C4 Cactus 1.6 THP prima pelas linhas originais, inconfundível e, atrai olhares por onde passa. Desempenho e itens de segurança se destacam na versão topo de linha. Leia o teste
Por Paulo Eduardo
Se carro vende pelo visual, o C4 Cactus 1.6 THP tem tudo para agradar. Versão topo de linha do SUV compacto é equipada com muitos itens de conforto, conveniência e segurança. Linhas limpas, agradáveis e inconfundíveis. Nada de recortes como a maioria dos asiáticos. Lanternas traseiras com LED. Estilo parrudo, carro é alto e largo. Tem menos comprimento somente que o EcoSport: são 4,17 metros contra 4,10 do Ford. O que facilita trafegar nos grandes centros. Frente com luz diurna estreita e comprida acima dos faróis principais. Estilo lançado pela Citroën. Chama atenção a grande altura em relação ao solo. São convincentes os ângulos de ataque e saída que facilitam trafegar com mais desenvoltura em caminhos ruins seja no asfalto mal conservado ou na terra. Nada de trilhas. Carro tem tração dianteira.
Acabamento tem que evoluir
Interior tem plástico duro no painel e forros de portas. Unidade avaliada estava com forração lateral do porta-malas soltando. O revestimento em couro do banco traseiro estava com as costuras tortas e que não dão continuidade ao desenho. Acabamento merece evoluir. Quadro de instrumentos totalmente digital, com visualização difícil do conta-giros colocado em uma linha estreita e comprida. No centro, a grande tela tátil multimídia de sete polegadas com boa visualização fica abaixo das saídas de ar e traz Bluetooth, entrada USB e conexão com Apple Car Play e Android Auto com espelhamento de tela. Porta-objetos em diversos locais para receber chave, controles, telefone, garrafas. Bancos carecem de melhor anatomia. Os dessa versão contam com abas de apoio laterais dianteiros no assento e no encosto. Porta-luvas sem iluminação e a do habitáculo tem luzes fracas. Banco traseiro tem segurança básica em todos os assentos, que deveriam ser mais compridos. É preciso abaixar para acessar banco traseiro.
Porta-malas
Porta-malas coerente com as dimensões tem aproveitamento horizontal, facilitando arrumar as bagagens. Pode ser aberto por comando na chave ou abaixo do suporte da placa. Ar-condicionado digital com controle automático de temperatura. Direção com assistência elétrica é levíssima em manobra e firme em alta, mas diâmetro de giro grande (11 metros) requer mais manobra em espaço apertado. Coluna de direção tem regulagens de altura e distância. Boa a posição de dirigir com regulagem de altura do banco. Comandos bem localizados dos vidros, com um toque nas quatro portas, assim como dos retrovisores. Por ouro lado, sistema de som é totalmente digital e é preciso tirar os olhos da via para efetuar comandos.
Suspensão
Suspensão transfere imperfeições do piso para dentro, principalmente nos remendos e ondulações. Pneus de perfil baixo têm altura razoável de borracha (11,3 centímetros). Pancadas secas ocorrem quando passa sobre buraco. Freios eficientes. Limpadores de para-brisa também cumprem bem a função. O mesmo não se aplica aos lavadores. Visibilidade ¾ traseira é limitada, mas retrovisores são grandes. Câmera de ré ajuda nas manobras.
Andando
Desempenho é incrível. Relação peso/potência é de somente 7 kg/cv com etanol. Por isso, o C4 Cactus 1.6 THP acelera e retoma velocidade rapidamente. Transmite segurança pelo curto espaço de tempo na ultrapassagem. Motor 1.6 turbo de 173 cv e 24,5 kgfm de torque requer pouca aceleração para andar sempre na frente. Entusiasmar na curva não é aconselhável pela grande altura em relação ao solo. E tanto faz se o motorista optar pelo modo Eco de direção em que as marchas são trocadas em rotação baixa, visando economia de combustível. No modo esportivo (S) ocorre o oposto com trocas em rotação elevada privilegiando potência. Nem precisa. Câmbio automático convencional troca rápido as marchas e é possível senti-las. Há, às vezes, ligeiro tranco nas trocas. A redução ocorre com a diminuição da velocidade. Computador de bordo registrou médias de 11 km/l na estrada e de 5 km/l na cidade, ambos com etanol.
Segurança
São seis airbags, controles de tração, estabilidade e assistente de partida em rampa. Alerta de atenção ao condutor e o controle de aderência (Grip control) em diferentes tipos de piso: areia, neve, barro e normal. Pode-se também desligar o controle de estabilidade. Alerta de colisão funciona entre 5 km/h e 85 km/h e atua nos freios. Sistema funciona por meio de câmera instalada no alto do para-brisa e detecta carro parado até uma velocidade de 80 km/h e de 60 km/h, no caso de pedestre. Frenagem de emergência reduz a velocidade do impacto e pode evitar colisão frontal.
Quanto custa?
C4 Cactus conta ainda com partida por meio de comando no painel, entrar e sair do carro sem uso de chave, sensores de chuva e crepuscular, alerta de saída de faixa, câmera de ré, entre muitos outros. Garantia é de três anos e o preço é de R$ 99.990 sem pintura metálica, com opção de teto nas cores branca, preta e azul.
Ficha técnica C4 Cactus
Motor
De quatro cilindros em linha, 1.598 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, flex, de 173 cv (etanol) e 166 cv (gasolina) de potência máximas a 6.000 rpm e torque máximo de 24,5 kgfm (e/g) a 1.400 rpm
Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático de seis marchas
Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de giro, 11 metros
Freios
Disco ventilado na dianteira; sólido na traseira; ESP (controle de estabilidade), TC (controle de tração) e HSA (assistente de partida em rampa)
Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson, barra estabilizadora; traseira, travessa deformável, barra estabilizadora; altura do solo, 22,5 centímetros
Rodas/pneus
7×17” de liga leve /205/55R17
Peso
1.214 kg
Carga útil (passageiros+ bagagem)
350 kg
Dimensões (metro)
Comprimento, 4,17; largura, 1,71; altura, 1,56; distância entre-eixos, 2,60
Capacidades (litro)
Porta-malas, 320; tanque, 55; ângulos de ataque/saída (graus), 22/32
Desempenho
Velocidade máxima, 212 km/h (etanol/gasolina); aceleração até 100 km/h, 7,3 segundos (e) e 7,5 segundos (g)
Consumo (km/l)
Urbano, 7,2 (etanol)/10,4 (gasolina); estrada, 8,9 (e)/12,6 (g)