InícioMarcasFiatNostalgia: Fiat Palio completa 20 anos de produção

Nostalgia: Fiat Palio completa 20 anos de produção

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Conheça a história de duas décadas do Fiat Palio e derivados. O modelo foi responsável
por desbancar o Gol da liderança no mercado brasileiro depois de 27 anos

Waldez Carmo Amorim
Especial para o Autos Segredos

O Uno bem que tentou por anos tomar a liderança do Gol, mas não conseguiu. Além disso, havia no mercado concorrentes mais modernos, como o recém lançado Gol “bolinha” e o Corsa lançado em 1994. Dessa forma, a Fiat precisava de um modelo para fazer frente à concorrência e encarregou o Centro de Estilo IDEA para traçar as linhas do projeto 178. Com o nome Palio, uma homenagem à tradicional corrida camponesa de cavalos da cidade italiana de Siena (que daria nome ao sedan), realizada desde 1656, chamada Palio, páreo, em italiano, de Siena.

O modelo, que foi lançado em abril de 1996 na cidade histórica de Ouro Preto (MG), impressionou pela modernidade com linhas arredondadas, frente baixa, para-brisas inclinado e traseira com lanternas invadindo o vidro traseiro, de desenho irregular. O Palio, com 9 centímetros a mais de entre-eixo em relação ao Uno, estava destinado ao mercado de países emergentes, como Brasil, o restante da América do Sul, África do Sul, Índia e Leste Europeu.

1ª carroceria

Em maio de 1996 a Fiat apresentou o Palio em duas versões de acabamento, a EL, com motor Fiasa 1.5 de oito válvulas utilizado no Uno, mas equipado com injeção multipoint que rendia 76 cavalos e a versão top de linha com o motor 1.6 16V, com 106 cavalos, que inicialmente era importado da Itália. Desde o lançamento a Fiat ofereceu o compacto com opção de 3 ou 5 portas, além disso, os modelos podiam ser equipados com ar condicionado, freios ABS e com a novidade adotada pelo primeiro carro da categoria, produzido no Brasil, o air bags. A Fiat inovou no mercado brasileiro ao oferecer adaptação para deficientes físicos de fábrica: entre outras adaptações, uma porta traseira corrediça. A suspensão traseira independente McPherson de feixes transversais (mesmo sistema usado no antigo Fiat 147). Na dianteira o compacto utilizava um sub-chassi o que permitia acerto mais firme. Em julho de 1996, foram lançadas as versões ED e EDX, que passariam a responder pela maior parte das vendas do compacto, ambas equipadas com motor Fiasa de 61 cavalos, a diferença estava no número de portas, três para a versão ED e cinco para a versão EDX e no acabamento, mais refinado na versão EDX.

Em março de 1997, a Fiat lançou o segundo membro da família Palio, a perua Palio Weekend, 1.5, 1.6 16V e Stile, a mais luxuosa. Meses depois, chegou a versão Sport, com rodas cromadas, volante Momo (sem airbag), encostos de cabeça vazados, bancos esportivos e teto solar manual como opcional. Em 1998 a Palio Weekend chegou ao mercado europeu. Ainda em 1997, mais especificamente em agosto, chegou o patinho feio Siena, sedan com o nome da cidade onde se realiza a festa do Palio. Havia a versão básica  EL, equipada com motor 1.6 8V, de 82 cavalos e a top de linha HL, com motor 1.6 16V. O Siena ainda ganhou a série especial Sport 1.6 16V, assinada pelo canal de televisão musical MTV e o motor 1.0  que precisou de um câmbio de 6 marchas para tentar dar mais agilidade. Meses depois, a Palio Weekend ganharia o mesmo recurso, mas que logo abandonou.

Em 1999, chega a versão Adventure 1.6 mpi com 8V, pioneira no segmento aventureiro com colunas traseiras pretas e máscaras de plástico nas lanternas, lembrando os protetores de relógio de pulso dos anos 80. Em junho de 1998, a Fiat substituiu o motor 1.5 na versão EL pelo motor 1.6 8V de 82cv argentino.

