Enviado especial a Indaiatuba (SP)
O Chevrolet Camaro chegou ao Brasil no final de 2010, consagrado pelos dois primeiros filmes da saga Transformers. Mas, convenhamos: ele se tornou muito mais popular hoje graças a músicas como “Camaro Amarelo”. Nem por isso perdeu a pose, vendeu mais de 3.500 unidades no Brasil em três anos. Com o novo visual, mostrado em abril durante o Salão de Nova York, a linha 2014 do esportivo chega em novembro por R$ 210 mil. E nós já o aceleramos até seu limite virtual, de 250 km/h (com direito a video)!
O que temos é o mesmo Camaro, mas com design evoluído. Ele segue outra vertente do design da Chevrolet, visto também nos Impala e Malibu mais recentes, com grade dianteira mais estreita, porém mais larga, que se completa com os novos faróis, que também estão mais finos. Interessante foi a adição de saída de ar no capô, como na versão ZL1, o que melhora a exaustão de calor do motor.
Na traseira há novo difusor de ar e aerofólio que foram otimizados em túnel de vento, e nova lanterna. O Camaro abandonou a peça inspirada no Corvette C6 prar ostentar uma com visual herdado de sua primeira geração, produzida de 1967 a 1969.
Onde também mostra evolução é no interior. O Chevrolet Camaro 2014 tem melhor acabamento, com menor quantidade de plásticos rígidos (ainda que de boa qualidade). Mas o que realmente chama atenção é o sistema multimídia Chevrolet MyLink, cada vez mais comum na linha. Ele permite ao usuário trazer suas músicas, fotos, vídeos e aplicativos do celular para dentro do veículo, além de fazer ligações telefônicas via Bluetooth por meio da tecnologia HFT (Hands Free Telephone), e permitir ao usuário configurar algumas funções do veículo de acordo com as suas preferências. Outras novidades: comandos de voz para navegação e áudio, configurações do veículo, câmera de ré integrada, e função áudio streaming, utilizando o aplicativo Stitcher.
O sistema de áudio ainda conta com um sistema premium sound de 245 watts, da Boston Acoustics que conta com nove alto-falantes. O Camaro também oferece travas elétricas das portas e vidros com acionamento do tipo “one touch” tanto para o motorista quanto para o passageiro. Um outro item muito importante é o Heads-Up Display (HUD), um sistema que projeta algumas informações no para-brisa do veículo, como velocidade e giro do motor, muito útil para o motorista. De todo modo, no quadro de instrumentos ainda há um velocímetro analógico e um digital. O volante do modelo anterior combinava mais com o carro, agora é o mesmo de Onix, Cruze e Cobalt.
Onde não há alterações é na mecânica. Isso não é ruim. O V8 L99 “Small Block”, de 6,2 litros 16v aspirado continua com seus 406 cavalos a 5900 rpm e 56,69 kgfm de torque máximo a 4600 rpm. O câmbio é o GR6, automático sequencial de seis velocidades com trocas manuais por meio de borboletas atrás do volante. É ele quem envia toda a potêcia para o eixo traseiro, onde há dois pneus 275/40 ZR20 – na dianteira são dois 245/45 ZR20.
Cabe a este conjunto mover os 1.790 kg do Camaro. E ele cumpre seu dever, levando o esportivo a 100 km/h em 4,8 segundos e à velocidade máxima de 250 km/h limitada eletrônicamente. E não demora tanto assim para chegar lá.
O test-drive do Camaro 2014, foi, na verdade, dar algumas voltas não seguidas (era necessário “passar pelos boxes”) na pista circular da GM no Campo de Provas da Cruz Alta. Foi lá onde na semana passada aceleramos o Tracker (ainda estou devendo video), mas depois de passar pela pista de teste de durabilidade. Desta forma, não pudemos fazer outra coisa senão acelerar o Camaro até seu limite virtual, sem frenagens fortes ou curvas fechadas.
A pista tem compensação vertical, então até o conjunto de suspensão Multi-link é favorecido. Bastava acelerar, passar a próxima marcha pelo paddle shift (até parece que eu iria deixar em modo automático) e ir passando para as pistas seguintes conforme o Camaro ganhasse velocidade, e isso é bem rápido – o video a seguir prova isso. Ele chegou à velocidade máxima limitada eletrônicamente de 250 km/l em poucos segundos, e em quinta marcha a 5000 rpm. Ele ainda poderia ir mais longe.
Sim, há partes gravadas com um Camaro preto.
*O jornalista viajou à convite da Chevrolet
Fotos | Henrique Rodriguez
