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Ao volante: Chevrolet Trailblazer com cavalaria adicional

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Equipado com injeção direta de combustível, motor 3.6 V6 a gasolina passa a ter 277 cv de potência e 35,7 kgfm de torque; consumo, porém, pouco mudou

teste_chevrolet_trailblazer_5Alexandre Soares
Especial para o Autos Segredos

Desempenho não era problema para a Trailblazer a gasolina. Até o ano passado, o motor 3.6 V6 produzia 239 cv de potência e 33,5 kgfm de torque, mais que suficientes para empurrar as mais de duas toneladas de peso do modelo. Entretanto, a maior novidade da linha 2015 do SUV foi um sistema de injeção direta para o propulsor, que o deixou ainda mais forte: agora, são 277 cv e 34,5 kgfm. Apesar do ganho em performance, o aperfeiçoamento visou mais as questões ecológicas, como redução nos índices de consumo e de emissões de poluentes.

teste_chevrolet_trailblazer_1Afora a adoção da injeção direta, o 3.6 V6 não mudou, até porque outras alterações não eram necessárias, pois esse motor tem concepção atual, com coletor de admissão e comandos de válvulas variáveis e construção de bloco e cabeçote em alumínio. Junto a ele, está o conhecido câmbio automático de seis marchas da marca norte-americana, que atua em conjunto com a tração 4×4 com reduzida, cujo acionamento é eletrônico, por meio de um seletor no console. O único aperfeiçoamento mecânico além do sistema de alimentação mais eficiente ocorreu na suspensão, que manteve os esquemas independentes por braços sobrepostos na dianteira e multilink na traseira, porém com novas buchas e outra calibragem, mais firme, para tornar o SUV mais estável.

teste_chevrolet_trailblazer_17MAIS ESTÁVEL, MAS AINDA ARISCA

Quando a Trailblazer é colocada em movimento, fica fácil perceber as alterações feitas pela Chevrolet. Ela ficou sutilmente mais disposta, principalmente em altas rotações, quando a potência extra aparece. Em baixa, pouca coisa mudou, o que não chega a ser problema, pois as respostas ao acelerador já eram imediatas antes da chegada da injeção direta. Os ajustes na suspensão também surtiram efeito, e a carroceria inclina menos em curvas, além de gangorrar menos ao transpor quebra-molas e outros obstáculos. Mas não se engane: apesar da melhora, o modelo ainda requer cuidado em curvas. Os abusos, dependendo da situação, resultam tanto em subesterçamentos quanto em sobresterçamentos, que nem sempre são fáceis de corrigir.

A redução no consumo, que era um dos objetivos da modernização do propulsor, foi muito pequena, ao menos em nossas aferições. Enquanto a unidade testada pelo Autos Segredos em julho de 2013 cravou marcas de 6,0 a 6,5 km/ na cidade e de 8,0 a 8,5 km/ na estrada, o veículo testado agora obteve 6,6 km/ e 8,4 km/l nos mesmos tipos de percurso, respectivamente. É verdade que não era esperada muita economia de combustível em um veículo que combina motor de grande cilindrada e peso elevado, mas a expectativa era que a diferença fosse maior. Como sempre, ressaltamos que vários fatores interferem diretamente no consumo, tais como relevo, condições do tráfego e estilo de condução do motorista.

teste_chevrolet_trailblazer_11TOM MARROM

As demais novidades que a Chevrolet proporcionou à Trailblazer são mais sutis e concentram-se no interior. O couro que reveste os bancos passou a ser da cor marrom, e o apoio de braço entre os bancos dianteiros, agora é forrado com mesmo material. Por fim, a porção central do painel trocou a pintura cinza pela em preto brilhante. Os demais plásticos utilizados no acabamento não mudaram: painel e forros das portas são confeccionados em plástico duro, bem-montado, mas longe de ser luxuoso. O espaço interno também continua o mesmo, muito amplo para cinco pessoas, mas limitado para sete, pois os dois lugares da terceira fila têm vãos pequenos para as pernas. O motorista se acomoda em posição correta, mas o volante não é ajustável em profundidade, apenas em altura. O banco traz regulagens elétricas, inclusive a de altura.

A Trailblazer é bem-equipada. A versão LTZ, única disponível (que além do motor 3.6 V6 a gasolina, oferece também o 2.8 turbodiesel), traz ar-condicionado digital, alarme, computador de bordo, retrovisor interno eletrocrômico, rodas de liga leve aro 18, volante multifuncional forrado em couro, vidros, travas e retrovisores elétricos, sendo que os últimos também têm rebatimento elétrico, sensores de estacionamento traseiros e e sistema multimídia MyLink com câmera de ré. . O pacote de segurança é bem completo: inclui seis airbags (frontais, laterais e do tipo cortina), ganchos Isofix para fixação de cadeirinhas, assistente de partida em rampas, controlador de velocidade em descidas e controles eletrônicos de estabilidade e tração. O preço subiu na virada do ano: era tabelado em R$ 147.790 no fim de 2014, e atualmente está em R$ 156.650.

teste_chevrolet_trailblazer_20FICHA TÉCNICA

MOTOR

Dianteiro, longitudonal, seis cilindros em V, 24 válvulas, gasolina, 3.564 cm³ de cilindrada, 277 cv de potência máxima a 6.400 rpm, 35,7 kgfm de torque máximo a 3.700 rpm

TRANSMISSÃO

Tração integral com acionamento eletrônico, câmbio automático de seis marchas

ACELERAÇÃO  ATÉ 100 km/h (dado de fábrica)

7,6 segundos

VELOCIDADE MÁXIMA (dado de fábrica)

180 km/h

DIREÇÃO

Pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica

FREIOS

Discos ventilados na dianteira e na traseira, com ABS e EBD

SUSPENSÃO

Dianteira, independente, com braços articulados e barra estabilizadora; traseira, independente, five-link com barra estabilizadora

RODAS E PNEUS

Rodas em liga de alumínio, 7,5 x 18 polegadas, pneus 265/60 R18

DIMENSÕES (metros)

Comprimento, 4,878; largura, 1,902; altura, 1,841; distância entre-eixos, 2,845

CAPACIDADES

Tanque de combustível: 76 litros; porta malas: 554 litros, podendo variar de 235 a 1.830 litros; carga útil (passageiros e bagagem): 616 quilos; peso: 2.104 quilos

NOTAS

AVALIAÇÃO Alexandre Marlos
Desempenho (acelerações e retomadas)  9 8
Consumo (cidade e estrada)  5 5
Estabilidade  6 7
Freios  8 7
Posição de dirigir/ergonomia  8 7
Espaço interno  9 8
Porta-malas  10 8
Acabamento 7 7
Itens de segurança (de série e opcionais)  9 8
Itens de conveniência (de série e opcionais)  8 8
Conjunto mecânico (acerto de motor, câmbio, suspensão e direção)  7 7
Relação custo/benefício  6 7

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Fotos | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

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