Veiculo / Danos causados por coco de passarinho na pintura dos automoveis.
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

Ao comprar um carro zero muitos proprietários ficam tão felizes com a aquisição que se esquecem que são necessários alguns cuidados para manter a aparência do carro como ele saiu da fábrica. A pintura do carango nem sempre recebe os cuidados necessários, ainda mais na correria dos dias atuais. Veja algumas dicas dos especialistas da Nissan e Renault.

Nem sempre se consegue o lugar ideal para estacionar o carro. Por isso, para modelos que ficam expostos ao tempo, a cristalização ajuda a proteger a pintura. Segundo Mário Furtado, Gerente de Pós-Vendas da Nissan, a cristalização é o método protetivo mais recomendado, uma vez que carros novos tendem a não possuir riscos, e este método é mais robusto. “Em geral, é um processo que visa proteger o verniz original do veículo das variações climáticas, agentes poluentes, raios UVA e UVB e demais impurezas por meio da aplicação de uma resina protetora”, diz Furtado.

Ainda de acordo com Furtado, a periodicidade da aplicação varia de acordo com a severidade de exposição e com as recomendações do fabricante da resina. Geralmente, o serviço é recomendado a cada seis meses em média ou entre seis e 20 lavagens.

“É importante ressaltar que, apesar do nome, a cristalização é um método estritamente físico. Ou seja, não ocorre a alteração da estrutura amorfa do verniz. Por isso, o termo correto é espelhamento” afirma Furtado.  Segundo ele, o espelhamento atua na camada superficial da pintura, sem causar prejuízos, proporcionando brilho intenso e proteção duradoura por trabalhar na camada superficial da pintura.

Caso o proprietário não queira fazer o espelhamento, o enceramento também ajuda na proteção, além de ser mais barato em relação ao espelhamento. Porém, ele tem menor tempo de duração. Em caso de riscos, o recomendado é o polimento.

O uso de capas de proteção não é recomendo pela Renault, pois uma falha nesta proteção, que permita a entrada de água, combinada com calor excessivo, pode expor a pintura a condições extremas, com resultados desconhecidos.

LAVAGEM

Para lavar o carango, o ideal é usar sempre detergentes desenvolvidos para a aplicação em pinturas. Detergentes domésticos não são aconselháveis, de acordo com a Renault. “O pH e os componentes de produtos domésticos não foram desenvolvidos para uso automotivo”, afirma o Gerente de Pós-Vendas da Nissan, Mário Furtado.

A Renault ainda orienta que, em carros que fiquem expostos ao tempo, as lavagens devem ser realizadas sempre à sombra, para eliminar o acúmulo de impurezas.

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Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

LAVAGEM A SECO

Por conta da crise hídrica que afeta algumas cidades brasileiras, as lavagens a seco estão na moda. Porém, são necessários alguns cuidados para que a pintura não fique danificada. Segundo a Renault, os produtos usados são normalmente desenvolvidos para a limpeza de pintura automotiva. Entretanto, de acordo com a engenharia da marca francesa, deve-se ter o cuidado de não esfregar uma pintura sem que se tenha removido partículas abrasivas, tais como areia ou excesso de poeiras.

“Nos casos nos quais a pintura está demasiadamente impregnada com barro, resíduos asfálticos e detritos urbanos, a lavagem a seco não é recomendada, uma vez que o processo de limpeza poderá gerar riscos na pintura do veículo”, afirma Mário Furtado. Para ele, as lavagens a seco só devem ser usadas em situações de sujeira leve. “Desde que os produtos aplicados sejam de qualidade, de primeira linha,” salienta Furtado.

CERA

De acordo com Mário Furtado, da Nissan, o prazo para se encerar um carro é de geralmente três meses. Uma dica para saber se a cera está ou não ativa é molhar o capô do carro: se houver formação de bolhas de água uniformes, a cera ainda está ativa. “Se a água escoa deixando rastros, é uma indicação de que a cera não está ativa, ou não existe mais”, diz Furtado.

CHUVA

Para evitar as manchas que se formam quando a água de chuva seca na pintura, o ideal é lavá-las logo em seguida, de acordo com a Renault. O Gerente de Pós-Vendas da Nissan, Mário Furtado, afirma que o espelhamento e o enceramento atenuam as condições. As manchas apresentadas não estarão presentes na camada de verniz da pintura, e, sim, na camada protetora. Ou, no pior dos casos, no nível superficial do verniz da pintura.

FEZES DE PÁSSAROS E SEIVA DE PLANTAS

Quando se para nas ruas, é normal que a pintura fique suja com fezes de pássaros e seivas de plantas. De acordo com a engenharia da Renault, o aconselhável é remover e limpar as fezes de pássaros e a seiva de plantas assim que possível, de preferência no mesmo dia. O conselho de Mário Furtado da Nissan é o mesmo da Renault. “O ideal é retirar o quanto antes. Porém, como isso é normalmente não ocorre pela rotina diária das pessoas, recomenda-se proteger a pintura do veículo para suavizar os danos causados por esses detritos,” diz.

SÓLIDA E METÁLICA

Segundo a Renault, não há diferença nos cuidados com as pinturas sólidas e metálicas. Entretanto, Mário Furtado, da Nissan, ressalta que a pintura sólida é mais sensível a manchas e riscos. “Porém, para efeito prático, as medidas protetoras devem ser administradas de igual forma para ambas”, afirma.

É comum escutar alguém dizendo que as pinturas preta e vermelha necessitam de mais cuidados. Segundo Mário Furtado, da Nissan, elas são mais sensíveis ao aparecimento de manchas. Os métodos protetores, todavia, são os mesmos administrados às demais cores.  “Alguns fabricantes de cera e resina possuem produtos específicos desenvolvidos para essas gamas de cores, mas em linhas gerais segue-se o mesmo tratamento”, diz Furtado.

 

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