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JAC J3: Vida a bordo

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Depois de algum tempo convivendo diariamente com o J3, farei algumas observações sobre os itens de conveniência presentes no interior. Nesse ponto, o chinesinho é um tanto contraditório: oferece muitos equipamentos, mas deixa de fora alguns itens que já se popularizaram no país. São pormenores, é verdade, mas que acabam fazendo falta no dia-a-dia.

O J3 até concede algumas gentilezas: o quadro de instrumentos fica aceso mesmo com os faróis desligados, para melhorar a leitura. Sensores de ré foram instalados no para-choque. Recurso bem vindo, pois a visibilidade traseira não é das melhores. Há luzes de leitura para os dois ocupantes da frente, que também contam com pequenos spots nas portas, para clarear o chão na hora do desembarque. Esse item simples e útil já foi relativamente comum nos automóveis nacionais, principalmente na década de 1980, mas acabou sendo suprimido.

Porém, o fabricante se esqueceu da iluminação em outro local importante: no porta luvas. A lâmpada desse compartimento já sumiu de alguns outros modelos e, pelo jeito, também está em extinção, ao menos nos segmentos de entrada. Os cintos de segurança não têm regulagem de altura, o que pode tornar o uso desconfortável para pessoas muito altas ou muito baixas.

Os vidros elétricos também constituem um bom exemplo: eles estão presentes nas quatro portas, quando alguns rivais os oferecem somente na dianteira. Porém, apenas o do motorista tem função one touch, e mesmo assim, só para descer. Quando se tranca o carro, as janelas não fecham automaticamente.  Outro item que ficou de fora da lista de equipamentos é o computador de bordo. No painel, não há sequer relógio. Para ver as horas, é preciso ligar o aparelho de som e apertar uma tecla.

Por falar no painel, ele até que tem boa aparência, com apliques cromados e pintura bicolor. Porém, os plásticos são rígidos, como na maioria dos concorrentes nacionais. A JAC aplicou texturas diferentes na parte de cima, preta, e na de baixo, cinza, mas o material não esconde a origem simples. Além do mais, os encaixes deixam a desejar: não é difícil encontrar folgas e rebarbas. Na carroceria, também é possível perceber algumas falhas, como desalinhamentos nos vãos das portas e nos encaixes dos para-choques.

O tecido dos bancos é do tipo aveludado. Tem a desvantagem de reter sujeira, porém é mais agradável ao toque que os revestimentos de tear. A forração é dominada pela cor preta. Os assentos traseiros são curtos e não proporcionam bom apoio para as pernas dos passageiros, mal que costuma acometer a maioria dos hatches compactos.

Existem, contudo, outras falhas de ergonomia. Os comandos dos vidros elétricos, nas portas, estão posicionados muito para trás, fora do alcance das mãos. É preciso fazer um certo contorcionismo para manuseá-los. As portas são travadas apenas por pinos, também de difícil acesso, sem opção de tecla no painel. Ao menos o acionamento é automático, quando o veículo entra em movimento e quando a chave é retirada da ignição.

No mais, nossa avaliação segue seu curso sem percalços. Continuaremos publicando nossas impressões ao longo dos próximos dias.

Fotos | Alexandre Soares/Autos Segredos

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