Em 1999, as versões 1.0 mudam, a ED para EX e EDX para ELX, essa segunda opção vinha equipada com direção hidráulica de série e, como opcional, sistema de embreagem automática, chamado de Citymatic. O sistema permitia passar as marchas sem pisar na embreagem, mas logo foi descontinuado. A versão EL passou a ser chamada de ELX e tinha motor com injeção multi-ponto que rendia 92cv. No final de 1998 é lançada a Strada nas versões Working 1.5 voltada para o trabalho, Trekking 1.6 8V com motor de 92 cv, para o lazer e LX 1.6 16v, mais luxuosa e com motor de 106 cavalos. A Strada recebeu a carroceria com cabine estendida com um espaço atrás dos bancos com o tamanho do porta malas do Gol bolinha, 290 litros, mas perdeu espaço de carga na caçamba.

Voltando ao Palio, foi lançada a série especial ELX 500 anos, para a comemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil. O modelo possuía rodas de 14 polegadas, para-choques e retrovisores na cor do veículo, conta-giros no painel de instrumentos, acabamento aprimorado e adesivos de 5 estrelas nos para-lamas.

Novo motor

Em fevereiro de 2000, foi lançado o motor 1.3 16V FIRE, com 80 cavalos, sigla de Fully Integrated Robotized Engine, ou motor totalmente montado por robôs. O motor possuía 1,25 litros, acelerador Drive by Wire, sem cabo, que o departamento de marketing aumentou para 1.3. O novo propulsor foi montado nas versões ELX do Palio, Weekend e Siena. Os detalhes visuais estavam nos apliques cromados em parte do painel e no pomo da alavanca de câmbio, além do adesivo ‘FIRE 16V’ no vidro traseiro.

2ª carroceria

O primeiro facelift, quando as loterias são mantidas e muda-se apenas a frente e a traseira, do Fiat Palio aconteceu em 2001. A mudança foi realizada pela ItalDesign de Giurgetto Giurgiaro, que esteve no Brasil para o lançamento do “novo Palio”.  Mas os fãs do modelo da Fiat criticaram a semelhança do modelo da Fiat com a do Volkswagen Gol de terceira geração, afinal, os faróis e a grade dianteira ficaram mais estreitos e retangulares, o capô tinha vincos acentuados semelhantes ao modelo da montadora alemã. Na traseira, as lanternas ficaram mais arredondadas e ganharam lentes transparentes. O painel, apesar de ser novo, manteve o desenho básico da versão anterior. Na traseira, a tampa do porta-malas ganhou um vinco horizontal em toda a extensão da peça para atender aos pedidos dos consumidores que reclamavam que, devido a tampa anterior ser muito saliente, amassava facilmente na hora de estacionar. Foi essa reestilização a responsável por dar ao Palio o primeiro título de Carro do Ano, pela Revista Autoesporte. Mas, a dianteira da primeira carroceria continuou em produção na versão Young, que tinha substituído a EX em 1999, mas, agora, com o logotipo novo da Fiat. Começava a tradição da montadora italiana, exclusividade do mercado brasileiro, de atualizar um determinado modelo, mas que divide a linha de produção com a versão do veículo descontinuado. Junto com o novo desenho foram lançados os motores de 1.0 litro: o Fire 1.0 8V, de 55cv, com potência menor que o antigo Fiasa, e 1.0 16V, de 70 cv. Propulsores mais modernos, leves e econômicos.

Na Palio Weekend, as lanternas ficaram mais finas, não invadiam mais a tampa do porta-malas, o lugar da placa de licenciamento ganhou um vinco semelhante ao do Palio, na altura do vidro. A característica na tampa do porta-malas também foi adotada pelo sedan Siena, que deixava de ser o patinho feio da família. Nas das versões de carroceria, perua e sedan, as lentes ficaram transparentes.

A Palio Weekend Adventure passou a se chamar apenas Palio Adventure a partir de 2001, junto com a Strada, que ganhou uma versão “off-road”. A picape, ainda na carroceria antiga, perdeu a versão Trekking com motor 1.6 mpi 8v, mas ganhou a série especial MTV 1.6 16v cabine estendida baseada na versão Working 1.6 16v.

