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Ao volante: Volkswagen Cross Up! é legal, mas preço é irracional

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teste_vw_crossup!_17Eu sou um grande defensor do Up!. O carrinho cumpre bem tudo que se presta a fazer, que é ser um veículo urbano ágil – até na estrada -, econômico, funcional e, principalmente, seguro. Mas, pra ser bastante sincero, foi difícil entender a razão do Cross Up! existir. Mesmo que seja melhor que o Up! “civil” em alguns aspectos.

teste_vw_crossup!_18Hoje os aventureiros costumam ter algo mais. Na linha Volks, Gol Rallye e CrossFox tem suspensão elevada, pneus mais apropriados para andar na terra e equipamentos de segurança diferenciados, mesmo que opcionais no Gol.

No Cross Up! não tem disso. Tem plásticos em volta das caixas de roda, rack no teto, aerofólio e saias laterais, spoilers e parte central dos para-choques pintados de prata para se sentir mais seguro pelo mundo. Mas é agradavelmente mais discreto do que a grande maioria dos aventureiros.

Por dentro, o Cross Up! tem muito do Black Up!, como os plásticos escuros e o couro revestindo volante, pomo do câmbio e freio de mão. De exclusividade, apenas os bancos com o nome da versão bordado nos encostos. Também não precisa muito mais que isso: tudo no interior deste carro continua prático, simples e funcional.

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Criado na cidade para a cidade

Não há nada que o torne mais capaz de escalar quebra-molas ou de se aventurar em tampas de bueiro desniveladas do que um Take Up! básico.

Esta versão também não terá vantagens fora da selva de pedra, pois suspensões mais altas e pneus de uso misto, que garantem comportamento melhor na terra, não estão na lista de novidades. Surpreendentemente, isso não é de todo mal.

O Cross Up! mantém o bom acerto dinâmico. Continua durinho de suspensão, mas está com rolagem mais suave. A culpa é dos pneus Hankook, mais macios que os Goodyear de baixo atrito das outras versões.

teste_vw_crossup!Bom de rebolado

Nem dá pra dizer que o Cross Up! é daqueles carros que calçam um Timberland para correr no parque. Os pneus desta versão são diferentes das outras versões, mas não são de uso misto – com alguma capacidade extra pra andar na terra. Não tem problema, o primeiro CrossFox também não tinha pneus especiais.

A questão é que os Hankook que colocaram no Cross são muito melhores que os Bridgestone e Goodyear dos outros Up!. Mais macios, ajudam a suspensão ao absorver melhor os recortes e rachaduras do asfalto e não cantarolam em curvas como os outros. E por não ter suspensão diferente, o Cross Up! mantém o mesmos – excelente – comportamento em curvas.

Mais gostoso de guiar, está mais para esportivo do que para aventureiro.

teste_vw_crossup!_10Só que os pneus duros tinham participação no bom consumo do Up!. Nota-se isso ao comparar as médias: com álcool o consumo foi de 9,8km/l , contra os 11km/l registrados no Move Up!.

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Falta pouco

O Up! completou um ano de mercado em fevereiro e ainda está engatinhando nas vendas. É vítima do design, que privilegia a função e não a forma, como prezam boa parte dos consumidores – estes bem acolhidos por Ka, HB20 e Onix. Mas o consumidor não tem culpa. É difícil inverter as prioridades do mercado.

Mas, difícil mesmo é desembolsar R$ 41.720 por um Cross Up! sem o ar-condicionado, que  custa mais R$ 3.230. Com Maps&More e bancos em couro sintético o preço chega a R$ 47.848.

A aventura está em pagar tudo isso num 1.0 aventureiro. Não dá mais para defender.

AVALIAÇÃO Henrique Marlos
Desempenho (acelerações e retomadas)  9 8
Consumo (cidade e estrada) 10 9
Estabilidade  10 8
Freios  8 8
Posição de dirigir/ergonomia  8 8
Espaço interno  7 7
Porta-malas (espaço, acessibilidade e versatilidade)  8 7
Acabamento  6 7
Itens de segurança (de série e opcionais)  7 7
Itens de conveniência (de série e opcionais)  7 7
Conjunto mecânico (acerto de motor, câmbio, suspensão e direção)  9 8
Relação custo/benefício  6 7

FICHA TÉCNICA

MOTOR
Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 999 cm³, três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.

TRANSMISSÃO
Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.

POTÊNCIA
82 e 75 cv a 6.250 rpm com etanol e gasolina.

TORQUE
10,4 e 9,7 kgfm a 3 mil rpm com etanol e gasolina.

ACELERAÇÃO ATÉ 100 km/h
13 e 13,2 segundos com etanol e gasolina.

VELOCIDADE
161 e 160 km/h com etanol e gasolina.

SUSPENSÃO
Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares transversais, molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira por eixo de torção, com braços longitudinais, molas helicoidais e amortecedores telescópicos hidráulicos. Não oferece controle eletrônico de estabilidade.

PNEUS
185/60 R15.

FREIOS
Discos ventilados na frente e discos à tambor atrás. Oferece ABS com EBD de série.

DIMENSÕES
3,60 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,50 m de altura e 2,42 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.

PESO
960 kg em ordem de marcha.

PORTA-MALAS
285 litros.

TANQUE DE COMBUSTÍVEL
50 litros.

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Fotos | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

 

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