Logan CVT evoluiu e está equipado com vários itens de conforto, conveniência e segurança. Por outro lado, calibragens da direção e suspensão, que está muito alta, não agradam
Por Paulo Eduardo
Os principais apelos do Renault Logan lançado em 2007 eram espaço interno para três adultos no banco traseiro, e a calibragem a suspensão conciliava estabilidade e rodar suave. Naquela época, o encosto do banco traseiro era fixo. Não rebatia. Economia para faturar com carro de baixo custo. Atualmente, o Logan CVT está equipado com itens de conforto e segurança. Novidades da linha 2020 são luzes diurnas de LED em volta dos faróis, câmbio CVT, airbags laterais dianteiros e detalhes cromados na grade conforme identidade mundial da marca.
Tamanho agrada
Linhas retilíneas da carroceria e a distância entre-eixos de 2,635 metros proporcionam muito bom aproveitamento do espaço interno. Porta-malas com 510 litros de capacidade tem ótimo aproveitamento e encostos dos bancos rebatíveis permitem levar objetos compridos. Renault anuncia também novos bancos com assentos mais largos e espuma mais espessa. O que não mudou foi o comprimento dos assentos dianteiros, que permanece curto e não apoia totalmente as pernas. Assentos traseiros mais compridos que os dianteiros apoiam bem as pernas. O Logan CVT tem boa posição de dirigir com regulagem de altura do banco. A coluna de direção tem somente regulagem de altura, falta a de distância.
Não é confortável
A suspensão está mais elevada para adaptação do câmbio CVT. Talvez por isso o desconforto sobre piso ondulado e nos remendos de asfalto, além de prejudicar o comportamento dinâmico. Carro mais distante do chão requer atenção nas curvas. As imperfeições do piso são transmitidas fortemente para a direção, deixando-a desconfortável. Incomoda muito a vibração volante ao rodar sobre pisos ondulados. As rodas são aro 16 com pneus de perfil baixo (55). Freios eficientes em frenagem simulada de emergência.
Saiba mais:
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O câmbio CVT de infinitas relações de transmissão tem seis marchas simuladas, que podem ser trocadas movimentando-se a alavanca. Capô é mantido aberto por mola a gás, que carros mais caros não têm, contrastando com o obsoleto tanquinho de partida a frio. O motor 1.6 tem duplo comando variável e acionamento por corrente, dispensando a manutenção da correia dentada. Porém, o casamento com o câmbio CVT resulta em desempenho pífio, principalmente com ar-condicionado ligado. Lembra motor 1.0 de outros tempos com eficiência energética.
É lento
Arrancadas muito lentas e o Logan CVT tem pouca disposição para ultrapassagem. Parece que o freio de mão está acionado. Desligado o ar, melhora a disposição. Porém, está muito longe de agradar. Isso somente com motorista e passageiro. Com cinco pessoas e bagagem no porta-malas… Além das vibrações, a direção eletro-hidráulica é pesada em manobras. Está na hora de mudar para a totalmente elétrica, como no Kwid.
Consumo de etanol também decepciona. A média de consumo com ar ligado ficou em 3,5 km/l na cidade e 7 km/l na estrada. Muito alto para um motor moderno de quatro cilindros. Motor urra em rotação elevada.
Acabamento melhorou
Acabamento melhora de maneira geral com interior revestido na cor preta, que está na moda. Logan conta com controles de tração, estabilidade e assistente de partida em rampa, quatro airbags, central multimídia sofisticada, controle de velocidade automático, ar-condicionado automático, câmera de ré, sensores de chuva e crepuscular nesta versão topo de linha. Comandos dos vidros nas portas facilitam a ergonomia e todos com função um toque para abrir e fechar.
Limpadores eficientes assim como os faróis com boa iluminação. Os faróis auxiliares ajudam muito. A versão testada Iconic tem preço sugerido de R$ 71.090. Único opcional do Logan CVT é a pintura metálica. Garantia é de três anos ou 100 mil quilômetros.
Ficha técnica Logan CVT
Motor
De quatro cilindros em linha, 1.597 cm³, 16 válvulas, flex, de 118 cv (etanol)/ 115 cv (gasolina) de potências máximas a 5.500 rpm e torque máximo de 16 kgfm (e/g) a 4.000 rpm
Transmissão
Tração dianteira e câmbio CVT de seis marchas simuladas
Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência eletro-hidráulica; diâmetro de giro, 10,6 metros
Freios
Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson; traseira, eixo semirrígido; altura do solo, não divulgado
Rodas/pneus
6,5×16” de liga leve/205/55R16
Peso (kg)
1.160
Carga útil (passageiros + bagagem)
446 kg
Dimensões (metro) – comprimento, 4,35; largura, 1,73; altura, 1,57; distância entre-eixos, 2,635
Porta-malas
510 litros
Tanque
50 litros
Desempenho
Velocidade máxima, 177 km/h (e) / 174 km/h (g); aceleração até 100 km/h, 11,2 segundos (e/g)
Consumo (km/l)
Urbano, (e) e (g); estrada, (e) e (g)
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