Em 2002, o Palio EX voltou ao mercado, com a frente atualizada e motor Fire 1.0, mas ainda com o interior da carroceria lançada em 1996. Palio e Siena tiveram uma série especial, a ELX 25 anos, em comemoração aos 25 anos da Fiat no Brasil, ambos com motor 1.0 16V e rodas de liga leve aro 14. A Fiat ainda lançou o Palio Five para comemorar o Pentacampeonato do Brasil no futebol.

3ª carroceria

Em 2003, o Palio sofre outro  facelift, agora mais profundo.  Desta vez, Giugiaro, com as laterais da carroceria utilizada em 1996, adotou faróis de formato irregular, com traços que invadiam o para-choque. No centro uma lâmina, que lembrava um ralador de legumes e fazia o papel da grade.

Alguns modelos, como a perua e a picape Adventure, ganharam máscaras escurecidas nos faróis. O painel, embora conservador, transmitia sofisticação, graças a equipamentos como o computador de bordo My Car Fiat, com várias funções e alertas e o opcional CD Player com MP3.

Na traseira, as lanternas foram substituídas por um modelo mais tradicional, vertical e elegante, que começava no para-choque e terminava nos cantos do vidro. A placa passou para a tampa do porta-malas, no hatch, e o inverso aconteceu no Siena que ficou com a traseira mais lisa e as lanternas ganharam apliques. Em março chegaram as versões reestilizadas do sedan e da perua Weekend.

A picape Strada mais uma vez recebeu mudanças discretas. Entre as novas características estavam o logotipo itálico das letras separadas pelas barras que foi abandonado para dar espaço, no centro, ao emblema redondo usado na dianteira de todos os carros da Fiat. A picape também adotou o novo logo como maçaneta na tampa da caçamba. A versão Fire, 1.0 8V, ganhou painel com console cinza, abandonado na renovação da linha, assim como o Siena.

Motores flex

A maior novidade era o motor 1.3 Flex, que podia ser abastecido com gasolina e/ou álcool, mas agora com oito válvulas. A potência do Palio variava entre 70 e 71 cavalos gasolina e álcool respectivamente. O outro motor era o1.8 Powertrain, originário da família I Chevrolet, que foi lançado em 2002, que mais tarde passaria a ser Flex no Palio com potência de 106 e 110 cv. O Fire 1.0, movido apenas com gasolina, ganhava mais dez cavalos.      Dessa forma, o Palio contava com a versão EX 1.0, única com duas portas, Palio ELX 1.0, para o hatch e o Siena, ELX 1.3 8V Flex para o hatch, Siena e Weekend, HLX 1.8 e Adventure 1.8, para a Weekend e picape Strada. A Strada teve o lançamento da versão Fire 1.3 8V, com frente e painel antigos, e a versão Trekking, com motor 1.3 8V ou 1.8 Flex. A Revista Autoesporte elegeu o Palio como o Carro do Ano, graças à nova reestilização, pela segunda vez.

Minivan Idea

Em 2005, o motor 1.3 Flex muda para 1.4 Flex, a potência sobe 1 cavalo, 80 para 81 cavalos, e a identificação do motor passou a ser feita na traseira do veículo. A Strada Fire, com o visual antigo, recebeu o motore 1.0 Flex, 65/66 cv de potência utilizado no hatch e Siena Fire. Depois, seriam adotados no EX do hatch e no Siena ELX.

Na metade de 2005 chegou a minivan compacta Idea, lançada na Europa em 2003 que utilizava a base do Punto e quadro de instrumentos no centro do painel. No Brasil, a minivan foi construída sobre o chassi da Palio Weekend e com o painel do Palio, mas de design externo fiel ao modelo italiano.

As primeiras versões do Idea foram a ELX 1.4 e HLX 1.8 com vidros e travas elétricas de série e a intenção era entrar no disputado segmento de mercado que estavam a Chevrolet Meriva, Honda Fit e Ford Ecosport. Em 2006, a Fiat lançou a versão Adventure do Idea, com estepe exposto na tampa traseira. Mas antes, no final de 2005, a Fiat lançou o Palio 1.8R, com o mesmo motor do concorrente do Corsa SS, o 1.8 Powertrain. A sigla “R”, Racing, corrida, tinha como objetivo relembrar os esportivos Uno 1.5R e 1.6R, mas agora um modelo com 4 portas.

