direta e precisa. 

O melhor do Pulse Abarth é dirigi-lo no modo Poison (veneno) acionando a tecla vermelha no volante. O motorista sente pilotar o carro, com ronco mais forte do motor e reduções de marcha com a diminuição da velocidade.

Isso também contribui para uso do freio-motor ao poupar os freios físicos e um prazer aos ouvidos de quem gosta de estar ao volante, que é revestido com material rugoso e evita deslize acidental.

Há vetorização de torque nas curvas com menos potência nas rodas internas e mais nas externas para diminuir a saída de frente. Os controles de estabilidade e tração atuam menos no modo esportivo.

Nesse modo, atinge-se uma determinada velocidade em até 60% do tempo em relação ao tempo normal (D). Isso é percebido assim que a tecla vermelha é acionada. O comportamento do carro é outro. Há aletas no volante para troca manual nos dois modos de direção.

O rodar é mais firme e seco sobre piso irregular também pelos pneus de perfil baixo (50) que têm pouca altura do flanco (10,75 centímetros). Penaliza o conforto, mas melhora a estabilidade. É uma coisa ou outra.

Independentemente disso, o Pulse Abarth garante direção divertida e prazerosa. O interior é austero com forração em preto. A iluminação deveria ser melhor. Luzes da dianteira e do centro são fracas, enquanto os comandos estão bem iluminados, facilitando localização noturna.

Incomoda no interior a tampa do porta-luvas desalinhada e o desencontro do friso superior da porta com o do painel central no lado do motorista. Todas as versões do Pulse testadas apresentam esse problema no acabamento.

O quadro de instrumentos digital de sete polegadas é completo e configurável, contendo informações diversas. A tela tátil do sistema multimídia é de 10 polegadas e tem navegação nativa, além de outras funções. Carregador de celular é por indução.

Há muitos comandos físicos abaixo da tela, o que descomplica a ergonomia com menos funções imediatas nela. O espaço interno é apenas suficiente, principalmente para pernas no banco traseiro, devido à distância entre-eixos de somente 2,53 metros.

Os problemas em ergonomia são: assoalho fundo porta-malas deixa a postura incorreta na colocação e retirada de bagagem; abaixar para entrar no banco traseiro; assentos curtos; tampa do porta-malas com pega unilateral; material sintético de forração dos bancos não transpira, tornando obrigatório ligar o ar.

A única opção de cor no teto é a preta, que aumenta a temperatura interna em dias quentes. A cor preta absorve a luz do sol em vez de refleti-la. 

Posição de dirigir é boa, com regulagem de altura do banco e coluna de direção regulável em altura e distância. Limpadores de vidros e lavadores são eficientes. Faróis com luzes de LED iluminam bem, mas facho baixo é curto.

O Pulse Abarth conta com itens de direção semiautônomas: farol alto automático, frenagem automática de emergência e alerta de saída de faixa. Há airbags laterais dianteiros, além dos frontais dianteiros obrigatórios por lei.

Entre os itens de conveniência e conforto destacam-se o ar digital, partida sem chave assim como travamento/destravamento de portas, sensor de chuva, câmera de ré, controle automático de velocidade e freio de estacionamento eletrônico com função Auto Hold. 

O preço sugerido do Fiat Pulse Abarth é de R$ 149.990 e a pintura sólida com teto preto, de R$ 990. Pela metálica com teto preto pagam-se R$ 1.490. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica Fiat Pulse Abarth 

Motor
De quatro cilindros em linha, transversal, flex, 1.332 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, injeção direta, com potências de 185 cv (etanol) e 180 cv (gasolina) a 5.750 rpm e torque máximo de 27,5 kgfm (etanol) a 4.000 rpm e 13,2 kgfm (gasolina) a 1.750 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático com conversor de torque e seis marchas 

Direção
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10,9 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira e a tambor na traseira

Suspensão
Dianteira, McPherson, barra estabilizadora; traseira, eixo de torção; altura mínima do solo, 18,8 centímetros; ângulos de ataque/saída (graus), 20/27 

Rodas/pneus
7×17”de liga leve/215/50R17

Peso
1.281 kg

Carga útil (passageiros + bagagem)
400 kg

Capacidades (litros)
Porta-malas, 370; tanque, 47

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,115; largura, 1,777; altura, 1,544; distância entre-eixos, 2,532

Desempenho
Velocidades máximas, 215 km/h (e) e 214 km/h (g); aceleração até 100 km/h, 7,6 (e) e 8,0 (g)

Consumo (km/l)
Urbano, 6,8 (e) e 10 (g); estrada, 8,8 (e) e 12,3 (g)

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