O carro tinha faróis com máscara negra, moldura da grade cinza, rodas de liga-leve com 14 polegadas, faixas adesivas decorativas nas portas e na traseira e pedais com cobertura de alumínio. O vermelho estava presente nos cintos de segurança, na costura dos bancos, no volante e na alavanca de câmbio, o motor de 113/115 cavalos era o mesmo utilizado no Idea. Em 2006, como linha 2007, foram lançados os kits Celebration e 30 Anos para o hatch, Siena, Weekend e linha Fire.

A versão Celebration trazia ar, direção hidráulica, trio elétrico, saias laterais e maçanetas na cor do carro. Já a opção 30 Anos apresentava novos faróis, detalhes cromados no interior da grade, rodas de alumínio, novos tecidos, vidros e travas elétricos e volante com regulagem de altura.

4ª carroceria, primeira reestilização completa

Desde o lançamento do segundo facelift, terceira carroceria ou “terceira geração” do Palio, existiam rumores sobre a reestilização do projeto 178 ou a substituição pelo Gran Punto europeu.

A notícia surgiu quando o site chinês Auto Sohu fotografou o novo Siena, em testes na China. Não conseguindo negar o projeto, a Fiat confirmou a ideia e começou uma campanha de marketing baseada no suspense em torno das novas linhas do veículo, assim a montadora italiana divulgava detalhes do desenho aos poucos, os conhecidos teasers.

Em 2007, como modelo 2008, o Palio recebeu a primeira carroceria nova desde 1996, mas com a mesma plataforma do projeto 178. A dianteira o Palio lembrava o Civic de 1995 e na traseira, com o objetivo agradar o mercado Chinês, as lanternas baixas lembravam modelos japoneses dos anos 90, como  o Daihatsu Charade. Era a primeira vez que a Fiat modificava as laterais do Palio.

Mas a primeira reestilização do Palio não agradou e o destaque no ano foi o novo Siena, que apareceu em novembro de 2007 com grade maior, faróis de neblina com moldura cromada e lanternas horizontais estilo Alfa Romeo. O carro que um dia foi o patinho feio da linha Palio, se tornava o centro das atenções.

A Palio Weekend foi lançada em 2008 com nova silhueta das janelas laterais. As lanternas ficaram horizontais, mas com outro desenho. A frente era a mesma do sedã. A perua recebeu a versão Trekking, uma aventureira light. A Adventure ganhou grade com aletas furadas, mais grossas e cromadas, para-choque robusto, faróis maiores e bloqueio eletrônico do diferencial Locker. Diferentemente de uma tração 4×4, esse sistema apenas faz com que todo o torque do motor seja direcionado para a roda que tem mais contato com o solo.

A picape Strada chegou em agosto de 2008 com as mesmas alterações e mudança nas lanternas traseiras, além de um aplique na tampa em baixo relevo.

Com o restante da família seguindo um caminho próprio e com mais sucesso, o Palio, em 2009, copiou os irmãos. Mas a Fiat queria mais com a Strada e lançou a Adventure e Working, com cabine dupla, mas ainda duas portas. No final de 2009, toda a linha Palio recebeu o problemático câmbio manual automatizado Dualogic de cinco marchas e com apenas uma embreagem.  O Siena ganhou a versão EL, com mais equipamentos e menor preço, mas com a frente do Palio 2008 “chinês”.

Em 2010 a linha de montagem voltou ainda mais no tempo e a Fiat lançou a versão popular do hatch e do Siena, a Fire 1.0, que adotou uma espécie de “bigode” cromado, com faróis utilizados na linha 2003 e o interior ainda mais antigo, o mesmo de 2000!

Naquele ano  toda a linha Palio, Siena, Weekend e Strada passaram a contar com Air-Bags e ABS com opcionais. Uma maneira da Fiat se preparar para a obrigatoriedade dos equipamentos a partir de janeiro de 2014.

Além disso, a Fiat lançou o Palio Economy, com econômetro no painel de instrumentos para motivar os proprietários a dirigirem de forma econômica.

Mas o Palio não tinha mais o mesmo sucesso, como demonstrou as versões Fire 1.0. Mesmo adotando o motor E.torQ 1.6 16V e 1.8 16V, o Palio ficou sufocado com o lançamento do novo Uno e do Punto, que depois de 15 anos recebeu uma carroceria totalmente reformulada.

Plataforma do Uno

Agora era a vez do Uno ajudar, dessa forma, utilizando a plataforma do compacto renascido, chegou a verdadeira segunda geração do Palio. Assim, o novo Palio cresceu em todas as dimensões. O comprimento passou de 385 para 388 centímetros, a altura de 145 para 151cm, largura de 164 para 167cm e a distância entre-eixos, responsável pelo espaço interno de 237 para 242 cm. Até o banco traseiro passou a ser reclinável.

O responsável pelo desenho foi o Centro Stile, na Itália. As janelas na lateral do Palio lembravam modelos asiáticos e na traseira foram adotadas lanternas elevadas como as do Punto, mas com um prolongamento em posição normal. O porta malas aumentou a capacidade para 290 litros, mas as versões Essence e Sporting com um estepe maior reduziu o volume em dez litros, voltando ao que era antes. No interior o carro ficou mais moderno, mas perdeu em qualidade de acabamento.

O modelo estava disponível em seis versões, Attractive 1.0 e 1.4, Essence 1.6 16V, Essence Dualogic 1.6 16V e Sporting 1.6 16V além da Sporting Dualogic 1.6 16V.

Motor Fire Evo 

A versão Sporting, última de aparência esportiva, tinhas faixas nas portas, falsa entrada de ar no para-lama e lentes escuras nos faróis. Mas o motor era o mesmo da versão intermediária Essence, o E.torQ 1.6 16v de 115 cavalos com gasolina e 117 cv com álcool, já oferecidos na geração antiga do compacto.

Os motores 1.0 e 1.4 Fire,  receberam modificações e passaram a se chamar Evo. A segunda geração dos motores Fire foi adotada no novo Uno e evoluiu em desempenho e consumo. Tanto as unidades 1.0 quanto 1.4 foram desenvolvidas durante três anos e quase 20 mil horas de testes. Além de uma nova linha de montagem automatizada, em Betim (MG), componentes como bicos injetores, coletor de aspiração, pistões, eixos de comando, tampas de válvulas, tensor automático da correia de distribuição e central eletrônica de injeção foram refeitos para atender as novas regras para emissões de poluentes adotadas a partir de 2012. Com isso, o Palio conquistou pela terceira vez o título de Carro do Ano pela revista Autoesporte, um ano depois do novo Uno (1985/1992/2011). Os dois se igualaram ao Ford Corcel (1969/1973/1979) e o Chevrolet Monza (1983/1987/1988) como únicos tricampeões da promoção.

Mas a Fiat tinha como objetivo ter um modelo para concorrer com modelos mais caros, como o Honda City, por exemplo.

Então, ela lançou a nova geração do sedan Siena, baseado no Palio. Mas foram feitas modificações para separar a imagem do hatch, além do sedã antigo.

O novo sedan foi chamado de Grand Siena para passar a imagem de um carro maior e mais sofisticado. A distância entre-eixos de 251cm ficou maior que a do Palio, 242 cm, para fazer sentido o nome.

Os faróis foram alongados e colocado uma grade com um friso cromado na parte superior para conferir a ideia de refinamento. As saídas de ar centrais retangulares e divididas agora tinham acabamento marrom brilhante.

O Grand Siena chegou nas versões Attactive 1.4, Essence 1.6 16v e TetraFuel 1.4 (com gás natural, flex e gasolina pura), que havia sido lançada em 2005.

Mas a Fiat manteve a carroceria antiga em produção, na versão EL, com motores 1.0 ou 1.4 e com uma discreta mudança na grade dianteira que ganhou um friso cromado e o recorte da carenagem do para-choque utilizado no Grand Siena.

As mudanças também  foram adotadas na perua Palio Weekend e na picape Strada. A versão Adventure, de ambos os modelos, ganharam nova grade e para-choques.

Em 2012 a Fiat disponibilizou para o Palio e Grand Siena freios ABS e airbags frontais de série.  Poucos meses depois, os dois modelos passaram a contar com o teto solar panorâmico SkyDome como opcional.

Em 2013, cinco anos depois de inovar com a cabine dupla, a picape Strada recebeu a terceira porta no lado do passageiro, que se abre de forma suicida, para trás e sem a coluna central, para facilitar o acesso. A picape ainda recebeu mudanças na dianteira e traseira com novas lanternas horizontais que invadiam as laterais e a tampa da caçamba mais saliente e removível.

Em 2014, o Palio Fire perdeu o sobrenome Economy, ganhou novo painel e nova grade dianteira. Nesse ano foi lançada a versão Way 1.0 8V com molas e amortecedores novos, além de suspensão elevada, que resultaram em um carro 1,5 mais alto que as demais versões do Palio.

No mesmo ano, a Fiat teve que tirar de linha o Mille e o modelo que o substituiu foi o Palio Fire, com motor 1.0 de 75 cavalos, que teve o preço reduzido para a montadora italiana ter o carro mais barato do Brasil.

No interior, o Palio nas versões Attractive 1.0 e 1.4 receberam novo painel e a versão Essence novas rodas de 15 polegadas na lista de opcionais.

O Grand Siena incorporou auto abertura do porta-malas que ao ser destravado passou a subir sozinha até o final de seu curso.

A picape Strada  era disponível em seis versões: três Working (com cabines curta, estendida e dupla); uma Trekking (com cabine dupla); e duas Adventure com cabines estendida e dupla. As motorizações Fire 1.4 flex, de 86 cv. Para a versão Trekking motor E-torQ, 1.6 16V flex desenvolve 117 cv e Adventure 1.8 16V de 132 cv.

Na linha 2015, o Fire, juntamente com as outras versões do Palio, desbancou, depois de 27anos, o Gol na lista dos modelos mais vendidos no mercado brasileiro.

Nesse ano, a Strada foi a única picape a figurar na lista dos 10 carros mais vendidos do Brasil. O Grand Siena passou a contar, opcionalmente, com alarme de fábrica e função Tilt Down,  um recurso que faz com que o motorista ao engatar a marcha ré, o espelho retrovisor do lado do passageiro inclina para baixo, melhorando a visualização nas manobras de estacionamento.

Na linha 2016, as versões Fire receberam faróis com canhões pretos, com exceção da versão Way, que continuou com faróis de máscara negra. Para as demais versões, o painel frontal recebeu cor cinza chumbo e espelho no para-sol do motorista e o Branco Kalahari passou a ser oferecida no catálogo de cores.

Os motores utilizados eram o 1.4, 86/88 cavalos, e 1.6, 115/117 cavalos. Na linha 2016, o Grand Siena ganhou ar-condicionado de série desde a versão inicial.

Na linha 2017, o Palio foi lançado no mesmo dia que recebeu apenas 1 estrela no teste de colisão feito pelo Latin NCap, Instituto Latino Americano para avaliar a segurança dos veículos. Sem mudanças no visual e nem na parte mecânica, a Fiat apostou nos equipamentos de série.

O compacto ganhou novo painel central, com acabamento exclusivo para cada versão, nova grafia do quadro de instrumentos e posição da porta USB,  interior mais escuro e novos tecidos de série. O Palio 2017 recebeu nova cor para as rodas de liga leve, para as calotas e faixas laterais.

A Weekend Adventure passou a contar com câmbio automatizado Dualogic e o Grand Siena, 2017, recebeu grade com filetes horizontais em preto brilhante e moldura cromada.

A notícia triste ficou para os taxistas, o fim do Grand Siena Tetrafuel, com potência de 88/85 e 75 cavalos, único carro que saía de fábrica com kit GNV instalado, mantendo a garantia. Substituindo a lacuna deixada pelo Siena EL a Fiat lançou o Grand Siena Attractive optou pelo motor 1.0 EVO, de 75/73 cavalos, e deixou o motor 1.0 Firefly de três cilindros para o sedan X6S. Informações conseguidas com a fábrica dão conta que o modelo tinha como objetivo ser o antigo Siena EL.

Fotos | Fiat/Divulgação

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